Arquivo do mês: julho 2014
Lilipute
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
A miopia diplomática levou o PT-governo a convocar o embaixador brasileiro em Tel-Aviv, ferindo o tradicional princípio de respeito à autodeterminação dos povos do Itamaraty. Até para quem não se acostumou a testemunhar o definhamento da nossa diplomacia, sob a assistência de um comissário político, considerou a medida deplorável.
Pela mesquinhez, o Itamaraty recebeu uma resposta inequívoca. O porta-voz da Chancelaria israelense qualificou o Brasil de “anão diplomático” e de “parceiro irrelevante que cria problemas em vez de contribuir com soluções”.
Sentimos vergonha, mas defendemos o direito do Estado de Israel de se manifestar dessa maneira, pela impudência do governo lulo-petista.
Não se trata de assumir um dos lados entre israelitas e palestinos, por que não nos cabe julgar se a guerra em que se empenham é justa ou injusta. O que nos revolta é ver aonde chegou o corpo diplomático brasileiro, que era admirado e respeitado pela cultura, altivez e integridade, mediando conflitos.
Do outro lado, essa situação de vexame revela ao mundo a verdadeira face do Brasil aviltado por um partido hegemônico e degenerado. Ficou indisfarçável o nanismo ético, moral e abastardado que os brasileiros constatam.
Doravante a desgraça nacional já não se limita à resistência dos patriotas; atravessou as nossas fronteiras. Agora, a imagem do Brasil lá fora é em grande angular. Reflete a ocupação do 79º nível entre 167 países no Índice de Desenvolvimento Humano, a ruína da Educação e da Saúde Pública; reproduz-se na decadência das empresas estatais (o exemplo é a Petrobras), e pela corrupção.
Visto pelas lentes internacionais, o gigante pela própria natureza converteu-se num anão. Reprisa a “A Ilha da Fantasia”, com o inesquecível Ricardo Montalban interpretando Sr.Roark, e o seu fiel escudeiro, o anão Tatoo, por Hervé Villechaize. Mr. Roark é o comissário Marco Aurélio “Top-Top” Garcia e Tatoo, a composição nanica do Itamaraty…
O desnível entre a fantasia petista e as reais expectativas nacionais de recuperar o País, leva-nos, também, à alegoria do genial escritor e político irlandês Jonathan Swift, no seu livro “As viagens de Gulliver”.
“As viagens de Gulliver”, classificado entre nós como literatura infanto-juvenil é muito mais do que isto: nele encontramos um compêndio de ensinamentos filosóficos, sociológicos e políticos de fazer inveja a muito PhD…
Swift nos conta a presença de um náufrago arremessado à ilha de Lilipute. O sobrevivente, Gulliver, rapaz de um metro e setenta, foi aprisionado pelos liliputeanos, pequenos seres de oito polegadas de altura. Chamado de Homem-Montanha foi à presença da majestade imperial e este lhe propôs colaborar com o reino em troca de alimentos e bebidas (capazes de suprir 1.728 liliputeanos). O acordo foi aceito e o Homem Montanha viu-se em liberdade.
O Brasil – “gigante pela própria natureza” – está preso pelos pigmeus do PT; carece de alimentos por causa de uma inflação incontrolável e tem sua liberdade ameaçada por um decreto fascista, que visa instalar uma República Sindicalista, eufemismo de ditadura narco-populista dos pelegos.
O País-Montanha virou um País-Anão. Por isso sua diplomacia é orientada por ideologias ultrapassadas: curva-se diante do cocalero Evo Morales, ajuda ditaduras africanas e mendiga uma representação no Conselho de Segurança da ONU.
