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DISCURSO DO ÓDIO

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“O ódio é um veneno que bebemos esperando que os outros morram” (Shakespeare)

Na missa-show de aniversário de pessoa já falecida sob as bênçãos de padres narcopopulistas, o corrupto Lula da Silva condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, subiu bêbado a um palanque e fez um discurso de ódio.

Lembrou-me um dos clássicos da MPB, “O Bêbado e o Equilibrista” da dupla João Bosco & Aldir Blanc, que vale uma paródia “… E um bêbado trajando luto provocou risadas como uma tragicomédia de Carlitos”. O cheiro de cachaça transcendeu no narizinho da senadora Gleise.

A arenga típica dos pelegos espertos durou 55 minutos em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista, que fugiu da sua função, transformando-se em partido político e seria fechado se a lei fosse respeitada no Brasil.

Lula falou para a plateia amestrada cujo fanatismo primário é pouco exigente quanto à seriedade da sua fala. Debulhando uma espiga de milho que não medrou, os grãos pecos pipocaram com o ruído da montanha que pariu um rato.

Foi um discurso de ódio: Ameaçou estabelecer a censura da imprensa nos moldes da ditadura venezuelana; ordenou atos terroristas com a queima de pneus para impedir o tráfego nas estradas; mandou os arruaceiros do MST E MTST invadirem propriedades no campo e na cidade, enfim, propôs a subversão da ordem pública.

Diante da leniência governamental sem tomar medidas contra isto, leva-nos historicamente à República de Weimar, na Alemanha pós-guerra com um governo fraco, um parlamento corrupto e juízes que fugiam do anseio popular, seguindo o pensamento hitlerista “A voz do povo nunca foi mais do que a expressão daquilo que do alto se lançou sobre a opinião pública” (Mein Kampf).

Constatamos aqui a caricatura daquela situação, assistindo a ousadia fascista de Lula e da hierarquia do PT instigando grupos arruaceiros, tipo “capacetes de aço” e “camisas pardas” para assustar ministros, militares, parlamentares e religiosos.

As pichações nos tribunais federais e no prédio onde a presidente do STF tem seu apartamento, foram feitas por quem obedece ao discurso do ódio. Como foi a agressão homicida do bandido Maninho do PT na porta do Instituto Lula.

Os estudiosos da História atestam que atravessamos o momento em que o fascismo tupiniquim impõe a sua revolução de fancaria que, se não for reprimida, levará a Nação ao suicídio político como ocorreu na Alemanha no século passado. Até agora, felizmente, a minoria ruidosa só tem eco nos meios políticos e no governo frágil de Temer; não assusta mais as classes médias.

Assim, é afortunado vermos que a classe média já não se identifica com os “revolucionários bolivarianos”. Para eles, restaram os dependentes crônicos de ideologias superadas e das ilusórias políticas sociais de bolsas-esmolas criadas pela demagogia politiqueira.

Neste cenário esfumaçado, os pelegos sindicais – assumindo o protagonismo teatral de “aristocracia operária” – sem o mínimo escrúpulo ético, seguem os corruptos do andar de cima, aproveitando-se dos restos do banquete das propinas que enriquecem os dirigentes partidários.

Então prevalece nesse bando organizado o discurso do ódio, temperado com promessas de tudo para toda gente. E cumprem tarefas para amedrontar os fracos de espírito infligindo a luta de classes e a divisão da sociedade pela raça, religião e opção sexual.

Com a Nação dividida e a formação de ideologias adaptadas aos interesses de grupos fáceis de conduzir, o lulopetismo sonhava em implantar a “ditadura nacional socialista” como a de Maduro, na Venezuela.

Tiveram 14 anos para fazer isto, mas fracassaram; enganaram muitos por algum tempo, mas nem todos por muito tempo; dessa maneira caíram em desgraça e o seu chefe foi desmascarado por conspurcar a presidência usufruindo propinas e foi preso.

Esta prisão de Lula da Silva barrou de vez a ameaça fascista ao nosso futuro. Nossos temores, o nervosismo e a irritabilidade, são transferidos para os cultuadores do corrupto. E só lhes resta o discurso do ódio.

 

 

MECANISMO

MIRANDA SÁ. jornalista

“Quando o único mecanismo que você possui é um martelo, todo problema que surge você trata como um prego” (Mark Twain)

O “Mecanismo” ou “Mecanicismo” é uma teoria científica que explica os fenômenos físicos pelo movimento da combinação de peças que o fazem funcionar. Como verbete dicionarizado, é um substantivo masculino, que significa disposição das partes constitutivas de uma máquina; maquinismo, engrenagem.

