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Subiu para 589 o número de mortos em decorrência do terremoto que atingiu nesta quarta-feira (14) a província ocidental de Qinghai, no noroeste da China, de acordo com balanço da agência estatal chinesa Xinhua. Ainda segundo a Xinhua, pelo menos outras ...
Mortos em terremoto no Chile passam de 140, dizem autoridades
O terremoto de magnitude 8,8 que atingiu o Chile na madrugada deste sábado (27) matou pelo menos 147 pessoas, disse a diretora da Oficina Nacional de Emergência (Onemi), Carmen Fernández. “Os números variam minuto a minuto e agora chegam a 147”, disse a jornalistas.
Fernández afirnou que a região mais afetada é os arredores da cidade de Concepción, a cerca de 500 km de Santiago.
O balanço anterior, anunciado pelo presidente eleito Sebastian Piñera, apontava para 122 mortos e indicava sérios danos para a infraestrutura do país. “Quero compartilhar a dor dos familiares das mais de 122 pessoas que perderam a vida neste terremoto… É provável que este número aumente. Temos também muitos feridos”, disse Piñera para jornalistas. Foi decretado estado de catástrofe no país.
Piñera, que assumirá a presidência do Chile em 11 de março, disse que coordenará com Bachelet e sua equipe um plano de reconstrução que será necessário no país, acrescentando que as perdas estruturais foram muito grandes. “Isso significa um duro golpe para a infraestrutura deste país, há perdas muito importantes em termos de infraestrutura de vias, aeroportos…, portos e também em setores ligados à habitação”, acrescentou.
De acordo com o United States Geological Service (USGS, por sua sigla em Inglês), o terremoto teve seu epicentro a 35 quilômetros de profundidade, na região de Bio Bio, a cerca de 320 quilômetros ao sul da capital chilena, Santiago, e a 91 quilômetros ao norte de Concepción.
O terremoto deste sábado foi considerado o maior no país em 25 anos. O maior tremor a atingir o Chile no século 20 teve magnitude 9,5, e atingiu a cidade de Valdívia em 1960 deixando 1.655 mortos.
Para o sismólogo britânico Roger Musson, o terremoto deste sábado foi “gigantesco”. “Qualquer movimento acima de 8 graus é um grande terremoto”, precisou o especialista.
Infraestrutura
O aeroporto internacional de Santiago foi fechado por ao menos 24 horas e todos os voos foram cancelados até novo aviso, segundo relatos de funcionários de companhias aéreas. Os voos, quase todos de longa distância e na maioria procedentes de cidades dos Estados Unidos e Europa, estavam sendo desviados para aeroportos na Argentina, principalmente para a cidade de Mendoza. As companhias aéreas brasileiras TAM e Gol anunciaram o cancelamento de seus voos procedentes de ou com destino a Santiago.
O Chile também está com problemas de comunicação, com linhas telefônicas sem funcionar. Várias pontes ficaram danificadas, segundo o subsecretário do Interior, Patrício Rosende. Na região de Araucanía, onde houve vítimas, foram relatados danos a hospitais e redes de infraestrutura básica, como água, gás e eletricidade.
O tremor foi sentido nos países vizinhos, inclusive no Brasil. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil de São Paulo informaram que receberam chamados para verificar pequenos tremores em vários bairros da capital paulista.
Tsunami
Um alerta de tsunami foi emitido para as zonas costeiras do Chile, Equador e Peru, e depois estendido para a Colômbia, Panamá, Costa Rica, Antártida, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala, as ilhas Pitcairn e a Polinésia Francesa.
Há relatos de que um tsunami tenha atingido a ilha de Juan Fernandez. Áreas da Ilha de Páscoa (que fica a 3.500 km da costa do Chile no Oceano Pacífico) estão sendo evacuadas pela Marinha chilena, devido ao risco de formação de ondas gigantes após o terremoto.
O tremor também poderá causar danos em todas as ilhas do Havaí, afirmou o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico. “É preciso tomar medidas urgentes para proteger a vida e a propriedade”, disse o Centro em um comunicado. “Todas as costas correm perigo, sem importar a direção que estão”, acrescentou. Estima-se que a primeira onda do tsunami chegará ao Havaí às 11h19 (18h19 no horário de Brasília).
Fonte: UoL Notícias
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Corpo do 18º militar brasileiro morto no Haiti chega a Brasília
O corpo do major Márcio Guimarães Martins, o 18º militar brasileiro encontrado morto no terremoto do Haiti, chegou à Base Aérea de Brasília nesta quinta-feia (21) e será homenageado com os demais colegas vítimas da tragédia, em cerimônia marcada para hoje à tarde, segundo informações do Comando do Exército.
