Poesia

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A Verlaine

 

 

Em memória de uma poesia

Cuja iluminação maldita

Lembra a da estrela que medita

Sobre a putrefação do dia:

Verlaine, pobre alma sem rumo

Louco, sórdido, grande irmão

Do sangue do meu coração

Que te despreza e te compreende

Humildemente se desprende

Esta rosa para o teu túmulo.

 

Vinícius de Moraes

O Poeta

O biógrafo de Vinicius, José Castello, autor do excelente livro “Vinicius de Moraes: o Poeta da Paixão – uma biografia” nos diz que o poeta foi um homem que viveu para se ultrapassar e para se desmentir. Para se entregar totalmente e fugir, depois, em definitivo.

Para jogar, enfim, com as ilusões e com a credulidade, por saber que a vida nada mais é que uma forma encarnada de ficção. Foi, antes de tudo, um apaixonado — e a paixão, sabemos desde os gregos, é o terreno do indomável. Daí porque fazer sua biografia era obra ingrata.

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