Por extensão, trata-se de um conjunto de elementos que concorrem para a atividade de uma estrutura orgânica; mecânica. Também o título de uma série televisiva brasileira inspirada nas investigações da Operação Lava Jato e lançada pela Netflix.

A série obedeceu à direção do cineasta José Padilha, escrita por Elena Soárez e tendo a participação de Felipe Prado e Marcos Prado. Comentando o enredo, Padilha disse que a corrupção é o mecanismo estruturante da política e da administração pública no Brasil, incluindo as cortes judiciais constituídas por indicações.

Assim se expõe uma triste realidade onde “o mecanismo está em tudo. No flanelinha que recicla talão, na carteira falsificada para pagar meia entrada, no suborno ao guarda para aliviar uma multa…”

Na ciência temos vários tipos de mecanismos, inclusive um que encontramos na Psicologia conhecido como “mecanismo de fuga”; o fato de alguém estar em situação de risco eminente ou se sinta psicologicamente ameaçado, aciona os mecanismos mentais de defesa.

Este mecanismo de fuga tem um exemplo atualíssimo: As pessoas bem informadas já notaram que os lulopetistas perderam o interesse pela investigação sobre o atentado ao ônibus da caravana. Uma fuga. A “eles” isto não interessa mais; ganharam o espaço que queriam na mídia, e pronto.

Sobre o atentado “fake” à Caravana de Lula, conta-se uma história que me parece ter se baseado na novelinha de Artur Azevedo “De Cima para Baixo”, em que o nosso escritor retratou a engrenagem da burocracia na administração pública.

É o mecanismo partidário dos socialistas bolivarianos que me pareceu interessante, e fizeram uma ficção que nos leva ao organismo de inteligência do PT, comparável à “troika” que dirigiu o PCUS, partido comunista da união soviética no stalinismo. O nome troika, em russo trojkʌ, se refere a um carro conduzido por três cavalos alinhados, e o partido adotou-o para mostrar o equilíbrio harmônico da sua direção.

No Brasil, a troika do lulopetismo, como os Três Mosqueteiros do romance histórico de Alexandre Dumas, são quatro dirigentes intelectuais. Dumas tem como personagens Aramis, Athos e Porthos, a quem veio se juntar o jovem D´Artagnan; no PT, são dois frades, Beto e Boff, a professora Marilene Chauí e o ideólogo Zé Dirceu.

Pois bem. Eles se reuniram para avaliar o desgaste que Lula, o partido e os puxadinhos veem sofrendo e traçaram a estratégia de fazer uma incursão à região Sul do País, que pela rejeição ao lulopetismo poderia concorrer com uma vítima redentora. E assim foi criada a Caravana de Lula.

Os organizadores da base montaram, como um engenho bem azeitado, todo o planejamento. Um grupo se encarregou da logística do transporte e dos suprimentos; cinco carros, três ônibus, bebidas e bons petiscos para o primeiro coletivo que levava a hierarquia partidária e pão e mortadela para a claque acompanhante no terceiro ônibus.

A excursão foi um fracasso. Vaias, ovadas e xingamentos no Rio Grande e em Santa Catarina, mas decepcionando os vitimologistas, nenhum ferido, exceto o provocador que levou o repressivo ponta pé na bunda de um gaúcho vestido de bombacha.

O desânimo atraiu uma reunião extraordinária que decidiu recorrer a uma velha tática, a farsa de que nos referimos no começo do texto, como exemplo do silêncio que paira sobre o tal atentado que ocorreu sem testemunhas, apesar de quase duzentas pessoas presentes. Seria uma ação cerebral e fisiológica.

Foram designados três voluntários para executar a peça. Um sarará do MST, magrelo e alto, um varapau que aparece sempre na foto das manifestações; um pelego gorducho da CUT, como todos pelegos cevados pelo imposto sindical, e uma magrela da UNE, com aquele biotipo adotado dos pequenos burgueses socialisteiros da Zona Sul do Rio de Janeiro.

