Arquivo do mês: fevereiro 2015

O Sonho Acabou

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br )

Revisando conceitos jornalísticos e avaliações pessoais, deu-me uma vontade danada de dedicar um artigo aos petistas envergonhados, sem coragem de expressar publicamente o seu sentimento.

Nenhuma inspiração melhor para isto do que a canção “God” de John Lennon – despachando os Beatles com uma despedida de incredulidade amarga. Não sei quando, nem como, nem onde, tornei-me fã dos rapazes de Liverpool e transferi o entusiasmo musical e certa inclinação sensual para John.

Ouço sempre, e várias vezes seguidas o “Imagine”; mas “God”, de certa maneira me chocou, não por problemas políticos ou religiosos. Filosóficos, talvez. A abertura literal é pesada: “Deus é um conceito/ Pelo qual medimos/ Nossa dor.

A demonstração de descrença em tudo é uma carga pesada. Com a frase “O Sonho Acabou”, Lennon revela desconfiança em todo seu entorno e também nas personalidades de Buda, Hitler, Jesus e Kennedy, e dos seus contemporâneos próximos, Elvis e Zimmerman, e dos antigos parceiros, os Beatles.

A 8 de dezembro de 1980, Lennon foi assassinado quando retornava do estúdio de gravação junto com Yoko, sua mulher. Ela divulgou semanas depois uma resposta dele à pergunta sobre o que pensava ser o sonho dos anos 1980. A resposta: “Faça seu próprio sonho… Eu não posso te despertar. Você pode se despertar”.

É esse “despertar” o que desejo aos últimos (e raros) petistas fundadores do Partido dos Trabalhadores. E será relembrando as antigas palavras de ordem, que hoje são recebidas como provocações oposicionistas ao pedir punição para os picaretas que roubaram a Petrobras.

Lembrar a mágica de um Brasil soberano, justo e livre, hoje desacreditada pelo lulo-petismo, assim como os princípios da moralidade e da ética. Para a cúpula do PT, a legislação só vale se for para servir aos interesses do governo na maquiagem dos números e das estatísticas.

Mal saindo do carnaval, lembro um samba maravilhoso “Recordar é Viver”. E com ele, trago à memória a participação dos petistas no impeachment de Collor. Hoje, eles todos estão exercendo mandatos e cargos governamentais, acumularam contas bancárias e, cinicamente, abraçam-se com o impichado.

Também não será exagero lembrar as lutas do braço sindical do PT, a CUT, defendendo os professores, o pessoal da saúde e os previdenciários! O que faz agora? Os sindicatos controlados pelos pelegos lulistas são apenas caça-níqueis e trampolins político-eleitorais deles.

Entre outros desvios de rumo no campo sindical, assiste-se o silêncio cúmplice dos petroleiros, técnicos e engenheiros da Petrobras diante da ladroagem que está destruindo a estatal. Esse comportamento desmoraliza os funcionários apontados de corruptos por Dilma e revolta pela hipocrisia.

E os artistas e intelectuais? São incapazes de uma autocrítica, de reconhecer o desmantelo de um governo incompetente em todos os campos de atividade. Na economia, traz a inflação de volta, e na política alia-se à banda podre do Congresso Nacional. Na verdade, para os artistas e intelectuais lulistas, o PT-governo é uma vaca de fartas tetas que alimentam os seus projetos.

Será que nenhum dos antigos militantes que mantêm a carteirinha e provavelmente paga o dízimo (embora a grana venha de outras fontes), se insurge contra a política externa do Itamaraty “do B”, controlado e ideologizado por um comissário delirante?

Será possível aplaudir o governo Maduro, da Venezuela, que fornece armas letais aos órgãos de segurança e permitindo seu uso contra manifestações populares?  Que Dilma considere essa violência um problema interno daquele país? E, com dois pesos e duas medidas, rompa com Indonésia porque a legislação de lá condenou à morte um traficante de cocaína?

Qualquer um que se calar, e compactuar com a usina de amoralismo, cinismo e distorções programáticas do PT, é sócio solidário de uma organização delituosa. Não se trata de uma opção ideológica, mas adesão ao crime.

Por tudo isto, no próximo dia 15 de março, manifestando-me pela renúncia ou o impeachment de Dilma, a minha faixa será “O Sonho Acabou, PT!”.

