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DA ESTUPIDEZ

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br)

Todas as exceções confirmam a regra de que toda regra tem exceção…. Não sei se vale para as conversas de bar, principalmente quando termina a última sessão do cinema e os cinéfilos discutem os “filmes de arte”, reconhecidos como tais por uma meia dúzia de três ou quatro críticos.

Bem. Estou falando de um tempo antigo, do “meu” tempo, quando também se macaqueou a “happy hour” dos gringos, com a desculpa para deixar o trânsito amainar. Então se começava com o Chopp apreciado devagarinho ou com whisky diluído em água com gás. E assim se iniciava um papo ameno que, aos poucos, se alteava num crescendo, e a conversa de bar virava conversa de bêbado.

Descrevo coisas do Rio, lembrando que o bom é que tudo terminava às gargalhadas, abraços e “atés amanhãs”.  … Saudades daqueles tempos….

Fico imaginando como se faz hoje em encontros protagonizados pelos extremistas bolsopetistas, assumindo-se fraudulentamente como de “direita” e de “esquerda” (entre aspas, pois me refiro a bolsonaristas e lulistas que não são conservadores nem progressistas). Estes assumem o que Stanislaw Ponte Preta considerou: – “Conversa de bêbado não tem dono”.

Uma coisa, porém, é certa. Com vistas à geopolítica física, comprovamos uma curiosa situação: nas conversas de bar desses “falsos adversários” dá-se um fim à hipótese matemática de que as paralelas se tocam no infinito. A estupidez leva-os a se juntar. Os dois lados defendem de uma maneira ou outra, a invasão russa na Ucrânia ou o ataque “preventivo” de Israel ao Irã.

Não podem esconder também alianças táticas em muitas outras situações. O bolsopetismo se iguala na política, seja internacional ou nacional; uma com base nas doutrinas da “guerra fria” há muito acabada, mas rediviva entre os semialfabetizados, e, de outro lado, remoem a visão anti-imperialista há muito ultrapassada….

Digladiando-se eleitoralmente para enganar os trouxas, arrebanhar fanáticos e recrutar mercenários, a obscena nudez do lulopetismo e do bolsonarismo está exposta além das conversas de bar. Está escancarada até nas redes sociais.

Não é para menos. Lembro o aforismo de Mark Twain afirmando que quatro quintos da humanidade é formada de desorientados. Fico imaginando este percentual de estúpidos pelo mundo afora…. No Brasil, pelas preferências eleitorais que as pesquisas divulgam, são milhões.

Para conhecer esta realidade que se hospeda nos quartos de fundo da política não é necessária uma observação acurada ou investigação policialesca; é transparente na mídia televisiva e na decadente mídia impressa.

Os “especialistas em tudo”, da Globo News e da CNN, chegam à insensatez de criticar a maior conquista da civilização, a Declaração dos Direitos do Homem; também os magistrados “garantistas” não se acanham de defender os políticos corruptos e chefes do tráfico, perdoando propinas e evitando prisões.

Até na Medicina se vê médicos que por ideologia distorcida ou falta dos estudos necessários ao profissionalismo, assumirem o negativismo científico, negando a eficácia das vacinas.

Temos também a tristeza de ver a cegueira fanática dos defensores da estúpida censura nas redes sociais, uma maquinação do Sistema para impedir críticas e denúncias ao poder, sufocando a liberdade de expressão.

O arbítrio repressivo vem acompanhado do argumento que aponta a presença na web de delinquentes, pedófilos e difamadores, ínfima minoria para quem a legislação vigente no código penal tipifica punições.

Os abusadores despóticos se qualificam como aqueles que enganam a si próprios, os que desvalorizam a liberdade, nostálgicos da escravidão, os que sofrem de ignorância histórica, e muitos que vendem opiniões. Todos vestindo igual camiseta da Estupidez.

“Elles” e “ellas” nos levam a relembrar máximas decoradas no curso secundário como o inesquecível enunciado do sábio Aristófanes: – “A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, porém, a estupidez é eterna.”

DOS DRAGÕES

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br)

No plano internacional, lembro Dwight D. Eisenhower, quando presidente dos Estados Unidos, fez no fim do seu mandato uma autocrítica digna de citação, dizendo que um dos maiores erros e mais notáveis que cometeu foi em não ter dado prioridade à Educação.

O herói da guerra contra o nazifascismo conscientizou-se de que somente com a Educação poderemos manter a Democracia e programar o desenvolvimento econômico. Tivemos também um presidente que se preocupou com isto, presidente Epitácio Pessoa, semeador de escolas públicas Brasil afora. Mais tarde, não custa louvar Brizola e Darcy Ribeiro que com os CIEPs revolucionaram o Rio de Janeiro.

Estas personalidades nos ensinaram a eliminar os dragões da ignorância que se aninham ameaçadores ao lado de 60% de analfabetos funcionais no País; e são aliados dos populismos auto assumidos fraudulentamente como “de direita” e “de esquerda”.