Diante de tamanha mediocridade, tremem no túmulo Rio Branco e Joaquim Nabuco que nos orgulhavam. Homúnculos que aparelham os órgãos do PT-governo não chegam aos pés dos liliputeanos descritos na carta de Gulliver ao seu primo Sympson. Nela, o Homem Montanha afirma que os habitantes de Lilipute “têm tanta existência quanto os habitantes de Utopia”…
Por felicidade, nossas redes sociais materializam nossa existência, não utópica, mas real. Batalham por um Brasil que mereça respeito, pelo desenvolvimento, justiça e liberdade. Lutam contra o rebaixamento nacional sem se intimidar pelos MAVs nanicos, defensores da infame política externa que faz do Brasil uma Lilipute no concerto das nações.
Pelegos
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
“Pelego” é um termo depreciativo que se popularizou na década de 1930, no primeiro governo de Getúlio Vargas. É a designação gauchesca para um retalho de lã de carneiro que amacia a sela de montaria. Quem se deixa sentar em cima é servil… O Dicionário do Aurélio define: Pelego: Pessoa subserviente, capacho.
O termo foi usado para indicar os delegados do governo getulista infiltrados nos sindicatos; em vez de defender os filiados, faziam jogadas nas negociações com o patronato. Mais tarde, os próprios empregadores usaram este método de controle remoto no movimento sindical dos trabalhadores e nos próprios…
Inúmeros desses agentes conquistaram a direção de sindicatos e por muitos anos controlaram federações e confederações de trabalhadores através de maracutaias estatutárias. Ainda hoje, valendo-se das imunidades que lhes são garantidas por lei, muitos se reelegem indefinidamente.
A figura do pelego não serviu apenas ao governo Vargas. Estendeu-se às administrações governamentais posteriores, inclusive na ditadura militar, quando apareceram como interventores no sindicalismo submetido ao sistema imposto.
Essa personagem sinistra não foi criação brasileira, e também não foi por acaso. Nasceu com o fascismo italiano e a Carta Del Lavoro de Benito Mussolini. E, a bem da verdade, excetuando dos pelegos, a Carta Del Lavoro foi o modelo para a Consolidação das Leis do Trabalho, CLT, que, apesar das minudências legislativas inúteis, trouxe garantias aos trabalhadores que até os anos 1930 eram semi-escravos.
Os sindicatos surgiram nos albores do século 20 no Brasil, na bagagem de emigrantes italianos e espanhóis anarco-sindicalistas; e substituídos mais tarde pelos comunistas, cuja influência justificou a intervenção neles pela ditadura Vargas. Com a redemocratização de 1945, os pelegos influenciados pelo getulismo atuaram no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
No seio do movimento sindical, trabalhistas e comunistas se digladiaram até João Goulart assumir a presidência da República com a renúncia de Jânio Quadros. Daí se aliaram sob o janguismo confundindo-se na pelegagem…
O movimento militar de 1964 derrubou Jango e, ao se consolidar, ampliou o peleguismo: estimulou a criação de sindicatos rurais, de pescadores e também os “conselhos comunitários”, aparelhando-os.
Nesse cenário, surgiu Lula da Silva servindo a três senhores, como é do seu feitio oportunista: Era ligado ao partido comunista (PCB), informante do Dops, e prestava serviços à Volkswagen. Com seu amoralismo conquistou a confiança de todos três, e foi assim que mereceu do general Golbery do Couto e Silva uma sigla partidária e fundou o Partido dos Trabalhadores com a função de servir como anteparo ao PTB e ao PCB.
Na origem, o PT de Lula foi um balaio onde se juntaram anarquistas, trotskistas e stalinistas dissidentes do PCB, e a esquerda católica. Conforme o combinado propôs-se a enfrentar o trabalhismo, o comunismo soviético, o imperialismo norte-americano, o latifúndio, e, vagamente, o capitalismo. O manifesto de lançamento, com tais propostas, poderia ter sido escrito por Benito Mussolini.
O jornalista Hélio Schwartsman lembrou, num artigo publicado na Folha de São Paulo, um fato relativo à pelegagem que anda esquecido. O objetivo dos sindicatos corporativistas do fascismo era eliminar a luta de classes. Como se vê no Brasil do lulo-petismo.