Fizeram o que lhes mandaram fazer, e para resumir, o plano foi malogrado pelas complicações do improviso. Os ônibus entraram numa estrada vicinal e os tiros foram dados num ônibus parado conforme deduziu a perícia da polícia técnica; também os miguelitos (aquele objeto de preg

os retorcidos usados para furar pneus) foram fotografados nas mãos dos companheiros para compor o registro da revolução.

Assim, embora o caso atravesse um silêncio quase absoluto por omissão da mídia, o mecanismo partidário interno pegou fogo. Lula, bufando de raiva, mandou chamar Dilma, que foi com tanta pressa que chegou esbaforida à presença do Chefe.

– “Estou indignado” – disse o Pelegão. – “Que planejamento foi aquele, sua guerrilheira de merda? Se as coisas ocorrem assim, jamais voltaremos ao poder…”

– Não sei como me desculpar, companheiro, humilhou-se a Búlgara; – “Mas a culpa não foi minha, afirmou com os olhos esbugalhados e lacrimejantes.

Daí, com a pressa que teve para vir, a Ilibada saiu dali desenfreada e não se conteve, convocou com urgência para um encontro a senadora Gleise, presidente do PT. E diante da Senadora foi arrogante como nunca: – “Como você me fez passar por uma vergonha perante o nosso líder Lula? ” – E continuou com sua vitimologia: – “Ele chegou a me dizer que pensou em mandar o Pimentel não apoiar minha candidatura a deputada em Minas…”

Ouvindo isso, Gleise, tão insolente e violenta nos seus discursos no Senado, murchou com a crítica acerba que recebeu. E voltou triste para Brasília, mas transpirando rancor; de lá convocou o presidente da CUT, e baixou-lhe o sarrafo com ele adentrando: – “Como é que você me manda um incompetente para cumprir uma tarefa do partido? ”. E diante do mi-mi-mi do pelego, cabisbaixo diante da dirigente, incitou-o: – “Expulse aquele cabra-safado da Central, que não merece nossa confiança! ”

O Companheiro da Central saiu do encontro desalentado; porém reagindo mandou chamar Stédile, do exército de camponeses de Lula. O General não pode comparecer e mandou à CUT seu segundo tenente.

Lá chegando, o Sem Terra foi recebido aos berros. – “Aonde anda o Stédile? Abandonou a luta? “ – bradou o Pelego, e atacou: – Vocês estão acomodados, nunca mais invadiram nada, e nós repassando verbas; vamos parar com isto, pois além de estarmos sem o imposto sindical, não podemos desse jeito confiar na sua fidelidade a Lula! ”

O Sem-Terra saiu abatido da reunião e convidou a direção da UNE para ir à sede do Movimento. Foi para lá a gasguita que estava na caravana e, logo ao chegar, enfrentou o esbravejar dele: – “Que revolucionários são os estudantes que ficam fumando maconha e relaxam com as atividades de agitação e propaganda, além de não estudar…”

A Estudante não retrucou. Calada, abandonou o prédio abatida, e foi para a UNE de onde telefonou para a “chefa” da União Bolivariana Comunitária (UNBOC), dona Marialva, uma típica representante das favelas, mulher, negra e pobre, mas não humilde. Ela não aceitou o carão que a garota da UNE ensaiou em dar. Deu uma rabissaca, saiu e foi para casa.

Chegando à habitação, deu um esbregue no marido: – “Eu me esforço, trago a feira para casa e você fica bebendo cachaça nas biroscas. Estou farta disso” – E chamando o filho de 16 anos, que ensaiava ser pelego, organizando a Frente Invasora de Prédios Abandonados”: – “… E o senhor está me saindo uma bisca, me deixa sozinha enfrentando a luta quando devia estar ao meu lado nas horas difíceis! ”

O garoto cheio de tatuagens, metido a homem, intimidou-se diante da mãe e se retirou devagarinho para a sacada do “Minha Casa, Minha Vida”.  Lá chegando, o cachorro da família, Fidel, correu ao seu encontro balançando o rabo; então, o representante da última geração do lulopetismo, sem ter a quem transferir a autoridade política, pegou o pobre animal pelo dorso e com frieza atirou-o do terceiro andar do condomínio lá embaixo…

US$ 5 MILHÕES

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

   
         “Os que tentam descobrir o que há sob a superfície das coisas não sabem o risco que correm” (Oscar Wilde)

Foi como num bom filme policial: Um bando de cinco pessoas armadas de fuzis cortou o gradil do campo de voo do Aeroporto Viracopos e em apenas seis minutos esvaziou a caixa contendo dinheiro em papel moeda e fugiram com cinco milhões de dólares.