Neste segundo milênio da era cristã, com o fervilhar de notáveis avanços científicos e o surgimento de grandiosos aparatos tecnológicos, a nossa Pátria Mãe acolhe na Praça dos Três Poderes, em Brasília, o ninho do dragão.

Era desconhecido entre nós; foi o populismo corrupto que trouxe o maligno, porque há dragões bons e maus. A palavra “Dragão”, dicionarizada em português, é um substantivo masculino de origem no grego antigo “δράκων” (drákōn), que significa “serpente” ou “grande serpente”.

Estas criaturas mitológicas ocupam importante referência em diversas culturas. Na tradição chinesa, o dragão, conhecido como “long” (龍), é uma criatura benevolente associada à água e ao controle das chuvas, simbolizando poder, sabedoria e prosperidade. No Japão, os dragões, chamados “ryū” (竜), compartilham semelhanças com os chineses.

Nas civilizações pré-colombianas da Mesoamérica, destaca-se a figura da Serpente Emplumada. Entre os astecas, era conhecida como Quetzalcóatl, e entre os maias, como Kukulkán; em ambas culturas, eram associados à fertilidade, ao vento, à chuva e à criação do mundo.

No reverso, os dragões eram geralmente vistos pelas antigas civilizações do Oriente Médio como encarnações do mal. Nos mitos sumérios, por exemplo, frequentemente cometiam grandes crimes; e, na antiga Mesopotâmia, havia também uma associação de dragões com o mal e o caos.

O nosso, escamado de ignorância e com os chifres da obtusidade, aqui chegou para mergulhar o Brasil no pântano do semianalfabetísimo. É preciso exterminá-lo pois mantêm o povo cego pelo apedeutismo como desejam os políticos que só sobrevivem graças à insciência e só com o iletrismo podem manobrar o País.

Quem tem olhos de ver e ouvidos de ouvir, sabe o que fazem os populistas que se revezam no poder; não reformulam cientificamente os currículos escolares adaptando-os à nova realidade; não estimulam o alunato e não qualificam os professores, nem os remuneram nos padrões mundiais (em Singapura o piso equivale a R$16 mil).

Sem que isto se faça, tudo continuará no mesmo ramerrão de uma política educacional de fachada, abandonando projetos futuros de desenvolvimento econômico como o mundo assistiu os Tigres Asiáticos fazerem com a sua revolução educacional.

É por isto que peço licença aos críticos de Leonel Brizola, para citá-lo novamente quando disse que “a educação é o único caminho para emancipar o homem; desenvolvimento sem educação é criar riquezas apenas para alguns privilegiados”.

Para liquidar o Dragão da Incultura e esmagar os seus ovos no serpentário do cenário político da distorcida concepção de Democracia, da corrupção desenfreada e da multiplicação dos impostos, é preciso seguir o conselho de José Saramago.

Ensinou o grande intelectual português, prêmio Nobel de Literatura, que: – “A única maneira de liquidar o dragão é cortar-lhe a cabeça, aparar-lhe as unhas não serve de nada” ….

 

 

DOS SIGILOS

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br)

Como amante da Democracia e da Liberdade ponho-me decididamente contra a decretação de sigilos nos governos, sejam emitidos por quem quer que seja; considero esta medida criminosa, vindo da direita ou da esquerda, ou de um partido político qualquer. É uma delinquência esconder fatos para livrar a cara de alguém chegado ao poder, pessoa que é preservada pelo segredo por causa de ações danosas ao patrimônio público.

Fugindo dos sigilos, informo que pela primeira vez, desde que passei a divulgar textos nas redes sociais, invoquei a IA em pesquisa feita sobre a corrida dos nazistas sobre a bomba atômica, que, se descoberta por eles, teria mudado o curso da História…

É um segredo, mantido debaixo de sete chaves, que ocorreu na Segunda Guerra Mundial sobre a pesquisa feita pela Alemanha nazista para a desintegração do átomo, acumulando os materiais essenciais, como água pesada e o urânio. Foi a estupidez racista de Hitler que salvou a Humanidade; o ditador levou ao exílio e campos de concentração, cientistas, especialmente judeus.

A insanidade fascistóide submissa ao Führer passou a considerar a física nuclear uma “ciência judaica”, resultando em menor prioridade e financiamento insuficiente para as pesquisas. Assim, felizmente, para derrota do mal, deveu-se às disputas internas pelo poder político e a desorganização administrativa a incompreensão do alto comando militar e do próprio Hitler o fracasso do projeto.

Ficou em segredo e é pouco divulgada, rareando na literatura e nos documentários televisivos…. Manteve-se algum tempo o Sigilo que, como verbete dicionarizado, é um substantivo masculino de etimologia latina, “sigillum“, que significa “selo” ou “sinete”. Nos idiomas lusófonos, o Brasilês define como segredo o que se mantém oculto; o que não se mostra, nem se conhece; acontecimento ou coisa que não pode ser revelado ou divulgado.

Outro capítulo que assombrou no século passado, ocorreu na antiga URSS. Foi o “Relatório Secreto”, apresentado por Nikita Khrushchov no XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 25 de fevereiro de 1956. Revelou segredos pairavam sobre as repúblicas soviéticas e que o mundo desconhecia: as atrocidades do stalinismo, as repressões em massa, os campos de concentração, os expurgos de hierarcas da nomenclatura e o culto da personalidade.