SINDICATÃO FASCISTA

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br )

Está em todas as cabeças, como numa rede telepática, o repúdio às falsas representações sindicais que contrariam a concepção original dos sindicatos de trabalhadores. Ou seja, já não é a ocupação profissional que necessita de um sindicato representativo, mas são os espertalhões ou grupos de aproveitadores que criam sindicatos de fachada para obter vantagens pecuniárias ou políticas.

Houve tempo em que os sindicatos eram respeitados e era uma questão de honra para o trabalhador se sindicalizar. Era uma organização corporativa que vinha de longe; o próprio nome vem do grego “syndicos”, “defensor da justiça”.

Como representação dos produtores, atravessou os séculos e tornou-se uma ideologia na Europa medieval, o “sindicalismo”; esta, com a revolução industrial no século XVIII e o advento do capitalismo casou-se com o anarquismo, nascendo destas núpcias o anarco-sindicalismo.

As lutas anarco-sindicalistas contra o autoritarismo estatal, o despotismo e a dominação do capital conquistaram grande influência junto ao proletariado e orientaram a I Internacional. Os anarquistas foram derrotados pelos comunistas no século XIX e duplamente derrotados pelo fascismo no século XX…

O movimento comunista usou os sindicatos; o fascismo criou o “sindicato estatal” – de trabalhadores e patrões. Esse modelo superado é o que existe no Brasil, o paraíso dos pelegos e trampolineiros políticos. O órgão social que deveria defender os interesses de uma coletividade, passou a ser um papa-níquel dos safados e trampolim eleitoral dos politiqueiros.

O próprio governo federal neste País tornou-se um Sindicatão Fascista, e, contraditoriamente, levou o sindicalismo como forma de organização social à degenerescência imprimindo a dependência política e financeira dos sindicatos pelo imposto sindical compulsório.

A cobiça dos larápios incentivada pelo PT e seus satélites é tantaque teve ocasião do Ministério do Trabalho registrar um sindicato por dia. Para quê? Para servir ao PT-governo, como se viu recentemente com as tropas de choque da CUT e da FUP uniformizadas, atacando manifestantes contra a corrupção na Petrobras.

Este episódio, ocorrido na calçada da ABI, nos leva aos primeiros anos do fascismo com Mussolini, os “fasci di combattimento” e defendendo que fossem armados, transformou-os em “esquadras de ação”. Raciocinemos: Quando Lula da Silva ameaça seus opositores com o ”exército de Stédile”, não é uma caricatura de Mussolini?

Depois de passar um período escondido, amedrontado em ser envolvido nas falcatruas que arrasaram a Petrobras, falando aos “intelectuais” do partido, foi peremptório (e tenho a gravação): “(Nós) sabemos brigar. Sobretudo quando o Stedile colocar o exército dele nas ruas”.

Que é que é isso, minha gente? Alô serviços de inteligências das Forças Armadas e das polícias militares! Já haviam denúncias de treinamento de guerrilha promovido pelo MST, mas nunca tivemos uma prova. Agora é testemunhal.

Há no Brasil um exército paralelo, organizado pelo braço camponês do PT para defender o assalto ao Erário e assassinar a Democracia. Antes fosse para defender a nossa soberania, guardar as fornteiras contra o contrabando de armas e drogas, mas é o contrário, apenas para garantir o narco-populismo corrupto e corruptor.

Essa agora! Primeiro transformaram os sindicatosem empresas de rendimentos e resultados, sem favorecer os trabalhadores e muito menos a população. Depois, estimularam os “sem-sem” para formar com os lupens, desempregados crônicos e drogados, esquadras de ação armada;

Minha intuição kantiana (anschaulich) leva-me a acreditar que este festim licencioso da República dos Pelegos terá urgentemente um fim. É claro que depende de nós organizarmos a reação para acabar com a subversão da ordem pública institucionalizada por um governo e um partido desacreditados.

Se não reagirmos – e tudo pode começar no dia 15 de março – entraremos para a História como uma Nação que permitiu a implantação um regime burocrático-policial a serviço no narcotráfico e do crime organizado, sob a capa de um Sindicatão Fascista.

 

 

 

Ao senhor presidente do Conselho Deliberativo da ABI: Por dever de consciência e para registro histórico, solicito-lhe inserir na Ata do Conselho deste dia 24 de março de 2015 o meu protesto pela cessão do Auditório da Casa ao grupo político ...