Um bom repórter indagaria: – “De quem era o dinheiro? ” – E ficaria sem resposta por que nem a transportadora de valores Brinks, nem a empresa aérea Lufthansa, que levaria a carga para Zurique, na Suíça, nem a Polícia Federal acionada para investigar o fato, informaram.

Segundo o noticiário, restava a Receita Federal para se pronunciar, e de lá a informação de que não é possível dizer quem é o dono da fortuna roubada em virtude da proibição expressa da Lei do Sigilo Fiscal.

Este quadro nos leva a pensar sobre as leis vigentes no Brasil, elaboradas, parece, para proteger malfeitos…  Estamos brigando contra algumas delas, como a tal “presunção de inocência” para um sentenciado duas vezes por crime praticado e o famigerado “foro privilegiado” que protege cidadãos mais iguais do que os outros.

Igualmente os sigilos que se multiplicam na legislação traduzem – pelo menos para mim – suspeita. Suspeita, palavra de origem latina, “suspecta”, é dicionarizada como substantivo feminino, com rica definição, seja desconfiança sobre algo, dúvida, o que não se pode confiar e não ter prova de ser verdadeiro.

O antônimo de suspeita é certeza. No roubo dos US$ 5 milhões, segundo a polícia, só há uma certeza: os criminosos obedeceram a uma estratégia traçada para uma operação rápida e, se possível, sem deixar vítimas.

Do lado da Receita Federal, o delegado Antônio Andrade Leal, que também investiga o caso, diz que não houve irregularidades na remessa de dólares, e se trata de uma operação normal de instituições financeiras e empresas que operam com câmbio.

Mesmo correndo risco, como alerta Wilde, é importante fazermos as pesquisas nos porões da criminalidade…. Não cabe apenas à Polícia Federal e aos promotores públicos a investigação aonde haja suspeita.

Embora as autoridades envolvidas estejam atentas e nos tranquilizando, gostaríamos de saber mais, porque a conjuntura nacional, com tanta gente poderosa envolvida em corrupção, nos interessa desvendar este crime.

As propinas jorrando aos borbotões nos tempos do PT transbordaram e até hoje aparecem nos serviços públicos. E falar de propinas arrecadadas pelo lulopetismo é falar de milhões. É milhão para lá, é milhão para cá.

Com Cabral, sócio de Lula no Rio de Janeiro a soma já está perto do bilhão; e bilhão, se levarmos em conta as suspeitas, o próprio Lula teria no Exterior mais do que isto em paraísos fiscais e nas mãos dos governantes “amigos”, que foram aquinhoados pelo dinheiro do BNDES, deixando um percentualzinho…

A revista Veja, “insentona”, levantou R$ 370 milhões repassados ao ex-Presidente em propinas e financiamento eleitoral; ao filho dele, Fábio Luiz, R$105 milhões via Gamecorp, para o outro filho, Luiz Cláudio, R$ 4,2 milhões e para o dileto sobrinho, Taiguara Rodrigues, R$ 20 milhões. Em respeito aos mortos, deixemos para lá os R$ 11 milhões na conta de dona Marisa, falecida.

O juiz Sérgio Moro, na primeira sentença condenatória de Lula, escreveu: “Não importa o quão alto você esteja, a lei ainda está acima de você”. Eu espero que os ministros do STF tenham esta mesma percepção de Justiça.

 

CONDENADO

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“Denúncias precisam ser apuradas. Denunciados devem ser julgados. Os julgados e condenados devem cumprir a justa pena” (Dom Jaime Spengler)

Passados quase 80 anos, chega-me uma recordação da mais tenra infância: a minha avó, referindo-se a um bodegueiro que fora flagrado e preso por adulterar no peso (bons tempos aqueles!), disse: – “É um condenado! ”.

Perguntei-lhe o que era um “condenado” e ela disse que era por que o ladrão não escaparia do fogo do inferno; estava condenado pela justiça divina… Eu passei a usar a palavra como se fosse um palavrão para xingar os outros…

Nos dias de hoje acho que ninguém mais dá importância à condenação no fogo do inferno. O verbete “condenado” é adjetivo quando se considera arriscado, errado, inadequado e como substantivo, se usa em sentenças judiciais.

Prevalece na linguagem jurídica a “sentença condenatória”, a condenação em dinheiro. Na prática, a execução da decisão de um juiz.