O título do Relatório é uma verdadeira sinopse: “Sobre o culto à personalidade e suas consequências”. Dessa maneira, o discurso de Khrushchov, então secretário-geral do partido, marcou o início da desestalinização na URSS, levando à libertação de prisioneiros políticos e a uma maior abertura política.

Pelas repercussões internacionais, provocou a Revolução Húngara de 1956 e a cisão sino-soviética, terminando por instalar a glasnost (abertura política) promovida por Mikhail Gorbatchov.

Como repetição caricata da História, uma pesquisa inédita avaliou os 1.379 sigilos decretados entre 2015 e 2022, 80% deles impostos pelo Governo Bolsonaro. A maior quantidade de sigilos de cem anos foi decretada em 2021. É inegável que tais medidas representam um crime contra a nacionalidade escondendo o que devia ser público.

O êmulo de Jair na imunda polarização eleitoral, Lula da Silva, descondenado após prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, adotou medidas semelhantes decretando sigilos em diversos casos ao assumir a presidência da República. Como são iguais!

Não sei qual dos dois é pior. Comparando, vê-se que Lula criticou na campanha eleitoral os sigilos do antecessor, mas acrescentou aos segredos visitas dos filhos e os gastos da mulher amada.

E fez coisa que resvala no crime, escondendo a desenfreada corrupção ao decretar sigilo de R$ 600 bilhões em gastos que incluem ONGs amigas, segundo do Estúdio I da GNews…; e procura distorcer e esconder a roubalheira no INSS. Para impedir a divulgação dos segredos dos seus fantoches, o Sistema quer a censura nas redes sociais, e para isto, Lula pediu ao presidente chinês Xi Jin Ping, um especialista em repressão da Web.

DO HUMOR

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br)

Estive passando a vista na excelente antologia História da Caricatura Brasileira onde o Humor está presente, lembrei-me da observação de Aldous Huxley ao constatar que as paródias e as caricaturas são as formas mais agudas de crítica.

E senti que o Humor está perdendo os caricaturistas, humoristas e menestréis temerosos de repressão sócio-política do regime judicial que infelizmente sofremos na atualidade brasileira.

Isto sempre ocorreu nos regimes ditatoriais que temem o potencial subversivo que o Humor provoca, com a História da Humanidade registrando que o nazismo na Alemanha criou uma rigorosa censura artística, proibindo obras consideradas “degeneradas” e deviam ser banidas ou destruídas.

É um importante capítulo histórico a “Bücherverbrennung” – queima de livros ocorrida em 10 de maio de 1933 -, no início da tomada do poder por Adolf Hitler. Teve apoio das SS e da Hitlerjugend, Juventude Nazista e Liga das Moças Alemães repugnando autores considerados “não-arianos”.

Foram à fogueira as obras de Brecht, Erich Maria Remarque, Erich Kästner, Freud, Hemingway, Heine, Ibsen, Ricarda Huch, Stefan Zweig e Thomas Man. Lamentando a desgraça o poeta Heinrich Heine alertou: – “Onde se queimam livros, acaba-se queimando pessoas”. O que veio a acontecer.

E, exilado em Londres, o grande Sigmund Freud lamentou a queima de livros pelos nazistas: “Os livros foram queimados nas chamas fumacentas do nosso ódio!”

Indo à minha infância e adolescência encontrei algo interessante: Getúlio Vargas, que como ditador do “Estado Novo” (1937-1945), manteve ferrenhas censura e repressão policial contra críticos ao regime, quando voltou em 1950, eleito pela imensa maioria do eleitorado, afagou artistas, cômicos, humoristas e intelectuais, rindo-se muitas vezes das próprias caricaturas e imitações cômicas em peças teatrais.

Vargas encontrou um seguidor deste abrandamento e convivência com a crítica. O presidente Juscelino Kubitscheck levou ao Palácio o compositor e intérprete Juca Chaves, autor da sátira mordaz e bem-humorada “Presidente Bossa Nova”.

Embora sustentando a censura sobre diversos setores culturais, a ditadura militar (1964-1985), fez vista grossa para “O Pasquim”, semanário humorístico que com o anedotário, caricaturas e quadrinhos fazia críticas gerais, tornando-se um dos símbolos da resistência cultural contra o arbítrio.

Afinal, o Brasil é o Brasil. O povo brasileiro é brincalhão, sempre bem humorado, com uma forma própria de ser ou de estar. Vê o Humor das marchinhas de carnaval e das comédias de teatro, televisão e rádio, como dicionário o define: este substantivo masculino de origem latina, humor,ōris, ‘fluido, linfa’, uma situação orgânica que produz um estado de ânimo nas pessoas.

É esta disposição que representa a aquiescência ao que é cômico ou que provoca riso ao longo da História. Desde a Antiguidade, o Humor é utilizado para satirizar costumes e comportamentos sociais. Como exemplo, temos na Grécia Antiga as comédias de Aristófanes, como “Lisístrata” e “As Rãs“, provocando risos ao criticar os políticos da época.

