Arquivo do mês: maio 2022

IGUALDADE

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais que outros.” (George Orwell – A Revolução dos Bichos)

O dístico Liberdade, Igualdade, Fraternidade (Liberté, Egalité, Fraternité) surgiu na Revolução Francesa e conquistou o mundo como princípio fundamental da Democracia. A Liberdade pertence à Política, a Igualdade à Justiça e a Fraternidade à solidariedade humana.

O amor inspirador revolucionário contra o despotismo monárquico foi o jornal “O Amigo do Povo” dirigido pelo médico, filósofo, cientista e jornalista político Jean-Paul Marat, assassinado tragicamente por Charlotte Corday, agente dos girondinos seus inimigos que tramavam a restauração dos direitos da nobreza derrubada.

Foi de Marat através do “L’Ami Du Peuple”, a defesa da Igualdade entre os direitos do povo, e até hoje tem presença marcante na psicologia das multidões e nos programas partidários de direita e de esquerda.

Nunca vigorou em nenhum país, nem nas democracias, nem nos regimes totalitários. No Brasil aparece apenas nos discursos demagógicos dos políticos e, ao contrário, mantém-se vigorando em copiosos exemplos de discriminação contra minorias.

A trágica amostra da desigualdade está exibida na vitrine da Era Bolsonarista: a funesta e revoltante abordagem de agentes da Polícia Rodoviária Federal do cidadão Genivaldo de Jesus Santos, xingado, chutado, esbofeteado e imobilizado com os braços e pernas amarrados.

Indefeso, Genivaldo foi jogado no porta-malas da viatura da PRF onde um dos agentes jogou uma bomba de gás de pimenta, matando-o sufocado. Qual foi o crime que ele cometeu?

Segundo o relatório da ação policial estava dirigindo uma moto sem capacete, sendo por isto parado e revistado antes de sofrer “mata-leão” pressionado no pescoço e o tórax. Quando foi aprisionado na câmara de gás um dos assistentes da cena gritou: “Vai matar o cara!”, sob a indiferença e até chiste dos policiais.

Reportando o acontecimento, o jornal britânico The Guardian apontou que o brutal assassinato ocorrido em Umbaúba, no sul de Sergipe, coincidiu com o segundo aniversário da criminalidade policial de George Floyd nos Estados Unidos.

O triste é se constatar que dirigir motocicleta sem capacete é uma repetida exibição do capitão Bolsonaro, exemplo delinquente nunca reprimido e sem sofrer sequer uma advertência a não ser pela mídia “oposicionista”….

É esta a “Igualdade” que revolta e repugna as pessoas decentes no Brasil e com repercussão internacional.

Para chocar ainda mais a opinião pública, a inicial justificativa da PRF não condenou a prática criminosa dos seus agentes e deu conhecimento de que a utilização de espargidor de pimenta e gás lacrimogêneo foi considerada na nota oficial como “instrumento de menor potencial ofensivo” em ambiente externo e à distância.

Este “instrumento” vem, entretanto, sendo usado em ambientes fechados por outras polícias em vários estados do País, com apoio e aplauso do Governo Bolsonaro. A reportagem policial encontrou sentenças judiciais com relatos de 18 homens que receberam gás de pimenta confinados em viaturas de diferentes forças policiais em casos ocorridos nos últimos 12 anos.

Sempre aplaudidas pelos círculos que se assumem como “conservadores” e “de direita”, estas ações violentas são procedimentos que atentam contra os Direitos Humanos e principalmente contra a premissa da Igualdade.

Montesquieu escreveu que “O amor da democracia é o da igualdade”, seguido pelo libertário Malcolm X, que conscientiza a nossa luta pela Liberdade, Igualdade e Fraternidade: – “Não lutamos por integração ou por separação. Lutamos para sermos reconhecidos como seres humanos”.

VILÕES

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“O meu nome é Cobblepot seu cretino! Você acha que meus pais me chamaram de Pinguim?”  
(Vilão da HQ)

O genial Gilberto Freire nos deixou uma acurada análise sociológica sobre os vilões e heróis no romance brasileiro, relacionando esteticamente nossos autores com os clássicos da literatura mundial.

Freire destaca ao lado dos heróis, uma heroína – Capitu -, que ressalta e enaltece a sublime característica das figuras femininas de Machado de Assis à sua época; vê nela uma “personalidade controvertida” e não hesita em compará-la com a Mona Lisa, pelo sorriso dúbio que “a torna uma Gioconda brasileira morena, talvez mestiça”.

Para além dos heróis de ficção, aparecem os vilões. Nesta categoria, sobressai com a referência inicial o “antropologicamente inclassificável” Macunaíma, que, independente da origem, cor ou criação, é o protótipo da maioria dos políticos brasileiros.