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Heranças Malditas

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Os brasileiros pensantes estão divididos em dois grupos principais: os que já estão planejando as exéquias da Esperança que está na UTI, e os cabeças duras, entre os quais me coloco, que adotaram a consigna de Eduardo Campos “Não Vamos Desistir do Brasil”.

Ambos navegamos à deriva, enfrentamos juntos as gigantescas ondas dos sucessivos escândalos que escalpelam o mar de lama lulo-petista, ameaçando submergir o arquipélago dos tradicionais valores democráticos e republicanos.

O primeiro grupo, dos hesitantes, remedia a febre da indignação e da revolta combatendo os sintomas, sem pesquisar a causa do amoralismo criminoso do PT e dos seus sabujos empenhados na caça ao tesouro nacional.

Do outro lado, construímos a resistência pelo modelo da Arca de Noé, onde cabem todos que quiserem se salvar do dilúvio. O madeirame usado neste barco da resistência é a História do Brasil, que ensina as lições do antigo patriotismo e nos alerta para a sua degenerescência.

Está na História o que falta a muitas pessoas honestas que defendem a Petrobras sem se afastar do sentimento que já não tem o significado patriótico do passado, das lutas do povo brasileiro do “Petróleo é Nosso”. Abrindo os olhos, veriam que aquela Petrobras dos primeiros anos a partir de 1950 foi dilapidada pelos pelegos da hierarquia lulo-petista.

A exaltação ideológica também leva muita gente de volta ao passado.  Está enraizada nos corações e mentes dos que lutaram ainda jovens pela soberania e a independência econômica do Brasil, sedimentando sua formação intelectual.

Sei muito bem disso, pois sofri para me livrar do entusiasmo ufanista que mexeu comigo na adolescência. Meu pai foi um dos ativistas no Centro de Defesa do Petróleo e da Economia Nacional, ao lado dos escritores Monteiro Lobato e Graciliano Ramos, da líder feminista Alice Tibiriçá, e dos generais Estêvão Leitão de Carvalho, Horta Barbosa, José Pessoa e Leônidas Cardozo.

Na porta do nosso apartamento havia um afixe de madeira, artesanal, com o mapa do Brasil e uma torre de petróleo, com a frase do cacique guarani Guairacá, desafiando o invasor espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca, com a frase: “co ivi oguereco iara!” – “Esta Terra Tem Dono!”.

Papai era neto de uma índia guarani, paraguaia, que meus primos mais velhos conheceram e chamavam “Vovó do Morro”. Foi uma brava mulher que enfrentava os amigos militares do meu bisavô, como o futuro marechal e presidente Floriano Peixoto. Ela se afastava dele e nunca lhe apertou a mão, comentando: – “Pode ser que tenha sido a mão dele que massacrou a minha família…”

O grito de guerra “co ivi oguereco iara” se entranhou na nossa família, como uma herança maldita. Não me arrependo das lutas passadas, mas me penitencio hoje ao ver que entregamos a soberania nacional aos apátridas do bolivarianismo e a Petrobras à ambição desmedida de uma organização criminosa.

Outra herança maldita emprenhada na minha geração é a revolução cubana, traída pelo oligarca Fidel Castro. O Movimento 26 de Julho levantou as bandeiras da independência e da liberdade, mas conquistando o poder submeteu-se à URSS, à China e até a Albânia, para engordar as contas bancárias dos hierarcas do partido único, hegemônico. E, muito pior, sufocou a liberdade instituindo fuzilamentos, torturas e prisões políticas dos opositores.

Há ainda quem se iluda e visite romanticamente a Ilha em excursões programadas, e encucado pela propaganda, vê nas ruínas de Havana – que era exaltada como a “Pérola do Caribe”- as desgraças do imperialismo e o boicote dos EUA.

Outra página do testamento que nos foi legado trouxe-nos a degeneração patológica da violência, com as manifestações estudantis de 1968. Em Paris, os fogos de artifício da Utopia encantaram os inconformados pelo fim melancólico da URSS e o soterramento do socialismo real sob os escombros do muro de Berlim.

