A Crise

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O grande problema hoje do mundo é a falta de liderança nos Estados Unidos. As bolsas podem se recuperar, o crédito voltaria a fluir algum dia, mas como interromper o clima de pânico que domina os mercados nas últimas horas se a maior economia mundial está desgovernada? George Bush já não governa nem mesmo o próprio partido. O mundo precisa interromper a escalada de medo.

Depois de um dia trágico em todos os mercados, a economia mundial continua sob o domínio do pânico. Pânico, em economia, é o pior elemento. Ele provoca vendas desordenadas de ativos, reações irracionais. Isso sim é que quebra um sistema bancário, havendo ou não razão para isso. A torcida é para que hoje, feriado judaico nos Estados Unidos e sem votação no Congresso, as autoridades americanas se organizem minimamente.

O economista Ilan Goldfajn acredita que um dos problemas é que a administração Bush e os defensores do projeto não conseguiram convencer, ainda, os integrantes do Congresso de que uma crise no mercado financeiro atinge brutalmente a economia real.

— A bolsa é apenas o mais visível dos sinais da crise; o pior é invisível, mas mais letal: a paralisia no mercado de crédito. Ninguém empresta a ninguém hoje.
Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, acha que o mercado está vivendo um movimento perigoso de desmonte de posições, e que ainda há chance de que se faça alguma coisa pelo Congresso.

— Mas o tempo está ficando cada vez mais curto.

O mercado está apostando que quarta-feira um novo projeto pode ser apresentado ao Congresso, desde que com modificações, mas a Câmara dos Deputados não tem sessão marcada antes de quinta. Os mercados financeiros estão dependurados num trapézio sem rede de segurança.

Leia o comentário de Míriam Leitão na íntegra clicando abaixo.

PAÍS SEM GOVERNO

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