Vou repetir: vemos que entre nós, o humor perdeu a inspiração dos caricaturistas, humoristas e menestréis, acovardados com a repressão sócio-política do regime judicial instalado no Brasil.

É difícil manter publicações como foi o Pasquim e mesmo na sua expressão literária, como “As Farpas”, de Ramalho Ortigão e Eça de Queirós… É inimaginável publicar-se uma caricatura ou a imitação caricata dos semideuses de toga.

Os amantes da liberdade lamentam que se tornou quase impossível divulgar paródias ou piadas jocosas na mídia impressa, televisiva e radiofônica. Saem pontualmente nas redes socais que não dão acesso do povão, ficando este sem compreender o porquê do silêncio ensurdecedor do STF sobre as fraudes do INSS.

Fica dessa maneira coberto o roubo dos aposentados e pensionistas do INSS pelos pelegos sindicais lulopetistas sem que nenhum seja preso ou restitua os valores do saque; e assim, o Humor, como ferramenta poderosa para questionar e refletir sobre a sociedade, está silenciado.

DA VINGANÇA

MIRANDA SÁ Email: mirandasa@uol.com.br)

Chama-se Vingança qualquer ato danoso contra uma pessoa, castigando-a em desforra por lesões ou ofensa por ela praticados. A palavra tem origem no latim “vindicare“, que significa “reivindicar” ou “defender”, relacionada à “vindicta“, que significa “mostrar autoridade”; gramaticalmente em brasilês é um substantivo feminino usado para resignar uma retaliação praticada como represália.

Tomar uma vingança revela uma decisão pessoal ou coletiva para restaurar a justiça que faltou para punir legalmente alguém que causou um mal. Utiliza-se da força para castigar desgraças físicas ou morais causadas.

A Vingança tem uma presença emocional nas artes dramáticas, mergulhando nas profundezas da psique humana e nos princípios da moralidade ou repressão política. No teatro temos a digna referência com o poeta grego do século V a.C., Eurípides, e a tragédia grega “Medeia”, em que a protagonista, traída pelo marido, busca uma retribuição extrema, evidenciando a intensidade do desejo vingativo.

Na literatura, incluem-se os clássicos shakespearianos das peças Hamlet e “Otelo, o Mouro de Veneza”; e de Alexandre Dumas, o celebrado “Conde de Monte Cristo”. Um clássico no cinema, “Trono Manchado de Sangue”, de Akira Kurosawa, adapta “Macbeth” ao contexto japonês, enfatizando as consequências trágicas da ambição e da retaliação.

Também no cinema, “V” de Vingança tornou-se um clássico. É um filme de ação e suspense, trazendo a realidade virtual sobre o perigo do totalitarismo, da vigilância em massa e da perda da liberdade individual. Sob a direção de James McTeigue e produzido em 2005 por Joel Silver e pelas irmãs Wachowski, autores do roteiro, ambos  possivelmente inspirados no  “1984” de Orwell.

A sinopse descreve a Inglaterra sob uma ditadura impondo um sistema totalitário com táticas terroristas para reprimir qualquer manifestação opositora. Um herói solitário auto assumido como “V”, luta pela liberdade. A história é romantizada quando “V” salva da polícia secreta uma jovem chamada Evey e ela se torna sua aliada na luta pela liberdade e justiça.

No Brasil de hoje, vemos a Vingança adentrar na política brasileira com Lula da Silva, pelego da VW e informante do Dops, segundo Tuma Júnior, até hoje não desmentido, ser descondenado dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro pelos garantistas do STF.

Graças ao apoio dos democratas de Centro, temerosos de perder a liberdade ameaçada pelos golpistas Bolsonaro & Cia., elegeu-se o presidente da República. Empossado, trouxe de volta a gangue do Mensalão e do Petrolão, e com ela voltaram os corruptores das empreiteiras e os corrompidos dos sindicatos e dos movimentos sociais.

Cercado de fanáticos e mercenários, o Descondenado iniciou uma furiosa e irrefreável vingança contra a Operação Lava Jato, seus protagonistas da PF, do MPF e os juízes dos tribunais de primeira e segunda instâncias. Todas as medidas administrativas e reivindicações nacionais desceram ao segundo plano cedendo lugar às ações vingativas, translúcidas como água de esgoto. Quem ainda não observou como é transparente a água de esgoto?

Foi criada, então, uma temporada inimaginável de perseguições contra a Lava Jato, unindo lulopetismo e bolsonarismo como um eixo do mal, para vingar-se de quem mostrou à Nação a face horrenda da corrupção populista.

Assim, com este consórcio da falsa esquerda e da falsa direita formado para punir os inimigos da criminalidade, transparece claramente que a polarização que os confronta é apenas eleitoral. “Elles” agem da mesma maneira quando chegam ao poder: enquanto assaltam o Erário, tramam para subtrair as liberdades democráticas calando os reais opositores.