Toda vez que falo em juízes, recordo Oswald de Andrade, notável escritor, ensaísta e dramaturgo brasileiro, que disse: “Proponho engenheiros em lugar de jurisconsultos, perdidos como chineses na genealogia das ideias”.

Realmente, as filigranas excepcionais que sempre aparecem para a alegria dos advogados chegam neste caso com dois tipos de sentença em nosso ordenamento, a sentença mandamental ou executiva e a sentença condenatória, esta última exigindo a intimação pessoal do Réu sob pena de nulidade do processo.

Condenados no nosso País são milhares, talvez milhões, e agora com o emergir da Operação Lava Jato, já atinge os criminosos de colarinho branco, que até então se punham acima da Lei. Passando em revista temos além de ex-senadores, governadores, promotores, tesoureiros de partidos, youtubers e até clubes de futebol, como o Corínthians.

Na lista, muitos poderosos, como José Maria Marín da CBF; Marcelo Miranda, governador de Goiás; Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara Federal; Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro; e, como as investigações queimam como fogo de monturo, teremos em breve casos incendiários de políticos com foro privilegiado…

O mais famoso entre os condenados da Lava Jato é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Lula, o pelegão chefe de uma organização criminosa travestida de partido. Condenado pelo juiz Sérgio Moro, apelou para a 2ª instância, e na 4ª Região do Tribunal Federal teve a sentença mantida por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e ampliada para 12 anos e um mês de reclusão em regime fechado.

Lula enriqueceu graças a propinas das empreiteiras que realizavam obras ou forneciam equipamentos para a Petrobras. Ocultava e dissimulava as vantagens imerecidas por ocupar a presidência da República.

Está tudo provado e corre dentro da legalidade, desde as investigações da Polícia Federal, do levantamento comprobatório do Ministério Público e da sentença na Primeira Instância. Não podemos esquecer que ainda responde a outros processos, envolvendo seus filhos e um sobrinho.

Com Lula preso, assistiremos a derrocada do Partido dos Trabalhadores, que enganou o povo brasileiro apresentando-se como defensor da ética e intolerante com a corrupção; transformando-se depois numa seita de fanáticos que cultuam bandidos como heróis e usurpam até enredos de carnaval.

No Rio, território que foi dominado pelo lulopetista Sérgio Cabral, assistimos a escola de samba Paraiso do Tuiti realçando a figura vampiresca do presidente Temer para esconder a barbárie criada no Rio pelos sócios solidários do PT.

Na Bíblia está escrito:  “Porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado”. Assim, eu não tenho a menor dúvida, os sicários de Lula estão condenados ao fogo do inferno…

 

ÍMPAR

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

                                                      “Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho ímpar”   (Carlos Drummond de Andrade)

“Cada um é um número ímpar”, era um trocadilho que minha mãe – de inteligência inigualável – repetia sempre. Referia-se às pessoas que embora semelhantes à vista são distintas entre si, como a crueza das palavras de madre Teresa de Calcutá e as “cartas de amor de uma religiosa portuguesa”…

A palavra Ímpar, vem do latim, ímpar,àris com o significado de desigual, desproporcional, e é dicionarizado em português como 1) único, singular;  2) que não apresenta simetria; 3) número não divisível por dois, que não pode ter duas metades inteiras; 4) raro, incomum.

A personalidade humana, por exemplo, é indivisível; cada indivíduo na multidão é um número ímpar, não tem igual; a Sociologia vê, entretanto, que a “consciência individual”, se modifica no seio de qualquer grupo social inorgânico, transformando-se no que Durkheim chamou de “consciência coletiva. ”

Dialeticamente, o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, levou ao estudo da psicologia analítica o “inconsciente coletivo”, segundo ele a camada mais profunda da psique, onde aparecem vestígios de heranças ancestrais, comuns a todos os seres humanos.

Entre a Psicologia e a Sociologia vemos claramente como a “consciência individual” é trocada pelo “inconsciente coletivo”, no caso das multidões praticando linchamentos, saques e vandalismo. Embora os indivíduos sejam honestos, não raro a imprensa noticia o tombamento de um caminhão cuja carga é saqueada pela multidão.

É o “efeito manada”, comportamento desusado observado muitas vezes em animais que vivem em grupos. Quando crianças, chamamos a isto “Maria-Vai-Com-As-Outras”, para a participação imitativa de pessoas em determinadas situações.

