DA CENSURA
MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br)
No Brasil, com o fim da ditadura militar e chegada a sonhada redemocratização, os autênticos defensores da Democracia levantaram o slogan “Censura, Nunca Mais!”, amplamente divulgado e naturalmente seguido por diversos grupos ideológicos que estiveram entre os perseguidos pelo regime autoritário.
Hoje vemos que muitos seguimentos não eram tão democratas a ponto de defender a liberdade de opinião; namorados de ditaduras, auto-assumidos como “de direita” e “de esquerda” usaram a divisa nas suas propagandas, assumindo o poder abandonaram-na, aliás, deletaram-na dos seus programas.
Temos atualmente o mais-do-que-perfeito exemplo disto, vendo o Governo Lula, eleito com promessas de defesa da Democracia contra as ameaças fascistas do bolsonarismo, assumir a censura das redes sociais, onde participam pessoas livres da mídia corrompida pelo mercenarismo; são jornalistas ainda independentes, intelectuais progressistas, políticos(as) liberais e jovens defensores da Liberdade.
A resistência que assistimos de 76% da nacionalidade ao arbítrio totalitário dos hostis adjetivadores da Democracia, que qualificaram a ditadura chavista da Venezuela de “democracia relativa” é notável. O atentado à Democracia, movido pelo nefasto Consórcio Lula-STF-Picaretas tenta há dois anos implantar essa repressão fascistóide sem êxito.
Os brasileiros estão conseguindo barrar a marcha obscura da ditadura, coisa que os alemães não o fizeram na década de 1930, quando, ao conquistar o governo, os nazistas trouxeram um tsunâmi de decretos e regulamentos ameaçando graves punições para quem ousasse escrever críticas e denúncias ao novo regime.
A História nos leva a lembrar a sinistra figura de Joseph Goebbels que ocupou o Ministério da Propaganda e Informação do 3º Reich, usando a Câmara de Cultura para perseguir escritores, filósofos e poetas impedindo-os de exercer a livre manifestação do pensamento.
Foi do dr. Goebbels que nasceu e foi executada a ideia da queima de livros – a “Bücherverbrennung” – uma manifestação de nazistas que levou à fogueira obras de Brecht, Einstein, Erich Maria Remarque, Hemingway, Heine, Ibsen, Freud, Stefan Zweig e Thomas Man.
As novas gerações não ouvem falar disto. E por ignorar a História (que parece ocultar propositalmente este fato) permitiram que os nazistas ressuscitassem intitulando-se antifascistas, do modo como Churchill profetizou.
E é preciso combate-los, custe o que custar, lembrando os discurso-denúncia que o bravo paraibano José Américo de Almeida proferiu em 1937 empenhado na sua candidatura presidencial. Ele alertou a Nação antevendo o golpe de Vargas que cancelou as eleições e instaurou o Estado Novo, dizendo: – “É preciso que alguém fale, e fale alto, e diga tudo, custe o que custar!”
Esta divisa deveria ser uma tarefa dos amantes da Liberdade. Ninguém deve calar-se nestas antevésperas do julgamento do STF com seus ministros associados ao projeto populista de continuidade do lulopetismo no governo central.
Esta trama levará à criação de uma “Brazuela”, um país infelicitado por copiar a ditadura Maduro que Lula e seus sequazes reverenciam antidemocraticamente, envergonhando a Nação Brasileira perante o mundo.
Venho repetindo à exaustão o alerta memorável do importante independentista e liberal norte-americano John Adams, eleito sucessor de George Washington: “Liberdade, uma vez perdida, estará perdida para sempre.”
Mesmo com limitações para influenciar pessoas, lembro que, com o suicídio, Goebbels escapou do Tribunal de Nuremberg, mas os inconfidentes defensores da censura magistrados e políticos, serão julgados e sentenciados como assassinos da Democracia no Tribunal da História.
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