Artigo
As ratazanas desonram a Bandeira Nacional
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
Não é surpreendente o sucesso que os ratos da corrupção, ressuscitados pelos marqueteiros do PSDB de uma peça produzida para o PT em 2002 por Duda Mendonça. Os mamíferos roedores saíram dos buracos para a telinha da TV num programa político em dez inserções de 30 segundos.
É talvez a primeira vez em que o povão foi atingido pelo combate à corrupção generalizada nesses nove anos de governo Lula Rousseff, com uma amostragem e um alerta contra a roubalheira.
Parece-me ser também contundente o simbolismo do rato roendo um pedaço da bandeira do Brasil, arrotando e dando risada, como uma crítica direta à realidade que atravessamos, onde a impunidade reina.
É este, realmente, o panorama político que se descortina atualmente. Anote-se e reflita-se sobre a situação da presidente Dilma diante das execráveis figuras de Carlos Lupi e Mário Negromonte, titulares das pastas do Trabalho de das Cidades; ela os nomeou, e só cabe a ela tirá-los de onde estão, apodrecidos em si e repugnados pela opinião pública.
Observadores de boa fé analisam de que nada adianta trocar Lupi e Negromonte, se o PDT continuar no Trabalho e o PP nas Cidades… Recomendam paciência e espera por uma reforma ministerial que poderá vir nos começos do ano que entra. Qual o quê! Só haverá reforma com o fim do enfeudamento dos ministérios.
O mal está na divisão do primeiro escalão do governo em capitanias hereditárias e sua distribuição – em nome da “governabilidade” – aos aderentes fisiológicos do governo, todos corruptos, com poucas e honrosas exceções…
A reforma ministerial rola pelas cabeças planaltinas, em sua maioria politicamente despreparadas e administrativamente incapazes. Para Dilma se livrar dos grilhões do fisiologismo, indicando pessoalmente os quadros de que o Brasil precisa para sair do atoleiro, é preciso pairar acima dos partidos, do seu, o PT, e do consorte PMDB.
Seria bom, também, desvincular o seu mandato da série de nove anos de associação com o antecessor e criador, Lula da Silva. Que seja o seu “segundo” ano de exercício após doze meses perdidos…
Desatando esses nós da amarração dependente, a Presidente pode até resolver, além dos problemas pessoais, a dúvida que Lula expressa em entrevista à revista New Yorker, se será ou não candidato novamente à presidência da República. Ele disse que “não tenho coragem de dizer que vou concorrer, como não tenho coragem de dizer que não vou concorrer.”
É claro que essa resposta ambígua e incerta contém um recado para Dilma. Ele deixa a decisão para ela, com o cretinismo personalista que o caracteriza e que não lhe deixa enxergar que já não será o mesmo Lula que deixou o governo com a aprovação de 80% da opinião pública.
Lula hoje é outro. Com uma fortuna anunciada pela revista especializada Forbes, com os filhos bem situados na vida, milionários, só lhe faltando uma reconciliação com os italianos para recuperar o direito de dupla cidadania… Ele está mais para aquele rato gordo que sorri e arrota na peça de Duda Mendonça…
Lembro também a necessidade de renovação dos quadros políticos, como o próprio Lula aconselha ao seu partidoem São Paulo. Asucessão de Dilma – que parece começar com as eleições municipais do ano que vem – deveria afastar os interesses pessoais e se colocar acima da politicagem partidária.
Acho muito difícil, mas se restar uma nesga de patriotismo neste País, deveria vigorar a Lei da Ficha Limpa no pleito que se avizinha e na indicação dos nomes para disputar os mandatos executivos estaduais e o federal. Quem sabe se isso não seria um exemplo para que o Judiciário ouvisse um pouco do que diz a ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça?
Faríamos assim uma assepsia geral nos três poderes da República restaurando a moralidade e a ética exaltadas pelos seus agentes em discursos públicos. Usando uma espécie de raticida para evitar a desonra da Bandeira Nacional sendo roída por ratazanas…
pena que a oposição só veio retirar suas camisas de seda depois de 3 derrotas, nos expondo a essa corja por tantos anos
Dilma não é uma inocente útil nesse governo, que nem podemos chamar de PTista, ela é, senão culpada, uma da principais responsáveis por essa anarquia em que se transformou o estado brasileiro.
Não vejo como consertar o governo dela, nem destituindo todos os ministros, que diga-se de passagem, nos poucos anos que acompanho politica, nunca vi equipe tão incompetente. Não se salva UM!
Para salvar o estado brasileiro da falência moral, total, para qual se encaminha, só um reforma politica completa e mudando se a forma eletiva, além do sistema que, a meu ver já era. Melhor saída é o parlamentarismo, com voto distrital.
Excelente e oportuno 🙂
Leiam e analisem! PERFECT!
Amigo, estão postando no TT este post como se fosse de minha autoria. Já avisei, mas continuam. Pode me ajudar? Bluesette22
recomendo ler com muita atenção !!
Até quando, iremos ser enrolados? Vamos continuar a divulgar essa gente é uma de nossas armas. Não podemos ficar calados.
O capitalismo só leva á isso. Socialismo já!