Temos também o “pensamento de grupo” (groupthink em inglês) inspirado no “duplipensar” do livro 1984 de George Orwell. Aí é o uso político totalitário do “inconsciente coletivo” aproveitado pelo nazismo.

Até hoje se pergunta como os nazistas conseguiram unir e arrastar uma sociedade culta e de certa forma sofisticada como a alemã para aceitar e até aplaudir as barbaridades cometidas pelo regime hitlerista. Que Stálin fizesse isto na Rússia, pela servidão de um povo acostumado com o “knut” dos czares até se entende.

A “comunidade do povo” (Volksgemeinschaft) e a “superioridade biológica da raça ariana” foram impostos por uma maciça propaganda (“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”) e o indesmentível carisma de Hitler.

Isto, a História registra. E se repete como caricatura no Brasil ao assistirmos a paixão política dos lulopetistas, excedendo a capacidade intelectual de artistas e professores no fanatismo inexplicável por Lula da Silva. Sem dúvida astuto e carismático, embora bandido, ele é cultuado por uma fração social, felizmente minoritária.

Lula é um pelego marginal reconhecido pela Justiça. Foi condenado a 12 anos e alguns meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção, e ainda tem quem negue a sua culpa por fanatismo “religioso” ou perfídia oportunista.

Por estes traiçoeiros seguidores do ”socialismo bolivariano” – máscara do narcopopulismo –, vamos recuperar na UTI da linguagem a palavra “farândola”, para utiliza-la no lugar de “efeito manada”: Farândola, em português castiço é o coletivo de ladrões, de desordeiros, de assassinos, de maltrapilhos, de vadios.

VERBAS

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

                     “Não existe democracia onde impera a corrupção, a injustiça, a mentira e a hipocrisia”  (Mauro Roberto)

Os brasileiros somos todos contribuintes. Os impostos que pagamos não correspondem à alta taxa de arrecadação pelo Estado, já que os governos não cumprem seus deveres de atender à população.

Além disso, contribuição, taxas e impostos diversos vão para o ralo, distribuídos à mancheia pelos governantes de dia. Verbas atendem interesses de políticos e de grupos organizados. Bilhões de reais para os pelegos sindicais.

Assim são as verbas parlamentares, fundo partidário, organizações distintas como as “pilantrópicas”, igrejas, sindicatos, autodenominados “movimentos populares” e ONGs fajutas (que se propõem a ser não-governamentais às custas do governo).

Tudo saindo do nosso bolso. As aposentadorias e pensões imorais para ex-governadores e parlamentares são o exemplo mais do que perfeito desta safadeza, e seguindo o mesmo caminho obsceno, militantes, sindicalistas, religiosos e ongueiros flanam às nossas custas.

Agora a mídia “descobriu” que os partidos usam fundo para bancar de bebida a jatinhos com recursos públicos originários do Fundo Partidário, e as suas contas ficam pendentes de julgamento “sine die” no Tribunal Superior Eleitoral.

É revoltante que paguemos para políticos – em sua maioria corruptos –  com os impostos mais caros do mundo que pagamos diariamente, na compra de um chiclete ou de uma caixa de fósforo. Para não falar o Imposto de Renda.

Esse injusto Fundo Partidário foi criado juntamente com a Constituição de 1988, com o objetivo de fortalecer os partidos políticos na redemocratização, mas se tornou um carnaval de blocos quadrilheiros dirigidos por executores ou cúmplices da corrupção.

Recentemente o relatório final do Orçamento de 2017 destinou R$ 819,1 milhões ao fundo partidário, uma das principais fontes de receitas dos partidos políticos além das propinas criminosas já comprovadas. Os partidos queriam cínica e criminosamente mais de R$ 1 bilhão, mas o relator manteve a verba original que foi inchada pelo Congresso no ano passado.

A destinação inconsequente e antipovo para o Fundo Partidário aumentou em R$ 509,9 milhões, indo para R$ 819 milhões. Alguém disse (perdoe-me o autor pelo esquecimento) que “os partidos brasileiros são, realmente, um saco sem fundo”.

Para quem tem sentimento, a indignação não para por aí. O deputado Vicente Cândido, do DF, propõe a criação de um novo fundo, desvinculado dos recursos do fundo partidário para financiar pelo menos 60% do custo das campanhas eleitorais.