E no tabuleiro parlamentar, as pedras do jogo, brancas ou pretas indiferentemente, ocupam as bancadas de acordo com a vilania de peões e bispos…. Há torres militares e também cavalos indóceis; os fardados são oportunistas e os cavalos relincham o terrorismo.

Temos figuradamente reis e rainhas. Reis republicanos e rainhas sabidas. Com vilania e vileza, os coroados se arrumam com cartões corporativos, invenção gananciosa de FHC para esconder o alcance do dinheiro público pelos ocupantes do poder.

Não é absolutamente por acaso que agora no jogo eleitoral, dois semelhantes pelo egocentrismo e a avidez desmedida, se confrontam com o olho gordo no Erário. Um deles já esteve com a chave do cofre no bolso; o outro vive a experiência em família….

Sem medo de dar os seus nomes, Bolsonaro e Lula, sabemos que nada têm de tolos. O que se assume fraudulentamente “de esquerda”, é formado na escola da pelegagem sindical e mostrou, como ocupante da presidência, o que é; até Medidas Provisórias assinou para favorecer um filho.

O que se diz mentirosamente “conservador” e “de direita”, vem ensaiando a entrada no fundo falso da corrupção sob a cortina de fumaça de ataques contra o Estado Democrático de Direito. Enfrenta o Judiciário através de paus mandados ou de motu próprio, exaltando a desobediência à Lei.

Ambos são semianalfabetos favorecidos pela esperteza e pela sorte. Imaginamos como, no seu primarismo, Bolsonaro e Lula terão a capacidade de imaginar a História julgando-os daqui a 50 anos. Uma provável projeção futurológica irá descompor suas personalidades psicopáticas reverenciadas por seus seguidores fanáticos.

É claro que sempre restarão descendentes dos deslumbrados por mitos artificiais, como há saudosistas de Hitler e de Stálin…. Ficarão chocados com a revisão histórica, do mesmo jeito como os italianos defendem a farsa de Rômulo e Remo amamentados por uma loba.

A projeção futurológica – sem nenhuma ficção – registrará a realidade que vivemos e o perfil símile no descaramento dos candidatos que polarizam artificialmente a disputa eleitoral. Atacam-se para sobreviver, conscientes de que um depende do outro, e neste despudor conseguem enganar alguns por algum tempo; mas certamente não poderão enganar a todos todo o tempo.

Esta paráfrase de Abraham Lincoln é perfeita para abrir os olhos e tirar a cera dos ouvidos de quem ainda está sendo embromado e alimenta inconsciente esta polarização dos vilões presidenciais.

Creia-se ou não se creia em pesquisas de opinião pública, elas indicam do mesmo jeito como a observação geral que ambos polarizadores ficam na margem de erro dos 50% do eleitorado….

Assim esperamos o pronunciamento da maioria (ainda) silenciosa em apoio à 3ª via confinada nos subterrâneos, omitida e negada pelos vilões da mídia comprada sob os ataques dos grupos de pressão por velhacos mercenários.

 

A FAMA

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“Pilatos fez o que fez, e ainda entrou na oração” (Falcão)

No tempo em que a mídia semi-monopolista se agita citando ex-bbbs, bbbs e futuros bbbs, é tempo de se falar sobre a fama. Para os donos e controladores das tevês patrocinadoras do show dá muito dinheiro e, além do prêmio para os protagonistas proporciona “fama”. Muitos viram celebridades.

A Celebridade é prima-irmã da Fama. É repetida como elogio por centenas de vezes pela meia dúzia de três ou quatro cronistas esportivos, políticos e sociais que ocupam espaço na mídia; mas sofreu o inteligente comentário de Paul Laffitte dizendo que esta presença na imprensa dura até surgir outro qualificativo para seus eleitos.

Quando é autêntico, não precisa dos camelôs do fuxico. Lembro que Einstein, conquistou o galardão de maior cientista do século sem precisar da mídia e ganhou dois prêmios Nobel apenas pelo seu trabalho.

Personalidades como o cantor Carlos Gardel e o ator Rodolfo Valentino falecidos ainda jovens, deixaram milhares de viúvas saudosas, exclusivamente com a sua arte.

Quando a Celebridade é circunstância da publicidade de quem adquiriu popularidade e prestígio, dura pouco; a Fama vai além, não vigora pelas 10 mil repetições robotizadas; vence pelo espontaneísmo e duplicidade, primeiro, por ser original e depois por ser negativa ou positiva.

Gosto muito de citar um exemplo de fama publicado pelos jornais nos meados do século passado, reportando o caso ocorrido quando a rainha da Inglaterra (ainda no poder) visitou a Suécia. Entre os membros da Comissão de Recepção estava a deputada social democrata Ulla Lindstroem, que se recusou curvar-se diante da visitante como reverência protocolar.

