DO FASCISMO

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MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br)

É fascista o grupo político que adota o slogan “Deus, Pátria, Família” da Ação Integralista Brasileira, partido criado por Plínio Salgado como uma cópia tupiniquim do Partido Nacional Fascista (Partito Nazionale Fascista), de Benito Mussolini. É também verdade que no Brasil as esquerdas lulopetistas se fascistizaram namorando com o totalitarismo.

Pela adoção de camisas pretas o mussolinismo, e depois seus imitadores nazistas ficaram conhecidos como “fascistas negros” e, pela adoção das tradicionais bandeiras vermelhas da esquerda, o lulopetismo pode ser batizado de “fascismo vermelho”.

O que vem a ser “Fascismo”? Pela História, é a representação de uma ditadura totalitária, de grupos políticos, econômicos e financeiros. Nasceu na Itália (1922) e teve a sua maior expressão na Alemanha com o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, NSDAP). Daí teve seguidores em vários países, notadamente na Bulgária, Espanha, Hungria, Polônia, Portugal e Romênia.

Na Itália, atuou como imperialista levado pelo ímpeto personalista de Mussolini, querendo reviver o Império romano; e na Alemanha, pelo racismo e o conceito da “raça superior”, na Bulgária, Espanha e Finlândia com caráter militar; na Hungria e em Portugal, com base na mística do catolicismo ultramontano.

Aonde se estabeleceu no poder, o fascismo usou a máscara de “nacional socialismo” para disputar com a influência comunista, socialista e social-democrata entre os trabalhadores; e estes opositores ideológicos foram presos, torturados e assassinados.

Sob o manto nacional-socialista houve uma disposição comum, nacionalismo extremado, racismo e anticomunismo. Criou-se uma cultura própria que influenciou os círculos científicos, culturais e estudantis.

Seria exaustivo enumerar os malefícios trazidos pelo nazismo, estendendo-se do antissemitismo ao ódio letal aos ciganos, chegando ao horror dos campos de concentração, das câmaras de gás e a escravização de prisioneiros russos e de outros povos eslavos.

Hitler e Mussolini, divinizados e cultuados pelos seus seguidores discursavam para as massas verbalizando um “revolucionarismo verbal”, mas, na verdade, praticavam internamente, a corrupção e uma vida íntima próxima à oligofrenia mantida por drogas.

Encontramos nos discursos dos mandatários fascista e nazista, Mussolini e Hitler, coisas curiosíssimas. Em discurso o Duce vociferou: – “Muitos italianos ainda conservam o pensamento podre de uma Democracia; nego a estes senhores o direito de falar em liberdade”. Quanto ao Führer, temos no seu livro Minha Luta (Mein Kampf) a loucura:

“As causas exclusivas da decadência de antigas civilizações são a mistura de sangue e o rebaixamento do nível da raça” e chega a uma conclusão criminosa por quem tem cabeça de pensar: – “Só depois da escravização de raças inferiores será para eles ter a mesma sorte dos animais domesticados”.

A predisposição autoritária dos líderes do “Fascismo Negro” veio acompanhada de promessas de uma “ruptura radical com o passado”, e copiou a “Ditadura do Proletariado” da URSS stalinista.

Esta legenda de fachada foi, na verdade, uma ditadura unipessoal com juntou, assemelhou e misturou Hitler, Mussolini e Stálin. As atrocidades dos dois primeiros estão descritas acima e, do “Pai dos Povos”, é mostrada no livro “A Revolução Traída”, de Trotsky, publicado m 1937, e posteriormente, em 21 de junho de l955, no “Relatório Kruschev”, a personificação do Fascismo Vermelho…

Há cópias histriônicas e façanhudas dos dois tipos de fascismo pelo mundo afora, sempre danosas pelas práticas de mentiras e ameaças. A experiência histórica registra no Brasil a triste caricatura populista dos dois fascismos polarizando eleitoralmente com Bolsonaro e Lula. Só eleitoral, pois são iguais no avesso das cores….

 

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