Estranhamente apoiado pelo sistema jurídico que domina o país, Lula atenta contra a soberania nacional ao dizer claramente que pediu a Xi Jinping um especialista em repressão das redes sociais. Esta censura, fralda de ditaduras nascituras, revolta os amantes da liberdade e impõe o desejo popular de Vingança; vingança que faz parte da obra prima de Lupicínio Rodrigues: “Vingança, vingança, vingança, aos santos clamar!”

 

 

DOS MILAGRES

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br)

O filósofo David Hume argumentou que milagres são violações das leis naturais e que os testemunhos sobre eles são geralmente pouco confiáveis. Ele afirmou que é mais provável que o testemunho esteja errado do que um milagre realmente tenha ocorrido. (Volume d’ Os Pensadores, editado pela Nova Cultural em 1989).

Hume enfrentou a crítica de alguns teólogos com tímidas referências diversionistas, um deles, Eugen Drewermann, considerando-os “simbólicos” como expressão da psique humana mais do que eventos sobrenaturais…. Outro, Richard Swinburne, defende que a ocorrência dos milagres deve ser defendida pelos crentes como uma cosmovisão teísta…

O campo da religião esquematiza mais ou menos o que expressam estes pensadores da   teologia sistemática (ou dogmática). Como organismos burocraticamente constituídos, o cristianismo, o judaísmo e o islamismo usam relatos de milagres como base das suas crenças.

Com isto, enfrentam a visão naturalista de Spinoza que no seu Tractatus Theologico-Politicus sustenta que tudo ocorre conforme as leis imutáveis da Natureza, e o que chamam “milagres” são eventos pontuais cuja causa desconhecemos.

O Catolicismo medieval exagerou, realçando os milagres de Jesus para dogmatizar a sua divindade; aproveitou-se dos relatos evangélicos pouco confiáveis, mas eficientes para fortalecer a fé dos seus seguidores.

Entre muitas descrições, destacamos milagres porventura praticados pelo Carpinteiro de Nazaré quando vivia entre pescadores no lago da Galileia; fazia-os em nome do “Pai”, como se referia a Deus. Para um evangelista, alimentou com eles milhares de pessoas com alguns poucos pães e peixes (Mateus 14:13-21)… E andou sobre as águas, para acalmar os discípulos em meio à tempestade (Mateus 14:22-33).

A palavra Milagre, como verbete dicionarizado, é um substantivo masculino de etimologia latina “miraculum“, que significa “prodígio, maravilha, coisa extraordinária”; e no nosso brasilês refere-se a um ato ou acontecimento fora do comum, inexplicável pelas leis naturais. Na religião, é qualquer referência de participação divina na vida humana.

Como a Ciência procura entender o mundo pesquisando ocorrências que não deixam dúvidas pela evidência concreta, esbarra na convicção de eventos inexplicáveis que são aceitos convictamente pela crença em coincidências pontuais aceitas pela fé sem ser comprovadas.

Será razoável depositar numa hipotética caixa que recolhe dúvidas, todas as questão discutíveis. Assim ouviríamos Orson Welles sabiamente alertando para a necessidade impositiva de duvidar, dizendo: – “Só os estúpidos têm uma confiança absoluta em si mesmos”.

Cedendo à teoria e apelando mais uma vez para Hume, temos dois níveis explicativos da causalidade; a precisão de uma explicação para fenômenos, e o esclarecimento para a relação entre o fato e o desejo de crer em algo sem comprovar a sua existência.

Concordo que é preciso guardar dúvidas sobre os antigos milagres praticados pelo Deus judaico-cristão, mas gostaria que se Ele os teria feito antigamente, seria razoável que viesse a fazê-los na contemporaneidade.

Isto levou-me à surpresa em saber que na PUC/RJ existe uma cadeira “Ciência da Religião”, e considero importante ver que os teólogos de hoje aceitam a Ciência como a busca para atitudes racionais conforme as leis que a Natureza oferece.

Assim, gostaria de encontrar condições objetivas para que os milagres voltassem a ocorrer; e que fossem através de um Deus cósmico, atemporal e onipresente, para nos encher de alegria fazendo um milagre com os togados do STF que se metem e falam em tudo, quando não deviam. O miraculoso os faria romperem o silêncio (que seria normal não fora a sua parlapatice) diante do roubo tsunâmico no INSS pelos pelegos lulopetistas.

Sem fugir da lógica e sem intervenção divina, eu voltaria a crer em milagres também, se a omissão da Suprema Corte perante a criminalidade fosse considerada por todos brasileiros e brasileiras.

Com esta unanimidade comprovar-se-ia dessa maneira o repúdio nacional ao terrorismo dos corruptos e corruptores instalados nos poderes republicanos….

HABEMOS “CHANCELERA”

mirandasa@uol.com.br

Como ninguém elegeu Janja para coisa alguma ela se assumiu como “Chancelera”, uma virtual e ridícula posição governamental, inexplicavelmente aceita pelos semideuses do STF e sob aplausos da galera do “Aposentão” …

Na China, entre outras besteiras feitas, criou uma rebordosa tal que conseguiu irritar os pacientes milenários chineses, impacientando o presidente Xi Jinping e a 1ª dama chinesa Peng Liyuan, lembrando que anteriormente, diplomatas chineses haviam pedido a ausência dela nas reuniões de cúpula.