Entrevistada pela imprensa, a Parlamentar declarou: -“Não sou uma lagarta obsequiosa; sinto-me orgulhosa em receber a rainha, mas não vejo um motivo para trata-la como outra coisa senão como uma mulher que exerce o seu ofício, como eu exerço o meu”.

Na semana seguinte uma pesquisa de opinião pública questionando sobre a atitude de Ulla registrou a aprovação de 85% dos suecos que assim tornou-se famosa. A rainha Elizabeth, famosa desde que assumiu o seu reinado até hoje, ouviu um relatório sobre o caso e, mostrando-se realmente soberana, comentou: – “É melhor a sinceridade do que a hipocrisia”.

O verbete Fama, dicionarizado é um substantivo feminino de etimologia latina (fáma, ae) “o que se diz de alguém, reputação boa ou má”. Vem do verbo phánai, “alardear pela palavra”, relacionando-se com uma deusa romana que vivia num palácio de bronze com inúmeros orifícios, que via tudo o que se passava entre as pessoas.

Temos em português o mesmo conceito do Latim, importância, notoriedade, renome, reconhecimento, reputação…. E no brasilês do professor José Carlos Bortoloti registra brilho, cartaz, glória, ibope….

Na sua sábia visão, Einstein nos deixou um pensamento brilhante de como somos vistos pelos outros. Disse: – “Se a Teoria da Relatividade se mostrar correta, os alemães me chamarão de alemão, os suíços dirão que sou suíço e a França me rotulará de grande cientista; se estiver errada, os franceses dirão que sou suíço, os suíços me chamarão de alemão e os alemães me acusarão de judeu. ”

Reconhecemos que a publicidade muito contribui para granjear fama a custo da criatividade de propagandistas profissionais, conquista-se o qualificativo genérico da Fama, “Popularidade”. É como fazem os políticos brasileiros com o dinheiro dos “fundos” partidários e eleitorais instituídos por eles próprios e pagos pelo contribuinte.

Este prestígio comprado, porém, tem pouca duração.  A História registra poucos homens públicos brasileiros que conquistaram a Fama. Que me lembre, além dos imperadores e da princesa Izabel na Monarquia, a memória histórica da República só nos trouxe Getúlio Vargas e Juscelino Kubitscheck.

 

 

 

 

 

FESTAS

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

           “Gravamos tudo! A forma como eles festejam é totalmente diferente dos nossos costumes” (Ana Paula Padrão)

Enquanto milhões morrem por causa da pandemia do novo coronavírus, milhares de imigrantes africanos sucumbem tentando atravessar o Mediterrâneo, refugiados ucranianos abandonam os seus lares e soldados russos caem nos campos de batalha, os poderosos fazem festas ao redor do mundo.

Na Inglaterra, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, participou de uma festa surpresa em comemoração ao seu aniversário, desobedecendo o confinamento pela pandemia imposto pelo seu próprio governo. Foi pressionado pela Câmara dos Comuns a se demitir do cargo, mas a coisa não foi adiante.

Reunindo no centro de Pyongyang cerca de um milhão de pessoas entre soldados e civis o chefe de governo da Coreia do Norte, Kim Jong-Um, festejou um ano no poder e este aniversário foi exaltado com o lançamento de um foguete de longo alcance lançado com sucesso.

O Brasil não poderia ficar à margem do desprezo pelas vidas humanas pelo eventual ocupante da presidência da República, Jair Bolsonaro, defensor de regimes ditatoriais e de torturas em presos políticos, determinou aos subordinados que festejassem o golpe de 64 que derrubou o presidente João Goulart legitimamente eleito e empossado.

Na celebração, o capitão reformado do Exército por indisciplina, que agora se insubordina contra a Democracia, atacou o Poder Judiciário e o sistema eleitoral. Tenta, mais uma vez, impor a anti-História do livro de Orwell, “1984” varrendo para debaixo do tapete que o Congresso foi fechado, juízes, parlamentares e professores foram cassados, a imprensa foi censurada e as manifestações políticas foram proibidas.

Enaltecendo o regime totalitário, omitiu no seu discurso que muitos brasileiros foram presos, seviciados e fugiram para o exílio com temor da violência. Na sua louca obsessão por ditadores, quer fazer os brasileiros esquecerem que tivemos as eleições diretas canceladas e que as minorias, homossexuais, povos indígenas e quilombolas foram vítimas de massacre.

Estas “Baladas AntiPovo” teve imitadores secundários. O governador bolsonarista do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, bombou com uma festa de aniversário no Jockey Club Brasileiro com duas mil pessoas, evento farto pago com o dinheiro público, onde foram servidos camarões empanados e dezenas de garrafas de uísque Dewars, vodca Greygoose, gin Bombay e cervejas Heineken.

