Aniversário do Rio de Janeiro

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Apesar de muita gente confundir o aniversário da maravilhosa cidade com o dia de seu padroeiro (20 de janeiro), o São Sebastião de seu nome, foi neste 1º de março que Estácio de Sá fundou, bem pertinho do Pão de Açúcar, o marco inicial da que viria ser uma das maiores metrópoles do mundo.

Cristo Redentor

Para o historiador Edmilson Rodrigues, professor de história da PUC-Rio e da Uerj, o Rio vai além de uma simples aglomeração de pessoas em volta de uma baía. É, na verdade, fruto da renovação do pensamento europeu. “O Rio de Janeiro teve a sorte de ter uma dupla fundação enquanto espaço da Guanabara, uma francesa e outra portuguesa”, disse, se referindo a chegada de Nicolas Durand de Villegagnon e companhia, antes mesmo dos lusos.

“A guerra que envolveu o Rio em sua fundação, que foi o resultado da vitória dos portugueses contra os franceses e os tamoios, que lutavam pelo domínio da Baía de Guanabara, é a marca singular de uma cidade que decorre da luta. Luta para construção de uma cidade ideal, eqüidistante das tensões européias daquele momento. A cidade é um símbolo de resistência, principalmente quando associada à sua fundação e à luta dos colonos da Guanabara para construir e dar função e uso a ela.”

Pão de Açucar

Capital por quase 200 anos

Como foi capital do país por quase 200 anos – de 1763 a 1960 –, a cidade reúne o maior conjunto de bens protegidos de todo o Brasil. Diversas heranças dessa época ainda sobrevivem, principalmente se for considerada a mentalidade do carioca.

“A dimensão cosmopolita da cidade e o envolvimento com a diversão, configuram a presença de uma extensão pública que faz do Rio uma cidade das ruas, dos movimentos, da vida intensa, do passear e da admiração da natureza. Isso foi construído ao longo da História e preservado como patrimônio cultural”, explica o professor.

Edmilson lamenta, entretanto, que patrimônios da cidade tenham sido destruídos com o tempo e diz que a reforma no Centro da cidade promovida pelo ex-prefeito Pereira Passos, no início do século XX, e a abertura da Avenida Presidente Vargas, na década de 1950, foram significativos para esse processo.

“Desta época até os dias de hoje, as construções imobiliárias transformaram o Centro da cidade numa experimentação técnica. Mas, felizmente, a consciência do patrimônio e da necessidade de preservá-lo vem aumentando e muita coisa tem se mantido.”

Fonte: Portal G1

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