Inafastável pela submissão de Lula, durante um encontro do Marido e o Presidente, Janja pediu a palavra para criticar a rede social TikTok, uma das principais plataformas digitais da China (críticas que Trump faz nos EUA).

Recebeu de Xi Jinping uma abrupta e seca resposta: Disse esperar que o Brasil, se considerar necessário, tenha mecanismos legais para regular ou até banir a plataforma.

Segundo os correspondentes que cobrem a visita brasileira na China, este diálogo forçado pela Chancelera criou um constrangimento geral entre os anfitriões e a própria delegação brasileira.

Aqui entre nós pegou tão mal que o comentarista global, Otávio Guedes, sempre comedido em críticas a Lula, disse ao vivo e a cores na GNews que “a primeira-dama do Brasil, Janja protagoniza “climão” em encontro com Xi Jinping. “Simplesmente vontade de exibir poder. […] O brasileiro não deu poder a ela. O Brasil deu poder ao Lula.”

DAS PROCISSÕES

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br)

A canção de Gilberto Gil, “Procissão”, é um clássico da MPB cuja letra por pressão e covardia do autor, foi modificada três vezes, mas não se perdeu a original que começa assim: “Olha lá vai passando a procissão/ Se arrastando que nem cobra pelo chão/ As pessoas que nela vão passando/ Acreditam nas coisas lá do céu…”

As procissões religiosas são atos de fé e devoção com raízes antigas, remontando ao longo da História manifestações multifacetadas que refletiam a cultura popular das sociedades em que ocorreram.

No antigo Egito, a festa de Opet compreendia uma grande procissão ao longo da avenida das esfinges, onde o deus Amon, sua consorte Mut e filho Khonsu, cada um sobre uma barca dourada, eram levados do templo de Karnak até Luxor.

O budismo leva os seus seguidores a dar voltas silenciosas em torno de uma Árvore Bodhi, invocando forças espirituais para apoio ou proteção. Segundo a tradição, foi sob a árvore sagrada que o primeiro ser humano alcançou a iluminação e onde Siddharta Gautama no século VI antes de Cristo, tornou-se Buda.

Os gregos e romanos as apresentavam em homenagem a Dionísio ou Baco, ao final da colheita das uvas. Do outro lado do Atlântico, os maias realizavam procissões com dança, música, e mesmo sacrifícios humanos, para comemorar diferentes períodos do calendário maia, como o ano novo e eclipses solares.

Também faziam procissões os antigos judeus, na Páscoa, em Pentecostes e na Festa do Tabernáculo. Na Torah são relatadas diversas procissões: (Êxodo 25:10-15, Josué 3:5-6;14-16, Josué 4:4-5;15-18, Josué 6:4, Números 10:33-34).

Este Velho Testamento deixou a tradição de procissões como herança para cristãos, e com o catolicismo elas se multiplicaram, eclodindo na Idade Média com a exibição de imagens e suspeitas relíquias….

Dicionarizado, o verbete Procissão é um substantivo feminino que se refere a um cortejo com pessoas caminhando na mesma orientação de crendice e de roteiro. Este desfile em diversas religiões é organizado pela burocracia sacerdotal com versificadas orações cantadas em refrão.

A etimologia da palavra é latina, “processĭo, -ōnis“, proviniente de “procedere”, no sentido verbal de “ir adiante”, “avançar”, “caminhar”, mencionando pessoas em grupo caminhando de maneira formal ou cerimonial.

Émile Durkheim, psicólogo, filósofo e sociólogo francês que emancipou a Sociologia como autônoma, argumenta que as procissões reforçam a solidariedade entre os membros de uma comunidade.

E esta observação nos leva aos desfiles políticos, marchas cívicas e cortejos religiosos; manifestações que passaram a ser exploradas eleitoralmente nas democracias ou como demonstração de apoio nos regimes totalitários.

Durante muitos anos, assistimos as Marchas de 1º de Maio, em desfiles de protesto e propostas sindicais em defesa dos trabalhadores. Muitas vezes iam às ruas enfrentando a repressão dos governos a serviço do patronato reacionário.

As conquistas do Mercado de Trabalho, lentas, graduais, mas sempre revitalizando e atendendo reivindicações, esvaziaram os slogans revolucionários, afastando os extremistas da movimentação; e a última pá de cal sobre o túmulo do anarco-sindicalismo, foi a criação fascista da pelegagem que mercenarizou os líderes de classe vendidos aos governos ou ao patronato.

Neste Ano do Senhor de 2025, o 1º de Maio trouxe o exemplo mais-do-que-perfeito da degenerescência sindical no Brasil, com os pelegos roubando os aposentados e pensionistas com ajuda governamental, uma ação criminosa que impediu a presença demagógica de Lula da Silva nos comícios esvaziados.

