Arquivo do mês: maio 2011
Itzhak Perlman interpreta Sarasate
http://youtu.be/xir-5oAWxXE
Zigeunerweisen (Gypsy Airs), op. 20, é uma composição musical para violino e orquestra escrito em 1878 pelo espanhol compositor e virtuoso Pablo de Sarasate e estreou no mesmo ano, em Leipzig. É baseado em temas do povo cigano , especificamente os ritmos do Csárdás .
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Com Palocci fraco, PMDB quer nova articulação política
O PMDB quer mudanças na articulação política do Planalto e duvida da sobrevivência de Antonio Palocci na Casa civil. O diagnóstico começou a ser disseminado ontem por líderes do partido como efeito colateral do desgaste provocado pelas cobranças do governo depois da derrota na votação do Código Florestal. A cúpula peemedebista avalia que houve uma quebra de confiança na relação com o PT e a presidente Dilma Rousseff. Apesar dos esforços de reconciliação desencadeados, os peemedebistas já começam a discutir como será o reforço na interlocução política do governo. O partido entende que o rearranjo interno já está em curso e que, por isso mesmo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, ampliou seu raio de ação e ganhou mais peso na intermediação do Planalto. Dirigentes do partido avaliam que o ministro José Eduardo Martins Cardozo (Justiça) também vai atuar, por causa de seu trânsito com o vice-presidente Michel Temer e com a base aliada do governo.
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Alemanha fechará todas as usinas nucleares
Fornecedora da tecnologia que serviu de base para os programas de Angra II e III, a Alemanha anunciou ontem que, até 2022, não terá mais usinas nucleares em funcionamento em seu território. Novas fontes de energia, incluindo renováveis, serão adotadas. A decisão foi tomada três meses deis do terremoto seguido de tsunami que abalou as usinas nucleares no Japão e 64 dias após derrota importante do governo de Angela Merkel para os verdes. O país, onde aconteceu a primeira fissão atômica da História, em 1939, torna-se assim a primeira potência industrial a prometer abrir mão da energia nuclear. O anúncio foi visto também como manobra eleitoral, e o governo da França – país que mais depende das usinas nucleares – advertiu que será impossível para a União Europeia atingir metas de redução de gases de efeito estufa sem este tipo de energia. O funcionamento dos reatores de Angra não deve ser afetado porque a empresa alemã vendeu sua participação no negócio a franceses.
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Primeiras páginas_31.mai.11
O GLOBO – Senado apaga impeachment de Collor
FOLHA DE SÃO PAULO – PMDB cobra mais poder de decisão no governo Dilma
O ESTADO DE SÃO PAULO – Com Palocci fraco, PMDB quer nova articulação política
CORREIO BRAZILIENSE – História do Senado omite a queda de Collor
VALOR ECONÔMICO – Dirigente da OAB defende que Palocci se licencie
ESTADO DE MINAS – Galeria omite o caso Collor
JORNAL DO COMMERCIO (PE) – OAB pede o afastamento de Palocci
ZERO HORA – OAB defende a saída de Palocci
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Schumann – Concerto para piano em lá maior, op. 54
Sviatoslav Teofilovich Richter (Ucrânia, 20 de março de 1915 – 1 de agosto de 1997) é considerado um dos maiores pianistas clássicos de todos os tempos. Richter era um pianista virtuoso, ainda que nunca tenha usado essa virtuosidade para outro fim a não ser para manifestar a poesia essencial da música. As suas interpretações eram soberbas e controladas, seu repertório era muito amplo – variava de Bach e Haydn até Debussy e Shostakovich.
Richter tinha um espírito independente, preferia seguir os seus instintos a aprender com outros pianistas e, por isso, as suas interpretações são únicas. No entanto, ele podia interpretar uma obra magnificamente bem ou, segundo ele mesmo admitia, como um aluno medíocre. A sua obsessão pela qualidade e perfeccionismo tornou-o um crítico feroz, sobretudo dele mesmo.
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Artigo publicado n’ O Jornal de Hoje (RN)
No caso Palocci tudo tem que ser contabilizado
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
Muita gente boa torceu o nariz, e os petistas (pelo menos os que se dão comigo) desprezaram o comentário do governador da Bahia, Jaques Warner, dizendo que o ministro Palocci, multiplicando seu patrimônio por 20 em quatro anos, “chama a atenção”.
Foi um eufemismo de companheiro para companheiro, de muitos anos de vivência no PT. Da minha parte, levei Jaques Wagner a sério, sabendo que ele conhece Palocci, e que a sua opinião traduz o pensamento da sociedade civil organizada.
É certo que nem todos os participantes dessa simbólica “sociedade civil organizada” embora sabendo que Wagner está certo, condenam a disparatada acumulação de riqueza em tão pouco tempo, sem ser ganho na loteria.