Perguntem a professores, pessoal da Saúde, servidores públicos, pessoal das empresas estatais que tanto ajudaram a subida do PT ao poder e se desencantaram. Seus sindicatos estão isolados, e suas greves relegadas e reprimidas. Na marcha totalitária dos petistas e seus sabujos, obesos de autoritarismo, defendem hoje a sua “paz social” para manter-se no poder.
E dessa maneira, sindicatos e movimentos sociais controlados serão usados como “conselhos” na “república sindicalista” que o abjeto decreto executivo 8243 arrisca impor ao País.
Não fosse a resistência patriótica das redes sociais, a aprovação do 8243 materializaria o sonho do pelego-mor Lula da Silva, para conveniência e proveito dos corruptos e corruptores que ocupam o Palácio do Planalto em nome do degenerado “socialismo bolivariano”.
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Soviets
Miranda Sá (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
“O Brasil é o inventor do socialismo de direita”
Millôr
Com humor filosófico, o grande Millôr Fernandes brincou dizendo que o Brasil é o inventor do socialismo de direita. Como piada, é excelente; mas há um equívoco histórico: foi Mussolini quem misturou o espectro esquerda-direita na Itália do século passado.
Como a História registra, o fascismo surgido após a 1ª guerra mundial, nasceu através de núcleos chamados fascios, inspirados na organização dos sovietes leninistas que antecederam a revolução de 1917.
Mussolini, filho de pai anarquista, filiou-se na juventude à ala esquerda do Partido Socialista que abandonou defendendo a entrada da Itália na guerra, contra a orientação pacifista do partido. Jornalista, militou no jornal socialista “L’avanti”, mas rompeu com a sua orientação e fundou o “Il popolo d’Italia”.
No seu novo jornal, o futuro “duce” defendia com retumbantes artigos “uma terceira posição entre o capitalismo e o socialismo marxista”. Propunha unificar a nação através de um Estado totalitário corporativo. Sugeria que o governo fascista seria sustentado pelo “democracia direta” com os fascios exercendo-a.
Essa “democracia direta” vinha influenciada pela experiência leninista. Como no período pré-revolucionário na Rússia os bolchevistas de Lênin e Stálin eram minoria no parlamento (Duma), levantaram a palavra-de-ordem “todo poder aos sovietes” para com eles reduzir o poder dos deputados.
O partido marxista russo instruiu os “camaradas” a se infiltrarem no movimento popular e sindical, organizando dentro deles os “sovietes” – palavra que em russo, se traduz como “conselho”.
Não é preciso escavacar ainda mais o itinerário histórico do totalitarismo para demonstrar o que o Partido dos Trabalhadores quer fazer no Brasil com os “conselhos” do decreto 8243. Aliás, com uma adulteração para pior: os fascios e os sovietes nasceram nas corporações, e os “conselhos” com os quais o lulo-petismo quer implantar a sua “democradura”, serão designados pela secretaria-geral da Presidência da República!
Na Itália, os fascios se unificaram e formaram um partido; na URSS, após a conquista do poder, os sovietes assumiram a forma estatal da “ditadura do proletariado”. Aqui, com o decreto 8243, não usam essa máscara. Os “conselhos” já são tentáculos do PT.
Felizmente, este golpe enfrenta reação na Câmara Federal através de deputados conscientes da subtração de poder do Legislativo. No primeiro embate, enquanto quase 300 deputados votaram a urgência para decidir a derrubada do decreto 8243, viu-se a mobilização minoritária da extrema esquerda dissidente do PT, mas fiel á imposição de uma ridícula “ditadura do proletariado”.
Ficou translúcida na sessão da Câmara, que a divergência de opinião e interesses dos que saíram do PT e fundaram partidecos “de esquerda”, não cortaram o laço umbilical com o stalinismo hegemônico da origem.