O Estado do Rio de Janeiro viveu uma noite luxuosa e deslumbrante para as autoridades estaduais, familiares, cabos eleitorais, puxa-sacos e guarda-costas, a música ruidosa na festa bolsonarista impediu falarem das mortes provocadas pelo negativismo na pandemia e nas chuvas na região serrana do Estado pelo descaso da administração estadual.

No dia seguinte, enquanto os jornais trouxeram manchetes e crônicas sociais reportando o acontecimento, num canto de página noticiaram que um idoso dependente de um remédio que deveria ser fornecido pelo poder público do Rio de Janeiro, morreu à espera do remédio. Muitos outros dependentes da Riofarmes sofrem a falta dos medicamentos…

Esta hediondez necrófila dos poderosos e seus asseclas, alcança deste jeito muitos óbitos provocados pelo negativismo e corrupção…. Mas as festas promovidas pela insanidade continuam nas campanhas eleitorais.

LIBERDADE

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“A água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade: só tem valor quando acaba. ” (Guimarães Rosa)

Escreveu o grande Machado de Assis numa das suas Notas Semanais que os alemães dizem que “duas metades de um cavalo não fazem um cavalo”. Herdeiros da sabedoria popular saxônica, os germânicos sintetizaram uma realidade imutável.

Com a nossa Constituição esquartejada pelos que têm o poder republicano de legislar, judiciar e administrar, assisti-os discutirem sobre a liberdade de expressão. Fazem-no como mutiladores de cavalos, ficando um com a cabeça; outro com o dorso, peito e quadril; e o terceiro com as quatro patas e o rabo.

Esta partilha política não externa o que os amantes das liberdades democráticas desejam, a garantia do direito de emitir o seu pensamento, agrade ou não os que o leem ou ouvem. Nada mais inofensivo e fácil de fazer do que respeitar a opinião alheia.

Para entrar na polêmica, faço-o com uma declaração de princípio: Alinho-me entre aqueles que, sem nenhuma retórica, andam com os pés no chão e uma lanterna na mão (como Diógenes) em busca da liberdade, da justiça e da paz. Isto completa minha vida política.

As proibições são sem dúvida opressoras. Mas tradições democráticas, monárquicas ou republicanas, baseadas em fontes constitucionais estabelecem princípios pétreos garantindo a liberdade de expressão; entretanto, como declarou o ministro do STF Alexandre de Moraes: ‘Liberdade de expressão não é liberdade de agressão’.

Infelizmente, há quem use e abuse da “liberdade de agressão”, franquiada pelo próprio presidente da República.

Para mim, a melhor maneira de garantir a liberdade é exerce-la e, exercendo-a, exigir a punição dos que a usam fraudulentamente para extingui-la. Não há crime político mais horrendo do que pregar sistemas ditatoriais, defender o totalitarismo e elogiar a tortura e os torturadores.

Considero, também, que deve se abrir nas redes sociais o debate levantando este tema, crucial para o cultivo das liberdades democráticas; mas não da boca para fora ou na rápida digitação de um texto.

Pelos anos que navego nas redes sociais sinto que muito poucos tuiteiros, mesmo entre os mais radicais defensores de um regime menos exclusivo, se declararam contra a liberdade; e tenho a quase certeza que um número muitíssimo menor defenderá a “liberdade de agressão”.

Há quem discorde de sentenças judiciárias do Supremo Tribunal Federal. Eu mesmo não engoli até hoje a pílula amarga da decisão em inocentar Lula da Silva, inegavelmente um patinador nas pistas da corrupção. E para cometer esta impunidade absurda, varrer para debaixo do tapete a delação do ex-ministro Antônio Palloci.

Embora não aceite esta decisão dos ministros togados, jamais pediria o fechamento da Corte, e muito menos atacaria pessoalmente cada um dos seus membros por sentença baixada. Faço as minhas críticas sem confundir “expressão” com “agressão”; deixo isto para elementos fascistóides praticantes do terrorismo político.

Os cariocas têm um ditado que a sabedoria popular consagrou: “o respeito é bom, e eu gosto”, esta máxima deve ser usada à larga por todos, homens e mulheres, crianças e velhos, gente de qualquer cor da pele.

A lembrança da infame Inquisição inspirou Nietzsche a dizer que: “Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse”.

Assino embaixo, porque só assim a Democracia (com “D” maiúsculo) se imporá. No tempo em que haviam engraxates meu pai me ensinou que eu deveria trata-lo como trataria o presidente da República. Esta metáfora hoje é esquecida como também o Hino da Proclamação da República. “Liberdade, Liberdade, abre as asas sobres nós”.