Não somente os homens e mulheres de mente aberta fomos reconhecidos em testamentos malignos. Para os que confundem neurose coletiva com ideologia “de esquerda”, chegará a papelada de doação e a chave de onde estará o prêmio do seu culto à idiotice. É a prenda ofertada pelo apodrecido regime narco-populista do PT, através de Lula, o pelego da Volkswagen e informante do DEOPS, e a terrorista de R$1,99, Dilma Rousseff.

A “bolsa post-mortem” dos iludidos militantes encontra-se numa espécie de IML, com cadáveres insepultos dos assassinados e o entulho da contabilidade maquiada que distorceu a economia e escondeu as roubalheiras do lulo-petismo. É a herança maldita “deles”, pagamento póstumo de uma ilusão que morreu.

 

MARGEM DE ERRO

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br )

Nos meus primeiros anos de curso universitário corria uma anedota que nos fazia rir, embora tragicômica: “Um jovem diplomata nomeado para servir na Bolívia, lá chegando foi a uma recepção palaciana onde foi anunciada a presença do ministro da Marinha. Inexperiente, cometeu a gafe de comentar com um colega boliviano: – ‘Como é que aqui tem um Ministério da Marinha, se não tem mar?”. Então recebeu uma resposta contundente – ‘…E vocês no Brasil não têm um Ministério da Justiça?’”.

A piada ficou atual com o Brasil entregue à sanha do PT revoltando as pessoas decentes deste país. E piorou muito, agira, ao se tomar conhecimento de que o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, reuniu-se com os advogados dos executivos de empreiteiras presos pela Operação Lava Jato.

Não se sabe por quê, nem para quê. Pela margem de erro, muitos acreditam que é o afã dos petistas para salvar a presidente Dilma do envolvimento no esquema de roubalheira da Petrobras. Todos sabemos que ela, no mínimo minimorum, foi omissa no escandaloso assalto à Petrobras.

Das eleições para cá – com o descarado estelionato, as suspeitíssimas urnas eletrônicas, e, ainda mais, diante das duvidosas apurações feitas pela Smartmatics, empresa venezuelana ligada ao chavismo, restou uma coisa gravada nas cabeças pensantes: “a margem de erro”.

Trata-se de uma criação ardilosa do Ibope, instituto de pesquisas solicitadíssimo por ser responsável pelo aferimento da audiência da televisão, indispensável às agências de publicidade. Apesar da verdade se comprovar por meios tecnológicos e no dia-a-dia, os contratantes políticos de pesquisas querem ver os resultados em conformidade com seu marketing.

Assim, margem de erro foi usada como defesa antecipada na manipulação de números para influenciar o eleitorado. E terminou como todos constatamos: nem mesmo os executores dos censos eleitorais confiaram neles…

Dessa maneira foi oficializada a margem de erro, entre oito e 80, e pode ser usada sem preocupação, nas análises política e econômica… E o que temos? Se o Ministro da Justiça age em consonância com criminosos, é preciso muita margem de erro para não admitir que faça pior os administradores públicos do mesmo partido e com as mesmas intenções!

Não é por acaso que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, doutor Joaquim Barbosa, peça a demissão de José Eduardo Cardozo. Trata-se de um estímulo à cidadania, partindo de uma pessoa que pôs na cadeia a alta hierarquia do Partido dos Trabalhadores no caso do Mensalão. E demonstra coragem, sem margem de erro…

Como Barbosa, todos os que resistem ao governo corrupto, devem exigir o afastamento imediato do Ministro flagrado em conluio com advogados de bandidos. E apelar para que os que se assumem como líderes da oposição partidária deixem o veraneio nas praias e nas montanhas (ou talvez os passeios no estrangeiro) para assumir, na prática, o que pregam nos seus discursos.

Em defesa do Brasil até os blocos de carnaval fizeram críticas jocosas e denúncias contundentes contra a roubalheira generalizada. Encerrado o Tríduo Momesco (que dura semanas) chegamos a hora da verdade, sem máscaras.

Após a quarta-feira de cinzas vamos mobilizar o povo para ocupar as ruas e praças no dia 15 de novembro, reivindicando imediato afastamento de Cardozo, e, de lambujem, lembrar à presidente Dilma que assuma a sua incompetência. A Quaresma será de reflexão e de ação: vamos ao impeachment!