Do outro lado, a oposição parlamentar – com raras e honrosas exceções – ainda não mostrou coragem para denunciar duramente, sem reticências, a falácia da “democracia direta”. Teme enfrentar a pelegagem dos “movimentos sociais”.
A brandura vacilante da oposição parlamentar arrisca o decreto legislativo anti-8243, que está sob pressão autoritária ou corrupção governista. E é triste reconhecer que há no Congresso parlamentares fisiológicos que são capazes de decidir pela autodestruição.
O Brasil conta apenas com a agressividade patriótica das redes sociais, sem proveitos partidários nem ganho político. Só no Facebook, Twitter, Blogs e Sites, encontra-se o rompimento com o “politicamente correto” limitador, as denúncias que os grandes jornais não publicam, o combate à subserviência dos jornalistas chapas-branca e o repúdio às provocações dos MAVs reconhecidamente mercenários atuando com fanatismo bem remunerado..
A guerra contra a marcha fascista do lulo-petismo e a batalha travada contra o decreto 8243 é o começo da derrocada dos totalitários. Para isto, é preciso defender a Democracia com “ousadia e alegria”…
Catarse
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
Aristóteles, aluno de Platão e responsável pela educação de Alexandre, o Grande, estudou o comportamento do público assistente após as tragédias teatrais, utilizando o termo catarse (do grego “kátharsis”) para o efeito causado na platéia. Para o grande filósofo, havia uma purificação da alma popular com a descarga emocional provocada.
A reação gerada na catarse foi usada por Freud na psicanálise para a cura de problemas emocionais dos seus pacientes usando, no processo, a hipnose pelo método do seu colega Joseph Breuer.
As igrejas cristãs, começando pela anglicana e principalmente pelas evangélicas norte-americanas, usam nos seus rituais métodos catárticos, de hipnose através da música, danças e mesmo procedimentos hipnóticos freudianos.
Nos círculos midiáticos esportivos reclama-se uma purgação no futebol, não como terapia clínica, mas uma intervenção política no futebol diante do trauma provocado pela acachapante derrota da seleção brasileira na Copa que sediou, com gastos exorbitantes, um verdadeiro escarno para uma Nação necessitada de serviços básicos na Educação, Saúde e Segurança.
A “tragédia” no Brasil com a convulsão de paixões, batucadas, gritos e choro, estimulados pela perda futebolística nos jogos mundiais, reclama por uma catarse, no estertor do “patriotismo do chute” e tornou-se um mantra entre os comentaristas esportivos, principalmente no “jornalismo” televisivo.
Fraudulentamente, a exigida depuração do futebol foi proposta pelo PT-governo num oportunismo típico da pelegagem: a sinistra estatização da CBF, arrastando verbas públicas que escorrem nos ralos da corrupção e proporcionando o empreguismo à disposição dos eternos aproveitadores.
Um dos jornalistas de grande audiência na TV, Juca Kfouri, embora colaboracionista do poder lulo-petista, usou sua inegável inteligência, para “queimar” a Futebras – a estatal pensada pelos governistas. Ele propõe uma agência reguladora, mesmo sabendo que essa jamais funcionará nesse governo, como as outras que foram escanteadas pelos atuais dirigentes.
A catarse a ser perseguida por nós é a CPI do Futebol, abrangente, reestruturando federações e confederações do setor, e capaz de alcançar os desmandos que assistimos no País desde o sediar da Copa/14, até a tragédia da derrota da Seleção, passando pela desenfreada roubalheira de governantes, “consultores” e empreiteiras.
A descarga emocional provocada pelo drama da Seleção não é dos fortuitos “patriotas do chute”, nem dos “comentaristas” usufrutuários da safra promovida pela FIFA, mas sofrida pelos autênticos amantes do futebol.