Depois da cerimônia os corpos dos militares serão levados em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para serem sepultados nas cidades de origem.
Em nota, o Comando informa que nas homenagens os militares mortos serão condecorados com a Medalha do Pacificador com Palma e receberão a Promoção post mortem. A medalha, segundo o Exército, é concedida aos militares brasileiros “que, em tempo de paz, no exercício de suas funções ou no cumprimento de missões de caráter militar, tenham se distinguido por atos pessoais de abnegação, coragem e bravura, com risco de vida”.
A Promoção post mortem é concedida ao militar que, em pleno serviço, morre em consequência de ferimentos recebidos em campanha ou na manutenção da ordem pública, ou em virtude de acidente em serviço.
O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53 (Brasília) do dia 12 e teve epicentro a 15 quilômetros da capital haitiana, Porto Príncipe.
O Exército brasileiro informou que 18 militares do país que participavam da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) morreram em consequência do terremoto.
Entre os civis, a médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, Luiz Carlos da Costa, o segundo civil mais importante na hierarquia da ONU no Haiti, e uma mulher cuja família não permitiu a divulgação do nome foram mortos no tremor, aumentando para 21 o número total de vítimas brasileiras.
Fonte: UOL Notícias
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Comando do Exército confirma morte de 11 militares no Haiti
O comando do Exército confirmou em nota oficial divulgada no início da tarde desta quarta-feira (13) que 11 militares brasileiros morreram vítimas do terremoto de 7 graus na escala Richter que devastou a capital do Haiti, Porto Príncipe.
Morreram na tragédia no Haiti o 1º tenente Bruno Ribeiro Mário, o 2º sargento Davi Ramos de Lima, o 2º sargento Leonardo de Castro Carvalho, o cabo Douglas Pedrotti Neckel, o cabo Washington Luis de Souza Seraphin, o soldado Tiago Anaya Detimermani, o soldado Antonio José Anacleto, o cabo Arí Dirceu Fernandes Júnior, o soldado Kleber Da Silva Santos, e o subtenente Raniel Batista de Camargo. Morreu ainda o coronel Emilio Carlos Torres dos Santos, do Gabinete do Comandante do Exército e que trabalhava na Minustah, a missão brasileira no Haiti ligada às Nações Unidas.
Estão desaparecidos sete militares. Há sete feridos em atendimento no Hospital Argentino da Minustah e dois outros militares foram evacuados para a República Dominicana.
O comandante do Exército, Enzo Peri, que embarcou para o Haiti, informou que a médica Zilda Arns, 75, foi soterrada. Arns era fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, que integrava missão no país caribenho. (Conheça a trajetória de Zilda Arns).
Ainda não há números oficiais de vítimas e prejuízos, mas os relatos que chegam pelas agências de notícias informam que diversos edifícios desabaram no país, inclusive o palácio presidencial da capital Porto Príncipe.
Sem levantamentos oficiais e em meio a um colapso nas comunicações, fontes médicas e humanitárias preparam-se para a possibilidade de haver milhares de mortos, incluindo estrangeiros de diversas nacionalidades que fazem parte da força de paz das Nações Unidas, liderada há cinco anos pelo Brasil. Diversos países e entidades internacionais mobilizam-se para ajudar o país.
De acordo com as agências internacionais, vários feridos aguardam ajuda médica pelas ruas da capital haitiana. A comunicação com o país ainda é muito precária. O prédio da Organização das Nações Unidas (ONU) desmoronou pelos tremores desta terça-feira.
Danos às instalações brasileiras
O Brasil comanda cerca de 7.000 soldados da força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, enviada ao país em 2004, e tem 1.266 militares na área, dos quais 250 são da engenharia do Exército.
Em nota oficial na noite desta terça-feira, o Ministério da Defesa do Brasil informou que houve “ocorrência de danos materiais em algumas instalações usadas por brasileiros”. O informe indica, entretanto, que o balanço desses danos será feito somente nesta quarta-feira (13).
O escritório da embaixada teve muitos danos. Os militares brasileiros estão em uma planície onde não há construções altas, então ali não há tanto perigo. Mas a área da chancelaria sofreu bastante”, disse o embaixador do Brasil no país, Igor Kipman, em entrevista à rádio CBN.
O representante do Brasil no Haiti também afirmou que houve danos sérios em inúmeros imóveis na capital do país. O embaixador informou que sua volta ao Haiti, onde vive há dois anos, estava prevista para a próxima quinta-feira (14), mas deve decidir nesta quarta se antecipa sua volta ou se permanece no Brasil.