Lentes de Aumento

Miranda Sá (E-mail: mirandasa@uol.com.br )

Estes doze anos em que o Partido dos Trabalhadores ocupa o poder foram os mais catastróficos que o Brasil conheceu nos 514 anos contados da sua descoberta oficial pelo almirante Pedro Álvares Cabral.

É a triste experiência da Era da Pelegagem. Os brasileiros vivemos uma total subversão dos valores e da organização republicana, pelo desgaste dos costumes morais e éticos, pela corrosão da economia e a desmoralização da política.

Diante disso, nunca foi tão necessário e urgente que se estude, analise e se tome consciência da realidade para uma correção de rumos. É preciso olhar o contexto histórico por uma lente de aumento para nada deixar escapar à vista.

É constrangedor, por exemplo, vermos aonde chegou a Petrobras. Seus funcionários, quadros burocráticos e técnicos perderam o controle da empresa inundada por pelegos de fora, exaltando os pelegos de dentro para entrarem na senda criminosa da corrupção. São mais de 2.000 suspeitos por assinarem contratos ilícitos…

Neste trágico momento em que perde o seu status de exemplo empresarial, a Petrobras induz a sua privatização, até mesmo na mente das pessoas que a defendiam com ardor patriótico.

A par da economia corrompida e esmolambada, vemos no campo político a escalada totalitária do PT-governo, obedecendo aos ditames da infame doutrina bolivariana do Foro de São Paulo, cuja experiência é exposta no sofrimento do povo venezuelano, pela carência no país dos bens de consumo, a divisão da sociedade entre a oposição e ativistas mercenários, e a repressão armada submetendo a cidadania pelo terror.

Cego diante dessa realidade, o lulo-petismo é empurrado pela neurose ideológica do chavismo empenhando-se a criar mecanismos repressores através do decreto fascista 8243, que transforma em sovietes entidades do movimento social controladas pelo PT. Quer entregar as decisões políticas a grupos-de-pressão controlados pelo partido.

A militância mercenária do PT-governo faz um combate sem trégua à mídia, numa espécie de guerra de guerrilha contra os instrumentos contrários aos seus interesses; e o partido insiste em sufocar a liberdade de expressão e de imprensa.

Obediente às palavras de ordem, a pelegagem acusa a imprensa de estar nas mãos de grupos econômicos e de políticos reacionários; as marionetes não veem que a grande imprensa é comprada pelo PT- governo e que a maioria dos políticos proprietários de jornais e canais de rádio e televisão fazem parte da base de sustentação do seu governo.

O medo da hierarquia petista pela livre opinião não está nos jornais, rádios e televisões dos seus clientes; sofrem com as faíscas de liberdade chispadas por jornalistas que influenciam a política editorial dos órgãos de imprensa, executam a reportagem investigativa e o colunismo político.

Não se pode omitir também quão assustador para os corruptos e corruptores, a vibrante participação das redes sociais no processo de esclarecimento público e mobilização do povo contra a impunidade. O Face Book e o Twitter causam pânico na Caverna de Ali Babá…

Anote-se que a expressão do pensamento não é um direito concedido por nenhum poder, na opinião do historiador inglês Eric Hobsbawm, que do alto dos seus 90 anos publicou “Globalização, Democracia e Terrorismo.”

Hobsbawm ensina que “a autonomia da imprensa não pode ser posta de lado, e não é a democracia eleitoral que assegura a liberdade de expressão, os direitos individuais e a Justiça independente, com o apoio popular resistem a tudo.”

Verdade. Somente a força do p ovo, pelo voto ou pelo grito, imporá ao Brasil a revisão da atual conjuntura, expurgando a memória maldita dos herdeiros de Hitler e de Stálin de um socialismo que só existiu na propaganda feita para eles, os neuróticos que transferem a figura paterna por um ‘líder’.

Perdoem-me um chavão: É um imperativo da consciência patriótica dos brasileiros, o fim desse estado de coisas que submete nosso País. Exijamos uma renúncia espontânea de Dilma, ou engrossemos a alternativa do seu impeachment.

Impeachment de Dilma

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br )

São inaceitáveis os impostos escorchantes fixados pelos socialistas bolivarianos do PT-governo – até traindo o princípio da esquerda tradicional que se opõe à exigência de tributos aos assalariados.