Estes defensores honestos da limpeza e modernização do esporte das multidões repudiam a politização dos jogos por um governo medíocre sedento de se manter no poder a qualquer custo; e não confiam que venha dele nem dos seus arautos a catarse para a purificação do futebol, como de resto da administração pública corrupta…
Liberdade
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
“Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós”
Hino da Proclamação da República
Com a derrubada da monarquia no Brasil, o governo republicano provisório instituiu um concurso para a adoção de novo hino nacional. Em julgamento realizado a 20 de janeiro de 1890 no Teatro Lírico, Rio de Janeiro, foi aprovado o Hino da Proclamação da República com música de Leopoldo Miguez e letra de Medeiros e Albuquerque.
O cântico tem um ritmo marcial e um poema que invoca o patriotismo e o amor à liberdade, traduzindo as lutas do povo brasileiro ao longo de séculos, desde a colônia ao Império.
Nunca é demais lembrar às novas gerações, que não receberam nos bancos escolares lições cívicas sobre a História do Brasil, que a República não veio de graça numa época em que em quase todo mundo as monarquias eram consideradas divinas; as nações devem a institucionalização do regime democrático às revoluções francesa e norte-americana.
Os patriotas brasileiros, colonizados pelo reino de Portugal, encetaram muitas lutas pelos ideais independentistas e republicanos. No século 18, registram-se as chamadas “conjurações”, a Mineira (1789), a Carioca (1796), a Baiana (1798), também conhecida como a Revolução dos Alfaiates e também a Revolução Pernambucana.
Estes movimentos se deram ainda na colônia. A principal delas, nas Minas Gerais, destacou a figura de Joaquim José da Silva Xavier – O Tiradentes – tornado o proto-mártir da Independência.
Outras ações armadas se seguiram no império após a independência, mostrando a bravura dos brasileiros na luta por ideais. As mais notáveis foram a Confederação do Equador (Nordeste – 1823/1824); Federação dos Guanais (Bahia – 1832); A Rusga (Mato Grosso – 1834); Revolução Farroupilha (Rio Grande do Sul – 1835/1845); e, Insurreição Praieira (Pernambuco – 1848/1850).
Os heróis do republicanismo são um exemplo para os que lutam pela liberdade no século 21! São heróis de verdade, pátrios, e não os sectários exaltados pelo PT, presos por corrupção e até formadores de quadrilha, livres dessa condenação por duvidosa interpretação da fração majoritária do Supremo Tribunal Federal ao artigo 288 do Código Penal.
Este escorrego da Corte Suprema assusta e mobiliza os herdeiros de Tiradentes diante da marcha totalitária dos atuais ocupantes do governo federal. Estamos assistindo nos regimes narco-populistas na América do Sul, exemplos de implantação de sistemas políticos que sufocam a liberdade com golpes ou infiltração espúria na Justiça.
Aqui, já surgiram abortos legislativos tipo Marco Civil da Internet, que institui cibercrimes de responsabilidade civil a usuários da Rede Social. Nele, as denúncias se farão em nome da “segurança da informação”, mas que poderão ser usadas, ao sabor dos governantes, em defesa da “segurança nacional” deles…
O Partido dos Trabalhadores, mantendo a hegemonia no governo, traz no seu programa propostas de controle da mídia, submetendo jornais ao domínio governamental e sujeitando jornalistas à “disciplina” (!?). Isto seria o fim do jornalismo investigativo, impedindo-o de alimentar a opinião pública com denúncias de crimes de peculato e extorsões na administração pública.
E temos o último arreganho totalitário do PT e dos lulo-petistas, o inconstitucional e anti-democrático, o Decreto 8243, que cria uma caricata “política nacional de participação social”, que entrega o poder a sovietes – movimentos fajutos controlados por pelegos que são, na verdade, tentáculos do partido.
Como enfrentar sem liberdade essa marcha batida para uma ditadura de nova roupagem? É preciso, como ensinou Montesquieu, que os poderes republicanos sejam independentes e iguais, para que o poder freie o poder.
Isto se mostra difícil com um Legislativo notoriamente subordinado ao Executivo e um Judiciário pouco atento às infringências de um Executivo onde governo e partido se confundem, ameaçando o Estado e a sociedade.