Fonte: UOL Notícias
Quem era Zilda Arns
Médica pediatra e sanitarista, Zilda Arns era fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, órgão de Ação Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). A Pastoral estima que cerca de 2 milhões de crianças e mais de 80 mil gestantes sejam acompanhadas todos os meses pela entidade em ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania. Zilda Arns foi indicada por três vezes ao Prêmio Nobel da Paz.
De acordo com o chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a médica caminhava pelas ruas de Porto Príncipe com dois soldados do Exército brasileiro, quando ocorreu o terremoto.
Zilda era irmã do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo. Em entrevista à Agência Estado, Dom Paulo declarou que a irmã “morreu de uma maneira muito bonita, morreu na causa que sempre acreditou”.
A médica viajou no último final de semana para o Haiti para encontro missionário da entidade CIFOR.US e estava hospedada na sede episcopal. De acordo a assessoria de Zilda Arns, a coordenadora estava no Haiti para levar a metodologia de atendimento da Pastoral da Criança no combate à desnutrição.
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Terremoto do Haiti mata Zilda Arns
Minha irmã morreu na causa em que sempre acreditou”, diz dom Paulo Evaristo Arns
Inspirador da ação humanitária conduzida pela irmã desde 1982, o arcebispo emérito de São Paulo dom Paulo Evaristo Arns afirmou nesta quarta-feira (13) que a coordenadora e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, vítima do terremoto que abalou o Haiti, “morreu de uma maneira muito bonita, na causa em que sempre acreditou”.
A médica pediatra de 75 anos de idade palestrava por países da América Central e do Caribe durante o incidente. Dom Paulo foi avisado da morte da irmã pelo chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Mais cedo, ele rezou uma missa pelas vítimas no Haiti, que, segundo estimativas, podem chegar aos milhares.
O atual cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, está viajando.
Em nota, a Coordenação Nacional da Pastoral da Criança escreveu que Zilda estava “participando da Conferência dos Religiosos daqueles país e também para motivar os líderes e voluntários da Pastoral da Criança no Haiti que trabalham com crianças, gestantes e famílias”. A entidade informou também que o senador Flávio Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda, está a caminho do Haiti junto do ministro da Defesa, Nelson Jobim.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou “absolutamente chocado” com a morte de Zilda, de acordo com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. “Ele (Lula) lamentou muito. Zilda é uma pessoa de grande projeção no país”, disse o chanceler, que se reuniu com o presidente e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, para definir medidas para socorrer brasileiros no Haiti.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que a morte da coordenadora nacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, foi uma das perdas “mais expressivas” do país. “Ela era um exemplo extraordinário de dedicação às crianças, aos pobres e às causas sociais. Era uma referência”, afirmou.
O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), divulgou nota em que classifica Zilda de “sinônimo de doação, em sua luta pelos mais carentes, no combate diuturno à mortalidade infantil e na busca pela melhoria da vida do povo”. Para ele, a morte da médica deixa “milhões de órfãos” no Brasil, “não só os integrantes de sua família, mas também os muitos filhos adotados por ela na Pastoral da Criança e na Pastoral do Idoso”.
Segundo Temer, Zilda Arns tornou-se “sinônimo de doação, em sua luta pelos mais carentes, no combate diuturno à mortalidade infantil e na busca pela melhoria da vida do povo”. O presidente da Câmara diz ainda, na nota, que o amor da médica brasileira ao próximo “não tinha fronteiras” e que “o Brasil lamenta essa perda irreparável”.
O governador do Paraná, Roberto Requião, declarou luto oficial por três dias. Foi em seu Estado que Zilda iniciou os trabalhos da Pastoral da Criança, em 1983. “Morreu no Haiti minha amiga Zilda Arns. Grande perda para o Brasil e dor para os amigos”, escreveu ele no microblog Twitter.
O prefeito de Curitiba, Beto Richa, também usou o microblog para se manifestar. Ele está em viagem ao exterior. “Recebo ligação do Brasil sobre morte de Zilda Arns. Não existe sensação de perda maior. A humanidade perde com a ausência dela”, escreveu ele sobre a médica três vezes indicada ao Prêmio Nobel pelo Brasil.
Ligado à Pastoral da Criança, o senador Tião Viana (PT-AC) escreveu: “a doutora Zilda Arns perde a vida ao lado dos pobres do mundo. Milhões de pastorais choram”. Estimativas da entidade apontam que mais de dois milhões de crianças foram beneficiadas pelo trabalho da médica. “Desfrutei com a doutora Zilda especiais encontros sobre a vida, sobre fraternidade, sobre valores humanos. Respeito eterno.”
O corpo de Zilda será trazido do Haiti em avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O velório e enterro serão em Curitiba, onde moram os quatro filhos da médica.
Fonte: Agência Estado e Agência Brasil
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