Enfim, o Brasil está de pernas para o ar. Em plena crise causada pela roubalheira em todos os níveis da administração pública, a senhora Presidente discursa na posse de ministro exaltando as longínquas possibilidades de dar à educação percentual da indefinida extração do pré-sal…

Sem dúvida alguma a senhora Dilma Rousseff é uma esquizofrênica. É inacreditável que um Presidente da República mantivesse na direção da Petrobras uma pessoa incapaz de ver a subtração de US$ 88 bilhões, três meses após a descoberta do roubo bilionário.

É estarrecedor (palavra que a Cristina Lobo popularizou, botando-a na boca de Dilma) que os chamados “movimentos populares” nada façam, sabendo do assalto à Petrobras envolvendo altos hierarcas do lulo-petismo e o próprio PT.

Quando Dilma disse que ia fazer o diabo para conquistar a vitória na campanha eleitoral, pensou-se que falava metaforicamente e não levaram a sério, e os mais de 24 mil palhaços aparelhados nos salões oficiais, receberam essa parceria diabólica com muito riso e muita alegria…

Reeleita (inda que suspeitosamente), a candidata do PT assumiu o segundo mandato acompanhada por grande falange de demônios que inspiraram subida do preço dos combustíveis, corte de benefícios previdenciários e o abominável aumento os impostos. Nada que alcançasse os ricos, pelo menos as grandes fortunas…

É infernal a embrulhada das contas de luz. Lembram-se de que a aliada de Satanás prometeu que iria baixar as taxas? Pois bem; assumindo o re-governo aplicou a novilíngua petista trocando a palavra “aumentos” por “reajustes”.

Enfeitando os “reajustes” embandeirou as tarifas de energia: a bandeira verde não terá acréscimo, a bandeira amarela, aumentará R$ 1,50 para cada 100 quilowatt-hora consumidos, e a bandeira vermelha cor da preferência lulo-petista terá acréscimo de R$ 3,00 por 100 quilowatt-hora.

Este festival de medidas anti-povo pouco ou nada representa para os brigões dos R$ 0,20 nas passagens de ônibus. Sabem por quê? Porque o “movimento passe livre” é um dos tentáculos do PT para fingir preocupação com os trabalhadores e manter a enganação.

A cobrança do metrô, dos ônibus e trens, é feito diretamente num guichê, e os cobradores são agredidos pelos trabalhadores que não trabalham e os estudantes que não estudam formando a massa de manobra do lulo-petismo.

No caso do imposto de renda, tanto no consumo como nas declarações, o cobrador é invisível. Meus amigos auditores fiscais sofreriam muito se os brasileiros seguissem o exemplo de Honoré de Balzac, o extraordinário escritor francês.

A História registra um caso anedótico que supostamente se passou com Balzac. Ele, boêmio e desorganizado, sofria de vez em quando com o confisco de móveis e objetos pessoais por sonegar impostos. E por isso odiava oficiais de Justiça.

Certa vez um vizinho procurou-o trazendo uma lista de adesão para enterrar um fiscal de Receita. – “São apenas 20 francos”, disse. Então, Balzac perguntou – “Dissestes 20 francos?” E logo meteu a mão no bolso tirando 40 francos e entregou-os: – “Leva estes e enterra logo dois…”

Como já não podemos fazer isto, façamos como o dono de posto de gasolina que abriu a faixa: “Caros clientes: O preço do combustível subiu por causa dos impostos do governo. Somente repassamos, Reclamem com Dilma”! Ou então, acompanhar os servidores da promotoria pública em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul pedindo o impeachment de Dilma e fazendo coro: “Lula cachaceiro, devolve meu dinheiro!”

Assino embaixo desses protestos bem humorados e democráticos. Está passando da hora de pedirmos a Dilma que saia, por renúncia. Senão, pelo impeachment!

 

TELEVISÃO

O consumidor tem direitos na telinha?

É claro que ninguém fiscaliza os canais pagos de TV, sejam nacionais ou estrangeiros.  Os inúmeros que o Grupo Globo mantém, então, nem falar. Sei que não estou sozinho e estou principiando uma campanha procurando os direitos do consumidor. Espero que tenha repercussão.

Não bastasse a irritante vigarice dos canais norte-americanos (talvez de chineses ou japoneses) que forçam a barra para nos impingir algumas séries idiotas para atender o benevolente público americanos cujo gosto é diferente do nosso.