Este parlamentar só poderia ser do PT, já que seu partido se encontra em estado pré-falimentar por causa da suspensão das milionárias propinas de Caixas 1 e 2 dadas pelas empreiteiras e ladrões dos fundos de pensão.

Conforme noticiou a Folha de São Paulo, este projeto que estupra a consciência da cidadania, propõe que para cada R$ 1 doado por pessoas físicas, o Tesouro Nacional (ou seja, nós contribuintes) aportaria mais R$ 1 para o festival irresponsável das siglas partidárias.

Engrossa nas redes sociais a convocação para uma megamanifestação popular no dia 16 de março.  Entre as consignas que exigem o fim da impunidade e do foro privilegiado, que se acrescente a extinção das verbas para entidades de direito privado, igrejas, partidos, sindicatos e ONGs.

CINZAS

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“Tanto ele investiu/ Na brincadeira/ Prá tudo, tudo/ Se acabar na terça-feira…”
(Erasmo Carlos – “Cachaça Mecânica”)

Só o samba do crioulo doido poderia cantar que o carnaval nasceu no Brasil, apesar da História registrar que o Carnaval chegou à terra brasilis trazido pelas caravelas dos colonizadores europeus; e mais, trata-se de uma festa antiquíssima.

No Egito, na Grécia e em Roma, já havia festividades mascaradas e orgíacas. No antigo Egito, celebrava-se a colheita do plantio após as cheias do Rio Nilo, e os gregos e romanos reverenciavam os deuses Saturno e Dionísio (Baco) com a alegria e as extravagâncias das saturnais e bacanais.

Hoje, estas festividades ocorrem em todo mundo, sendo notórios o Carnaval de Veneza, na Itália, o de Cartagena, na Colômbia e o de Nova Orleans, nos Estados Unidos. Claro que o nosso é o mais notável, atraindo turistas para Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo.

Um registro, porém, é necessário: tal como ocorre no Ocidente, o Carnaval tem uma origem que remete à igreja católica, que liberava os crentes para “festas pagãs” que   duravam três dias, domingo, segunda e terça-feira, se encerrando na quarta-feira. Esta agenda foi disciplinada pelo papa Gregório I com a criação da Quaresma, período de jejum e penitência.

A quarta-feira, Dia das Cinzas, já era tradição no Oriente Médio, com cinzas jogadas nas cabeças das pessoas pelos patriarcas simbolizando o arrependimento dos pecados perante Deus. No calendário gregoriano a data antecede 40 dias da Páscoa, início da Quaresma.

Encerrando-se o tríduo momesco, é celebrada a missa das cinzas, ato litúrgico que tem origem no Antigo Testamento. O catolicismo, depois de tomar o poder em Roma, apropriou-se de um ditado latino, usando-o no encerramento da Missa das Cinzas: “Quia pulvis es et in pulverem reverteris” – Tu és pó, e ao pó voltarás.

Religiosamente, o pó bíblico é cinza, simbolizando o luto, a mortalidade e arrependimento. É para onde voltarão os corruptos que assaltaram o Brasil, roubando descaradamente o dinheiro público.

Nunca é demais repetir que a quadrilha chefiada por Lula da Silva, desgraçou o País como poetou Affonso Romano de Sant’Anna “Este é o Brasil/ Pungente e triste/ Chove desesperança/ nesse avesso carnaval”.

E, implacavelmente, dá vontade de relembrar a bela melodia e letra compostos por Noite Ilustrada gravados pelo autor e pelos formidáveis Mário Reis, Maísa e Mestre Marçal cantando para os cúmplices da roubalheira lulopetista: “Agora é cinza/ Tudo acabado e nada mais…”

E-MAILS

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“Você abusou, tirou partido de mim, abusou / Tirou, tirou partido de mim, abusou / Tirou partido de mim, abusou” (Antonio Carlos & Jocafi)

Construindo um cenário de ficção, imagino que passou despercebida no Brasil a divulgação pelo Wikileaks de uns e-mails trocados entre um simples militante do PT, antigo ativista, mas praticamente anônimo entre milhares de brasileiros e brasileiras que foram iludidos por Lula da Silva e sua “gerentona” Dilma Rousseff. Dos vazamentos, transcrevo algumas das mensagens:

De: Militante_____________________________________________________

Para: Lula_______________________________________________________

Assunto: Reconstrução______________________________________________

Companheiro Lula: Falam da reconstrução do nosso glorioso PT e peço orientação de como agir. O partido antigo se acabou por causa da delação sobre propinas para nossos dirigentes? E falam de você como um dos ex-presidentes mais ricos do mundo, é verdade?

