Reforma política só em 2010, diz José Sarney

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O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou nesta quinta-feira (17) que a reforma administrativa da Casa foi discutida “exaustivamente” por vários setores, mas deverá ser votada apenas no ano que vem.

“Como temos um dia só, realmente eu não acredito que os líderes aceitem (votar). Mas cumprimos com o nosso dever, terminamos o ano com a reforma pronta do Senado. Os senadores, por duas vezes, tiveram oportunidade de opinar. Na primeira vez por 30 dias, na segunda, por mais 30 dias. Não tem matéria estranha nenhuma que não tenha sido discutida exaustivamente, estudada democraticamente”, avaliou.

Em reunião nesta quinta, a Mesa Diretora deverá transformar a reforma em um texto legal para ser submetido a plenário. A proposta conta com 661 artigos e foi apresentada pelo primeiro secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), em audiência pública realizada nesta quarta. Ele também chegou a defender a votação nesta quinta, mas ponderou que isso dependeria de acordo entre os líderes partidários.

Ano termina “brilhantemente”

Sarney voltou a fazer um balanço positivo do ano 2009, marcado por uma crise institucional com denúncias de nomeações feitas por meio de atos secretos e existência de funcionários fantasmas. A crise também afetou diretamente o presidente da Casa. O peemedebista foi alvo de 11 acusações no Conselho de Ética, todas arquivadas.

“Começamos um ano no Senado muito tumultuado, mas acredito que tivemos até como tirar proveito, porque todo mundo se conscientizou da (necessidade) de termos uma decisão enérgica em matéria de todos os casos aqui existentes”, disse. “Não temos nenhum caso que não tenha sido resolvido daqueles emblemáticos, de maneira que eu acho que nós estamos terminando um ano brilhantemente, e o Senado está em absoluta tranquilidade, votando normalmente, e uma Casa politicamente tranquila”.

Sobre a expectativa para 2010, Sarney lembrou que se trata de um ano de eleições, portanto, atípico. “Eu acho que nesses anos de eleição, quase sempre há uma inversão. Ao invés de assuntos legislativos a serem votados, afloram os assuntos políticos que são mais emocionais, passionais. Mas vamos fazer tudo para que não tenhamos nenhum prejuízo sobre os trabalhos da Casa.”

Fonte: UOL Notícias

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