É impossível que ninguém proteste contra os canais Space, TNT e Warner, (entre todos os outros) que esnobam com a cara da gente repetindo filmes. O Space reprisou no ano passado 129 vezes a meia dúzia de versões do Harry Porter; seja, mais ou menos um terço dos dias de 2014.

Sem falar do Syfy, que vende caro a série “Guerra nas Estrelas”, levado ao vídeo 96 vezes no mesmo período; e ainda o charlatanismo da Warner, que já passou o “Alexandre” nos últimos cinco meses 21 vezes…

Os canais History, então, degeneraram. Iniciaram com apresentações sérias, culturais, no campo da própria História, do teatro e da pesquisa. Hoje forçam o vuco-vuco do Trato Feito, ou encenam garagens, ou procuram “relíquias” para o shopping.

Em termos nacionais salvam-se os jornais, embora de vez em quando nos irritem pela repetição de fatos e casos que empobrecem o noticiário. Distinção para a Globo News, a Band e a Cultura, que merecem aplausos.

A TV-Globo é um caso à parte. Perfeccionista na tele-dramaturgia, se perde pela exibição de material comprado no exterior por gente que não tem a menor sensibilidade. A Globo News, sinceramente, vem também deperecendo. Atualmente entre seus programas realçam o “Em Pauta” e o “Manhattan Connection” e mais uma meia dúzia de três ou quatro… O “Navegador” que propôs navegarmos por  mares além, mas navega para dentro, trazendo o pessoal da casa que nada tem a acrescentar, como a Regina Casé…

Esta semana tive pena do jornalista Mário Sérgio Conti, um erudito bem informado, entrevistando a socióloga Silvia Viana, que me pareceu aluna de Marilena Chauí pelos clichês e a falta de “sociologia”. Num marxismo vulgar omitiu o espontaneísmo das manifestações de Junho/13, do impulso popular acima e contra os partidos, e negou que os Black-blocs arruaceiros vieram para afastar o povo. Disse que o esvaziamento dos protestos foi por medo da polícia!!!

Os bate-papos inteligentes de Roberto D’Ávila e as reportagens engenhosas e argutas de Fernando Gabeira cederam lugar à promoção de livros publicados para ocupar o vazio das estantes… A tal entrevista de Conti, por exemplo, lembrou-me os locutores que levam um jabaculê para divulgar músicas que ninguém canta… (MS)

A Caverna de Ali Babá

PT recebeu até US$ 200 mi de propina

O PT recebeu de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões de propina, entre 2003 e 201 3, de empresas que detinham os 89 maiores contratos da Petrobras. É o que disse em depoimento o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, delator na Operação Lava J ato, que apura desvio de dinheiro na companhia. Segundo ele, o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, participou pessoalmente de acerto entre funcionários da Petrobras e estaleiros, referente a 21 contratos, no valor total de US$ 22 bilhões. Cerca de 1 % dessa quantia destinava-se a pagamento de propina. Na di visão, disse Barusco, um terço ia para operadores do esquema e o resto, para Vaccari Neto. A Polícia Federal ouviu nesta quinta (5) o tesoureiro para esclarecimento de doações ao PT. Tanto ele como a sigla declararam não ter recebido nada ilegalmente. O ex-gerente afirmou ainda que recebeu US$ 1 milhão da Odebrecht, que nega pagamento de propina. (FSP)

Fora de controle

A nota oficial em que o PT tenta rebater as denúncias de que recebeu dinheiro dos recursos desviados nos escândalos da Petrobras é uma demonstração de como o partido está desnorteado. Afirmar que o “partido recebe apenas doações legais e que são declaradas à Justiça Eleitoral” só pode ser brincadeira, depois que, segundo o então presidente Lula . O “dinheiro não contabilizado”, na expressão do ex-tesoureiro Delúbio Soares, tornou- se uma pérola inesquecível da baixa política. (O Globo)

O Zero e o Infinito

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Sinto-me obrigado a dizer que o título deste artigo foi tirado da tradução francesa do livro do jornalista húngaro Arthur Koestler, “Le Zéro et l’Infini”, que a edição portuguesa da Livraria Tavares Marins adotou. Koestler, não sei por que, é pouco conhecido no Brasil apesar de uma preciosa antologia. Este, publicado em 1947, tirei (e herdei) da estante do meu pai.

