O FATO E O ATO

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MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br)

Quando ainda não tínhamos a imprensa cínica e mercenária de hoje, um capítulo da História registra a resistência jornalística nas primeiras arengas antidemocráticas do movimento militar que derrubou o presidente João Goulart. Entre artigos, editoriais, entrevistas, crônicas e reportagens, há os antológicos artigos de Carlos Heitor Cony,  sob o título “O Ato e o Fato”, depois editados em livro.

Inverti a epígrafe de Cony como “O Fato e o Ato” para resistir à irresponsabilidade de Lula da Silva, expressando insanidades do limbo do seu egocentrismo grosseiro e ignorante; e criando uma crise entre o Brasil e Israel.

Afirmo, antes de mais nada, ser impossível acusar-me de antissemitismo; em toda a minha vida convivi e convivo fraternalmente com judeus, sendo que ainda criança, recolhi dinheiro naqueles cofrinhos azuis da Haganah para a instalação do Estado de Israel.

Posso expressar dessa maneira, sem vacilar, a minha dura repulsa à ideologia sionista e ao governo extremista de Benjamin Netanyahu, um fascistóide assentado sobre o tripé deplorável da ortodoxia religiosa, do militarismo expansionista e da política que despreza os kibutzim trocando-os por “assentamentos”.

Nada disto justifica, porém, a desastrada fala de Lula comparando o Holocausto com a invasão da Faixa de Gaza, território onde deveria se assentar o Estado Palestino; com esta afronta à História, além do conhecido apedeutismo e insensatez, ele se imagina acima do bem e do mal, por ter sido solto e elegível depois de sentenciado, preso e inelegível por corrupção e lavagem de dinheiro em três instâncias jurídicas.

Assume, graças aos seus “amigos” do 5TF, o desvario da impunidade e por isto os ministros togados do Supremo levarão ao futuro a responsabilidade desta culpa. Aliás, uma culpa dúplice; primeiro, por desrespeitar três poderes judiciais sem interpretação constitucional, baseados em pífios considerandos.

Segundo, pelo mal que a decisão infeliz da Corte causou à Nação Brasileira levando os amigos da Democracia a votar no Descondenado contra os arreganhos totalitários da Familiocracia Bolsonaro, que conspirava um golpe contra o Estado de Direito.

Este Fato detalhadamente divulgado ferve nas cabeças pensantes. Rememorar Hitler e as atrocidades nazistas é, além de extemporâneo, uma arma para os “antifascistas” de hoje, acusados na profecia da cintilante inteligência de Churchill: “Os fascistas do futuro chamarão a si mesmos de antifascistas”.

O Ato é tão condenável como uma empada venenosa recheada de cumplicidade e má fé, e apimentada com a brutalidade que as guerras provocam; e, pior, baixou uma pauta para os mercenários do jornalismo, exigindo-lhes incríveis acrobacias mentais para defender o indefensável.

A Síntese é o véu da vergonha que cobre o Brasil no concerto internacional trazendo o constrangimento nacional ao ver a humilhação que levou o embaixador brasileiro em Tel-Aviv a visitar o Museu do Holocausto, o epicentro da vitimologia que memoriza a perda de seis milhões de judeus entre 24 milhões de eslavos, ciganos, deficientes físicos e mentais, homossexuais e opositores do nazifascismo de várias nações.

O Fato e o Ato decepcionam os humanistas em geral. Dos pacifistas que esperam dos seus governantes uma ação pela Paz e daqueles que estão conscientes de passar o vexame de ser visto lá fora como apoiador da barbaridade lulista.

A Síntese se amplia na medida da gigantesca revolta mundial assumida por pessoas de todas as idades, crenças políticas e religiosas e filosofia de vida. Vemos nas redes sociais, conversas familiares, em todo lugar, a manifestação condenatória `Lula, sem medida e sem medo.

Assim, desprezando a cicatriz do repúdio ao discurso de ódio, a Nação Multirracial Brasileira eleva a ideia de que Lula e Netanyahu pouco significam para a História da Humanidade. O Capítulo de Ouro abrangerá o desejo dos povos do mundo por uma Paz Duradoura.

 

 

 

3 respostas para O FATO E O ATO

  1. Significado de Sionismo
    substantivo masculino
    Movimento judeu que, no final do século XIX, buscava a criação de um Estado independente, sendo que sua concretização ocorreu em maio de 1948, com a criação do Estado de Israel, na Palestina.
    Reunião de tudo o que se refere à Jerusalém, como: estudos, conhecimentos, história.
    Teoria de que em Jerusalém, o Sion, monte que abrigava o Templo de Salomão, corresponde ao centro da história do povo judeu.
    Etimologia (origem da palavra sionismo). Sion + ism

    Fonte : Dicionário

  2. ” NUM MUNDO SEM REGRAS NINGUÉM, NINGUÉM MESMO ESTÁ SEGURO”.
    INDEPENDENTE DE QUEM QUER QUE SEJA!
    INFELIZMENTE….

  3. “NUM MUNDO SEM REGRAS NINGUÉM, NINGUÉM MESMO ESTÁ SEGURO”.
    INDEPENDENTE DE QUEM QUER QUE SEJA.
    INFELIZMENTE….