Em verdade, diante da enxurrada de corrupção em seu governo, o traidor da classe trabalhadora, corrompido, corrupto e corruptor nada tinha a dizer a não ser as mentiras marqueteirizadas de sempre.

Isto nos leva à realidade seguindo uma Procissão compromissada em ajudar o novo papa, Leão 14, agostiniano, que quer construir pontes para relacionar toda a gente sem distinção, em defesa da Paz; e assim vislumbra  um mundo melhor.

DAS COINCIDÊNCIAS

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

A vida é cheia de coincidências; mas as coincidências que encontramos nos círculos políticos são exageradas. Como verbete dicionarizado, a palavra Coincidência é um substantivo feminino vindo do latim vulgar “coincidere”, significando a condição de dois fatos ocorrerem igualmente por acaso.

Não encontramos para Coincidência um sinônimo perfeito que represente claramente sua significação, a justaposição de situações distintas em tempo e espaço. Nada tem a ver com coexistência, nem concordância, nem semelhança; o mais próximo que achei foi simultaneidade, e mesmo assim passa raspando….

“Uma vez acontece. Duas vezes é coincidência. Três vezes é ação inimiga” é a definição jocosa de Ian Fleming, militar, escritor e jornalista britânico conhecido mundialmente como inventor de James Bond.

Isto está exemplificado pela História Geral no caso ocorrido na 2ª Guerra com o prodígio da engenharia naval alemã nazista que, lançado ao mar, fez o almirantado inglês temer pela sua invulnerabilidade; mas a 27 de maio de 1941, por uma coincidência, uma bomba lançada pelo encouraçado inglês Prince of Wales entrou em uma das chaminés do navio alemão e explodiu a casa de máquinas.

Até hoje nos círculos navais se discute este fato de um dos navios mais lendários do mundo afundar na primeira batalha naval de que participou.

No campo do fantástico situações que ocorrem simultaneamente temos a história de um milionário norte-americano que simples empregado numa granja, indo a uma barbearia ouviu do cabelereiro que tinha palhetas de ouro nos cabelos. Ele se lembrou que havia tomado banho num riacho que corria num terreno devoluto e foi ao órgão competente registrar o terreno como sua propriedade. Assim fez a sua fortuna explorando o ouro que havia ali em profusão.

Como piada, temos de Leon Eliachar, humorista que fez sucesso no século passado, quando o gênio não se acovardava, traz no seu livro “Homem Ao Quadrado”, um problema brasileiríssimo: – “A pontualidade é a coincidência de duas pessoas chegarem ao encontro com o mesmo atraso”. Brasileiríssimo.

O modo de pensar independente desconfia das coincidências; achamos que o que é repetido por duas pessoas sobre um fato ocorre por acidente, pode se considerar coincidência, mas quando surge uma terceira versão tem, sem dúvida, um propósito.

Isto se observa sempre no infelicitado Brasil quando coincidentemente elevou-se na política uma polarização entre populistas corruptos. Neste confronto ensaiado como as disputas dos cordões azul e encarnado nas lapinhas folclóricas.

Antes, as disputas eleitorais eram jogadas de compadrio com uma duração marcada; terminada a eleição tudo voltava à estaca zero. Hoje esta política esquizofrênica, tem reflexos escandalosos como ocorre no assalto aos aposentados e pensionistas do INSS vítimas de descontos ilegais por uma gangue sindicalista.

Encontramos aí coincidências memoráveis. Vejam que os descontos do INSS atingiram 60% dos aposentados, por justaposição foram 19 cidades do Nordeste as mais atingidas; a maioria vive em áreas rurais, segundo a CGU…

Por coincidência o ministro Carlos Lupi, que havia sido demitido no Governo Dilma por denúncias de irregularidades em convênio, teve conhecimento do assalto ao bolso dos velhinhos em 2023 e somente dois anos depois diz que a demora se deveu à “burocracia” …

Também por coincidência um dos envolvidos no roubo é o irmão de Lula, Frei Chico, cujo sindicato teve um aumento de 564% em repasses do INSS nos últimos 5 anos; e ocupa duas situações: o apelido de “Frei” é porque embolsava um “terço” da arrecadação sindical; e recebeu uma ajudinha com a dispensa da biometria e agora foi poupado na lista dos acusados….

Das coincidências advocatícias, temos a imoral – para não dizer criminosa, a contratação por uma das entidades investigadas pela PF do advogado Enrique Lewandowski, filho do ministro Ricardo Lewandowski!

Há muitas outras situações e compatibilização de ocorrer ao mesmo tempo. A mais interessante é ver-se Lula não demitir Lupi, réu confesso; comenta-se que com isto se repete o caso do asilo dado à ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia condenada por lavagem de dinheiro em um caso envolvendo a construtora Odebrecht. Tanto Nadine como Lupi são arquivos vivos sabendo demais sobre o Pelegão descondenado.

Finalmente uma coincidência que serve de prova para condenar o Governo Lulopetista; vê-se o líder do governo na Câmara Federal, Lindenberg Farias e a ministra petista Gleise Hoffman postar-se com afinco contra uma CPI para investigar o crime na Previdência. É uma suspeição explícita da participação do Chefe no esquema.

