REVOLUÇÃO MILAGROSA

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MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“Em tempos de engano universal, falar a verdade torna-se um ato revolucionário” (George Orwell)

As minhas simpatias juvenis no estudo da História foram para cinco capítulos: pela ordem cronológica, a dinastia Ming, construtora da Grande Muralha, o Império Bizantino e o Cisma Católico, a Reforma Protestante, a destruição pelos espanhóis dos impérios americanos pré-colombianos e a Revolução Francesa. Neles encontrei o processo comportamental da civilização.

Com a Revolução Francesa tivemos o grande salto civilizatório da humanidade: uma revolução autêntica que quebrou os grilhões da autocracia e hasteou a bandeira da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Tornei-me íntimo dos cenários de 1789 e dos revolucionários, hoje pouco conhecidos pelos estudantes do ensino básico e até da academia, pelo desprezo que os professores ideologizados atuais têm pela burguesia….

Os que fizeram o ginásio 40 anos atrás sabem que a Revolução Francesa foi feita pela burguesia e para a burguesia. Este substantivo feminino que é usado como xingamento pelos cretinos cultuadores do “ouvi dizer” e que os seus gurus ensinam como “uma classe social do regime capitalista” é uma coisa diferente.

Na verdade, indica uma classe social nascida com o surgimento das primeiras cidades, o incremento progressista do comércio nos burgos medievais, enquanto a sociedade feudal decadente apodrecia. Na Europa, principalmente, graças aos lucros obtidos no comércio e na produção artesanal os burgueses adquiriram poder e naturalmente mais liberdade.

Com a reforma e a reação contra as guerras camponesas na Alemanha e depois com a Revolução Francesa, simbolizada pela queda da Bastilha, a burguesia conquistou o domínio sobre as demais classes da sociedade feudal.

Na Grande Revolução, um dos seus protagonistas me fascinou: Jean-Paul Marat, cientista e filósofo, tornado jornalista para divulgar as ideias enciclopedistas.

Nas vésperas da revolução, fundou um jornal, o “Moniteur patriote” (O Monitor Patriota), que, pela popularidade entre os trabalhadores, mudou o título para “L’ Ami du Peuple” (O Amigo do Povo), onde criticava violentamente a aristocracia, a nobreza, os monarquistas, o ministério e os defensores do rei Luís XVI.

Uma pesquisa superficial nos escritos de Marat mostra que o Brasil dos nossos dias tem muitas semelhanças com a França pré-revolucionária de 1789.

Com as necessárias mudanças (mutatis mutandis, como falam os doutos) troquemos a monarquia francesa do rei Luís XVI e Maria Antonieta com a Era Narcopopulista de Lula e Dilma, uns e outros levando a economia dos seus países à ruína.

Agora mesmo, enfrentamos uma eleição no cenário caótico do governo Temer, com insatisfação popular e a ânsia de mudança dos patriotas inconformados com o mecanismo da velha política, da familiocracia e dos 300 picaretas do Congresso Nacional.

Tivemos um grande avanço no 1º turno. Fizemos uma revolução milagrosa, dando continuidade às ações da Java Jato, derrubando uma pá de velhos caciques corruptos; e melhor ainda, demos uma surra exemplar no PT e nos pelegos de outras legendas de aluguel que vão, felizmente, deixar o cenário político.

Desmoralizamos as pesquisas de opinião pública vendidas, ganhamos a transparência da sórdida medida do STF em soltar o corrupto Zé Dirceu, e assistimos Lula, o chefe da ORCRIM política, agir como os símiles das facções criminosas, dirigindo ações de dentro da cadeia.

Finalmente afunilamos a disputa pelo poder. Os que estão fartos das fraudes, das mentiras e dos roubos do lulopetismo vão votar em Bolsonaro; os cúmplices da corrupção e fanáticos stalinistas ficarão com o Poste nº 2.

Uma coisa é certa temos um milagre. “Elles” estão derrotados, engavetaram o narcopopulismo, o bolivarianismo e outros ismos tão ruins quanto estes, esconderam a bandeira vermelha, negacearam o programa do partido e estão assistindo missas. Glória a Deuxxxx….

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