Vejamos o raciocínio lógico: mesmo com uma atividade empresarial agressiva, com profícuo conhecimento mercadológico e inteligência estourando os termômetros de medição de QI, é impossível não “chamar a atenção” o volume dos ganhos e a rapidez para concretizá-los.
São três palavras: “chamar a atenção”. Basta apenas isto para que se faça uma investigação justa de como o fato ocorreu. A defesa contra a busca da verdade não apresenta dados objetivos, somente acusa o vazamento pela Prefeitura de São Paulo, a pressa do Ministério Público e a repercussão jornalística.
Ora, se houve vazamento ilegal, que se processe o responsável, e se o Ministério Público considera a necessidade de investigação, inquira-se. Quanto à imprensa, não dá para discutir a necessidade democrática da liberdade de investigar, analisar e informar.
Ainda mais do que a defesa discursiva de ministros, governadores e parlamentares, há uma “blindagem” política, quase bélica, sem impedir o inquérito e a informação dos fatos novos, das críticas diversas e o clamor crescente na opinião pública.
O que está em todas as cabeças e se ouve por toda parte é que em vez se ser defendido ou blindado, o Chefe da Casa Civil obriga-se a dar explicações convincentes.
Lá se vão mais de duas semanas de perplexidade, tumulto e hesitação, sem que tenha saído da boca de Palocci algo mais do que o mantra “foi tudo legal”, “foi tudo legal”, “foi tudo legal”…
A verdade é que nem tudo que é legal é honesto. Os “lobbies” são legais, mas de honestidade duvidosa; e as “consultorias” – como escrevi em artigo anterior – são legais, mas muitas delas usadas pelo crime organizado para lavar dinheiro sujo.
Dessa maneira, a defesa pessoal não convence e a blindagem palaciana vem se mostrando ineficaz, deixando a presidente Dilma em situação bastante difícil, arruinando a sua autoridade e complicando a atividade governamental.
O pedido de socorro a Lula agravou a situação. Embora indiscutivelmente astucioso e conhecedor da elite política e econômica, errou ao considerar que as lideranças empresariais acorreriam para preservar o seu antigo interlocutor, o que não ocorreu.
Por outro lado, Lula, egocêntrico, trouxe o peso da sua vaidade para o foco dos holofotes de Brasília, sobrepondo o criador à criatura, o que enfraqueceu sobremaneira a Presidente, impelida a mostrar-se em cena, mesmo sem convicção.
Para embaralhar e confundir as coisas, Dilma curtiu uma indigna derrota para o PMDB na votação do novo Código Florestal. Sua reação foi basbaque, anuviando seu perfil de candidata vendido pelo marketing como forte, gerencial, convicta e preparada para a Presidência.
A conjuntura levou a Mãe do PAC mostrar total distanciamento da realidade como ocorreu com Collor na época do impeachment, no lúcido dizer de Dora Kramer.
Diante disso, sentimos falta de uma oposição vocacionada a se opor… Um líder, ou uma frente de lideranças capazes de ações políticas junto ao povo e um relacionamento conexo com as corporações políticas e empresariais.
A Nação está cansada de assistir evidências sobre evidências de malfeitos, contravenções, desprezo pela ética e moralidade públicas e, acima de tudo da impunidade.
Enquanto “companheiros”, banqueiros e empreiteiros lamentam a queda moral do parceiro, é hora de substituí-lo. É preciso que este imperativo da consciência nacional chegue a Dilma, à Justiça e ao Congresso.
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Governo contra onda de assassinatos no campo
O Palácio do Planalto convocou para hoje reunião de emergência para definir uma intervenção imediata e evitar novas mortes no campo, em regiões de conflito agrário e desmatamento na Amazônia. Foram convocados os ministros da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, da Justiça, José Eduardo Cardozo, do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, e Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos. Em uma semana, foram assassinados quatro ambientalistas e agricultores – três no Pará e um em Rondônia. A Polícia Federal, que investigava os homicídios, reforçará a segurança nas áreas – até agora, os crimes não foram solucionados.
Porta-voz
O ministro Gilberto Carvalho disse que há no governo uma grande preocupação com a lista divulgada pela Comissão Pastoral da Terra com nomes de pessoas marcadas para morrer na região.
Código florestal
O governo também quer saber se há relação entre as mortes e o clima tenso em que se dá a discussão do Código Florestal – que acaba de ser aprovado na Câmara e seguirá para o Senado. Para ambientalistas, a reforma do Código pode, sim, agravar a situação.