Coincidir, ajustar, compatibilizar e concordar é a inútil tentativa de terceirizar o assalto dos corruptos, fugindo do envolvimento no esquema bilionário de fraudes contra aposentados do INSS…. E coincidentemente tudo sob o silêncio ensurdecedor do STF.

DOS ABSURDOS

MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br)

Não é de agora que nos deparamos com coisas ilógicas, despropositadas e contrárias ao bom senso. Considerações que chamamos de “Absurdos”. E está claro que nos tempos paradoxais em que vivemos o que vem de longe piorou muito….

Como verbete dicionarizado, Absurdo pode ser adjetivo e substantivo; no primeiro, o que é contrário à razão e ao bom senso; que não faz sentido; e como substantivo, algo disparatado e insensato; figurativamente, projeto fantasioso, utopia.

O Absurdo chama atenção para o que é Ilógico, Incoerente e foge às normas estabelecidas pelos costumes dos povos no mundo inteiro; e é por isto que merece ser estudado; mas, pela abrangência planetária, será de bom tom limitar as pesquisas aos absurdos ocidentais….

Mesmo assim, o campo é vasto, intervindo em todas ações humanas em sociedade; na arte, na ciência, nos costumes, na literatura, na política e na religião. Percorre na trilha da História como um burro com as cangalhas carregadas de irracionalidades. Inauditas.

Na prancheta das artes lamentamos o desaparecimento das maravilhas do mundo antigo, restando apenas a Grande Pirâmide de Gizé e a Muralha da China; a Ciência esqueceu a revolução ocidental da Medicina, guardando dela apenas a memória de Hipócrates.

O comportamento humano em sociedade também deixou que as classes dominantes omitissem os horrores da escravidão indígena e negra, que deletasse a brutalidade da Inquisição, esquecesse o brutal colonialismo europeu que oprimiu e saqueou os povos na África e na Ásia; e fantasiasse que sob a bandeira da Cruz, viu-se a conquista espanhola e portuguesa das Américas dizimando povos e destruindo as civilizações do México, Mesoamérica e Andes.

Perdura até hoje a estreita mentalidade colonialista nos poderes brasileiros. No caso a Justiça o que vemos é a leniência com o crime, principalmente com a corrupção e se vê o absurdo da facção criminosa de São Paulo, o PCC, manter um Tribunal mais ágil e mais justo, condenando à morte o bandido que sequestrou, violentou e matou uma estudante da USP.

Igualmente correndo nas pistas das incoerências e despropósitos, a religião judaico-cristã se divide entre negocistas frente a um balcão de venda dos evangelhos fraudulentos e a adoração judaico-católica dos fantásticos contos das mil-e-uma-noites sobre a origem da vida num livro “escrito” por seu deus humanizado.

São absurdos as fantasias da Torah (Velho Testamento), o absurdo anticientífico da criação do mundo em 6 dias (Gênesis 1), o mito da criação em conflito com a origem da vida (Gênesis 3); com pessoas vivendo centenas de anos (Matusalém 969 – Gênesis 5:27); a saída dos hebreus do Egito pela abertura do Mar Vermelho (Êxodo 14) …. E vai ao extremo com todos os animais do mundo salvos do dilúvio na arca de Noé.

Na vertente cristã do judaísmo a História registra a morte do cristianismo primitivo tornando-se uma religião imperialista, coroando como “rei dos reis” o Carpinteiro de Nazaré um homem comum, altruísta e milagreiro que andava com pescadores, empregados, prostitutas e inválidos.

Sua trajetória tornou-se um dogma baseado na suspeita verdade de Mateus, Marcos, Lucas e João transcrevendo nos quatro evangelhos “oficiais” o disse-me-disse transmitido oralmente durante 100 anos. Foram aprovados nos primeiros concílios de Cartago e Niceia ao gosto da hierarquia eclesiástica da nova religião; e excluídos outros depoimentos como os evangelhos de Tomé, de Filipe, de Maria Madalena, de Judas e o Protoevangelho de Tiago.

Resultantes desses absurdos culturais, nações inteiras caíram no lamaçal do fanatismo e convivem com os disparates paradoxais da absurdez jurídica vendo-se o STF, leniente com o crime, silenciar com o asilo dado por Lula a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia, condenada pelo Tribunal Superior Nacional do seu país por corrupção.

Quando abordamos a política – onde tudo que é insensato -, assistimos Edinho Silva um dos principais hierarcas do PT, dizer em longa entrevista que Lula deve manter o pelego Carlos Lupi no ministério, mesmo com a descoberta da gigantesca fraude no INSS; reconhece que o traidor da memória de Brizola é um dos raros políticos não petista que defende o sindicalismo de coalizão com o crime organizado.

Vê-se desta maneira que a realidade brasileira não é lógica ou racional, é contrária à razão e ao bom senso; revolta como absurdo a quem é contra a polarização eleitoral dos dois populistas corruptos, um se assumindo falsamente “de esquerda” e outro falsamente se assumindo como “de direita”.