Liberdade, Liberdade. Que nossos heróis e mártires republicanos quebrem o mármore e o bronze das estátuas voltando à vida novamente!
Raça
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
A tenebrosa estratégia lulo-petista de dividir para dominar, além de incentivar a luta de classes característica do hitlerismo, ativou através da sua propaganda fascista um antagonismo racial que vinha desaparecendo na realidade brasileira.
Eram tão pontuais as manifestações discriminatórias e tão intensa a miscigenação no Brasil, que levaram o antropólogo Darcy Ribeiro a projetar um povo bronzeado, produto de todas as nacionalidades aqui convergentes.
No seu livro “O Povo Brasileiro”, o inesquecível Darcy defende com lucidez a tese da nossa formação plural, e não é vão o estudo científico da benéfica e saudável composição do povo brasileiro de originários africanos, europeus, indígenas e orientais. É mais comum entre nós ver-se a mescla de casais de procedência diferente do que a discriminação declarada nos EUA e na Europa, mesmo em alguns países latino-americanos.
Entretanto, por força do estratagema político do PT, renascem manifestações racistas de brancos contra pretos, pretos contra brancos, anti-semitas e desprezo pelos emigrantes bolivianos, índios e até regionais, de nordestinos contra sulistas e sulistas contra nordestinos…
A última manifestação degenerada de racismo surgiu quando o diabólico chefe do lulo-petismo, Lula da Silva, assacou contra a “elite branca paulista”, culpando discriminatoriamente este estamento social pelas vaias e xingamentos de sessenta mil pessoas à presidente Dilma, num estádio esportivo de São Paulo.
É abrangente o epíteto “elite branca”, criada pela manobra marqueteira, lulista. Manobra nauseabunda, aliás, porque atinge um dos pilares mais produtivos da população brasileira. Para os arautos nacionais do “socialismo bolivariano”, ávidos por reescrever a História do Brasil, é desprezível a emigração européia e judaica.
As levas de brancos europeus fugidos de guerras, perseguições políticas e pogroms, aqui aportados viajaram, em sua maioria, em semelhantes condições subumanas dos africanos. Não as primeiras emigrações estimuladas ainda no Império.
O ignorante pelego sindical que chegou ao poder por um estelionato eleitoral nunca estudou – e os seus comparsas “intelectuais” pendurados nas tetas do governo não lhe ensinaram que a imigração européia passou a fazer parte da política imperial, visando à ocupação de regiões despovoadas do Sul do País.
O próprio imperador, assessorado pelo genro francês, o Conde D’Eu, incentivou a formação de colônias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, numa política de ocupação que deu certo, porque todos os núcleos prosperaram.
Alemães, seguidos pelos austríacos e italianos, exploraram e prepararam as terras inóspitas do Rio Grande do Sul e estenderam a ocupação seguindo o caminho dos rios. A região Sul recebeu então mais colonos germânicos e também poloneses, russos, tchecos, ucranianos e portugueses da Ilha da Madeira
No Sudeste, espanhóis, italianos e portugueses foram hegemônicos na migração. O Rio de Janeiro, Espírito Santo e principalmente São Paulo, ganharam com este surto, que promoveu a chegada de técnicos e artesãos que favoreceram as incipientes indústrias.
No desenvolvimento da agricultura, estavam os japoneses, e o progresso comercial deveu-se aos libaneses, sírios e turcos.
É esta a “elite branca” discriminada e esnobada pelos pelegos que ocupam o poder. Um governo que favorece e beneficia a entrada de bancos estrangeiros, privilegia a indústria automobilística e faz negociatas com empreiteiras, que, evidentemente, não estão nas mãos de negros, índios ou nordestinos.
A discriminação contra a “elite branca” tem a cara do PT e dos seus astutos roedores do Erário. Como mestiço que sou (e com muito orgulho) desprezo mais esta maquinação da pelegagem. E estamos conversados.
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