Para os curiosos, a designação original é “Darknness at Noon”. Um dos melhores trabalhos sobre a repressão stalinista, um pouco romanceado para facilitar os pouco afeitos aos crimes cometidos por Stálin e sua gangue liquidando a velha guarda bolchevista nos “julgamentos de Moscou”.

O livro é esgotado; quem o encontrar num sebo, compre-o, leia-o, e se espante com as revelações nele contidas, “uma radiografia em que se vê com impressionante nitidez o câncer que se prepara para devorar a humanidade”, como escreveu Domingos Mascarenhas, responsável pela tradução e o seu prefácio.

Arthur Koestler precedeu à nova visão histórica da “política da memória” a novidade criada pelo festejado historiador alemão Andreas Huss, a partir da lembrança do Holocausto e aplicada também nos estudos sobre os Julgamentos de Moscou, as ditaduras asiáticas e sul-americanas.

Com relação ao Brasil, vejo o Zero e o Infinito como uma equação da continuidade expondo a escalada das deformações do Governo Federal ocupado por um partido ideologicamente deteriorado e dominado por malfeitores.

Partimos do zero, que é o número das realizações do PT-governo para implantar uma política de afirmação democrática com Justiça e desenvolvimento econômico. Sem fazer piada, nesse item o lulo-petismo é um “zero à esquerda”, incapaz de refletir nosso emblema de ordem e progresso.

Se eles acrescentaram algo de bom foi em proveito da hierarquia petista e dos chegados à intimidade do pelegão Lula da Silva e do seu fantoche, Dilma Rousseff. Servindo-os, o BNDES é uma caixa preta blindadíssima para esconder créditos e empréstimos, principalmente no Exterior, de onde é mais fácil chegar-se aos paraísos fiscais. Tudo em segredo.

Entre os males praticados, não fizeram pior por falta de oportunidade e não por falta de vontade. É do programa do PT e dos seus satélites ameaças concretas às liberdades de expressão e de imprensa, e a preparação de um golpe totalitário com o decreto-lei 8243, de inspiração fascista. Assim, a morbidez lulo-petista quer implantar a censura e instituir uma falsa representação popular através de organizações de massas do lulo-petismo.

No caldeirão diabólico da gestão petista, cozinhou-se o venenoso decreto que driblou a Lei de Responsabilidade Fiscal, a manobra desonesta que anistiou Dilma da violação da Lei. Esse esgotamento de respeito republicano, de ética e honradez pode passar despercebido pela turba ignorante, mas é visto e gravado no concerto das nações, fazendo remexer no túmulo o Barão do Rio Branco.

Infelizmente a decadência cultural e profissional do Itamaraty dirigido por um comissário stalinista, contribui para isto. O mundo hoje nos vê muito diferentes do tempo em que nossa diplomacia se impunha pela honradez e o saber. O patriotismo do Barão e o brilho intelectual de Ruy Barbosa foram deletados quando Yigal Palmor, porta-voz da chancelaria israelense, disse publicamente que “O Brasil é um anão diplomático”, envergonhando-nos.

O pior é que o nanismo diplomático brasileiro é um fato. E a culpa se deve à política externa obediente ao Foro de São Paulo, traçada (imaginem!) pelo analfabeto Lula da Silva coadjuvado pelo extremista Marco Aurélio “Top-Top” Garcia, “diplomata” sem prestar o concurso Rio Branco.

Um pouco atrasado, acabei de ler “Aposta em Teerã”, do ex-chanceler Luiz Felipe Lampreia, analisando o fracasso do Itamarati ao superestimar a projeção do Brasil: Entrou  numa briga de cachorro grande metendo-se de enxerido num acordo para a entrega de urânio enriquecido do Irã à margem dos EUA e da Rússia. Sofreu a humilhação ao ver que tudo já estava resolvido por Obama e Medvedev…

O Infinito na Era Lulo-Petista é a estupidez. Os diplomatas de carreira cochicham nos corredores que a política exterior do PT-governo é “megalonanica”. E nós, brasileiros desonrados, não podemos suportar isto. Já não podemos adiar a exigência da saída de Dilma pela renúncia ou pelo impeachment. O gigante pela própria natureza não pode continuar deitado!