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Primeiras páginas_30.mai.11
O GLOBO – Temer: articulação política necessita ajuste
FOLHA DE SÃO PAULO – TCU vê indícios de pagamento a ‘fantasmas’ em obra do PAC
O ESTADO DE SÃO PAULO – CGU resiste a investigar denúncias contra Palocci
CORREIO BRAZILIENSE – Olho grande na base governista
VALOR ECONÔMICO – ‘Dilma perdeu seu grande projeto político’
ESTADO DE MINAS – BC segue pistas de assalto milionário
JORNAL DO COMMERCIO (PE) – Dilma tenta desfazer mal-estar com PMDB
ZERO HORA – Presidente tenta acerto com PMDB
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Rita Lee e Zélia Duncan
PAGU
Mexo, remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Sabe o que é ser carvão
Uh! Uh! Uh! Uh!…
Eu sou pau prá toda obra
Deus dá asas à minha cobra
Hum! Hum! Hum! Hum!
Minha força não é bruta
Não sou freira
Nem sou puta…
Porque nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem
Nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem…
Ratatá! Ratatá! Ratatá!
Taratá! Taratá!…
Sou rainha do meu tanque
Sou Pagu indignada no palanque
Hanhan! Ah! Hanran!
Uh! Uh!
Fama de porra louca
Tudo bem!
Minha mãe é Maria Ninguém
Uh! Uh!…
Não sou atriz
Modelo, dançarina
Meu buraco é mais em cima
Porque nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem…
Nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem…(2x)
Ratatá! Ratatatá
Hiii! Ratatá
Taratá! Taratá!…
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Artigo
O fisiologismo espelha-se na fragilidade de Dilma
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
Se não me engano, o imbróglio que agita a cena política e engessa o PT-governo, completa 17 dias hoje. Nasce da descoberta do galopante aumento patrimonial de Palocci, cujos bens se multiplicaram 20 vezes em quatro anos.
Começou com uma reportagem investigativa da Folha de São Paulo, e pela minha experiência de 50 anos de jornalismo, foi uma marola que virou onda e de onda num caixote mexido e embaraçado que afasta surfista da praia.
A enrolada, ilógica e sem esclarecimento degenerou o processo político, por infeliz coincidência com a votação do Código Florestal, deixando a presidente Dilma aturdida, incapacitada de falar e até de se mover…
Com o crescimento da repercussão pública (porque não dizer “popular”?) viu-se que o Chefe da Civil tinha menos o que perder do que a Presidente e que o governo como instituição, o que levou a levantar-se atabalhoadamente a blindagem de Palocci, o pivô da crise.
A barreira insânia incluiu um pedido de socorro ao “ex” Lula da Silva que, a comissão do exibicionismo não se fez de rogado, voltando aparatoso para o centro dos acontecimentos.
Somaram-se assim o atordoamento de Dilma, a incompetência dos seus assessores diretos, Palocci, querendo fugir da própria sombra e Lula, pavoneando entre ministros e congressistas numa intervenção que constrangeu até quem não tinha nada com isso…
Essa blindagem, quase um bunker – uma casamata bélica, em vez de resistir enfraqueceu-se internamente, pelo constrangimento dos quadros mais sensíveis e pelas inevitáveis pressões fisiológicas da picaretagem que pulula no Congresso, nos governos estaduais e nas centrais sindicais.
A vergonhosa derrota governista na votação do Código Florestal agravou e adulterou ainda mais a situação política, abrindo brechas para a passagem da operação coercitiva das bancadas parlamentares corporativas, políticas e religiosas, destacando-se evangélicos, ruralistas e partidários.
As demandas, atendidas, tranqüilizaram aparentemente o círculo do poder; mas só aparentemente, porque o fisiologismo, como o dinheiro de Palocci, se multiplica com uma rapidez incrível. Após um atendimento surgem outros imediatistas.
Além disso, ficou translúcida a inaptidão de Dilma para a política burguesa e a incapacidade de articulação partidária, sem familiaridade com as lideranças e por despreparo pessoal e alienante.
Assim, ficou patente o distanciamento da Presidente, que não controla a base no partido e aliena a sua autoridade para Lula. Quem lucrou com isto? Os petistas acham que foi Lula; em minha opinião foi o PMDB, graças à habilidade do seu líder, Henrique Alves.
O PMDB que ocupa a vice-presidência da República com Michel Temer, despertou para a força nacional que possui e, de baixo para cima, sente-se governo, hegemônico no Planalto e no Congresso.
A malandragem de Lula não vale nada diante da astuta e matreira experiência dos peemedebistas. É por isso que doravante, mesmo que Palocci venha a se explicar aceitavelmente, a sua autoridade está irrecuperável e não encerrará o processo de desgaste.
Já se desvaneceram as esperanças de afirmação pessoal de Dilma, cuja imagem virtual recortava um perfil de forte personalidade com pulso autoritário e gerencial. E dessa maneira, creio que o caso Palocci se manterá, queimando como fogo de monturo na imprensa e na Rede Social, incendiando o cipoal parlamentar aos olhos da mídia e incomodando e consumindo a administração pública.
Constato, também, que as ambições políticas deverão estimular o chamado “fogo amigo” e avançar resolutamente para submeter um governo que em vez de um Palocci como “exemplo de austeridade”, tem o espelho da fragilidade de Dilma.
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