De: Lula_______________________________________________________

Para: Militante___________________________________________________

Assunto: Derrotismo_______________________________________________

Companheiro: Vc está sendo derrotista por que a “reconstrução” é uma estratégia de marketing para as eleições, onde o partido vai enfrentar dureza com o impeachment da companheira Dilma. Um militante não deve acreditar nem sequer sonhar sobre propinas, mas como expropriação do Estado que contribuiu para implantar o socialismo bolivariano. Quanto a mim, vc acha que eu não mereço um sítio e um tríplex? E o dinheiro que tenho lá fora não é meu, é nosso.

De: Militante __ _________________________________________________

Para: Lula______________________________________________________

Assunto: Contribuição______________________________________________

Ah, está bem. Se o dinheiro depositado no Exterior é nosso, vou deixar de pagar o dízimo do partido. Mas não sei o que dizer aos colegas de trabalho que o golpe venceu, e Dilma não convocará novas eleições. Como justificar que o PT votou num golpista como Rodrigo Maia para presidir a Câmara?

De: Lula _______________________________________________________

Para: Militante ___________________________________________________

Assunto: Contribuição ______________________________________________

Que é isso, companheiro: Parar de pagar a mensalidade é uma traição! Não confia mais nos seus líderes? O Partido está acima de tudo, da família, da religião e dos sonhos. Nos aliamos com quem nos ajuda, Maluf, Collor, Renan, Sarney, Lobão não ficaram com nosso governo? Até o Cunha durante um certo período, não deu apoio a Dilma? O que interessa é defender o Maduro, as Farc e os ditadores socialistas da África.

De: Militante_____________________________________________________

Para: Lula_______________________________________________________

Assunto: Fim_____________________________________________________

Se é assim, vou deixar de pagar e rasgar a carteirinha, Lula. Continuo pensando no que queríamos quando fundamos o PT …  Amo minha família, tenho minha religião e ainda sonho com um Brasil melhor, por que os traidores são vocês, os pelegos que roubaram o Brasil e o meu ideal. Vc abusou, tirou o partido de mim…

 

 

CULTURA

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br

“Algo anda mal na cultura de um país se os seus artistas, em lugar de se proporem mudar o mundo e revolucionar a vida, se empenham em alcançar proteção e subsídios do governo” (Vargas Llosa)

O conceito de cultura é tão abrangente que traz no seu bojo – entre centenas de produções sociais – cantores, compositores e artistas globais… Seria enfadonho listar o grande número de atividades culturais desde o folclore até o acadêmico, passando por artesãos, arquitetos, editores, escritores, escultores, desenhistas, fotógrafos e cinegrafistas, cineastas, lapidadores, matemáticos, músicos, pintores…

A discussão que se faz no Brasil é sobre privilégios. O dito Ministério “da Cultura” não alcança as massas; e a Lei Rounet, que priva o Estado da arrecadação de tributos, principalmente das grandes empresas, inclusive multinacionais, privilegia pessoas que faturam duplamente; embolsam a verba e cobram ingressos para espetáculos.

Que faz o Ministério da Cultura, se estão sucateados ou terceirizados bibliotecas, centros de pesquisa, museus, salas-de-cinema até jardins zoológicos – que oferecem conhecimentos na prática e coletivamente? Os “artistas Rouanet” não leem: A Biblioteca Nacional está em obras há cinco anos, e nunca protestaram.

Gostaria de mostrar cultura aqui neste pobre Brasil no século 16, implantada pelos jesuítas nas Missões do Rio Grande do Sul; infelizmente não completei ainda a pesquisa sobre elas; então, peço licença a H. G. Wells.

Este grande romancista e divulgador da chamada ficção científica – com livros que se popularizaram, como “A Máquina do Tempo”, “O Homem Invisível”, “A Guerra dos Mundos” e “A Ilha do Dr. Moreau”, escreveu uma notável História Universal –  The outline of History: Being a Plain History of Life and Mankind.

Nela, Wells nos dá um exemplo de arrepiar; o legado de Alexandre – O Grande. O guerreiro macedônio, que reinou 13 anos, tem realizações espantosas. Após a invasão do Egito fundou Alexandria, e lá deixou o general Ptolomeu que com ele foi discípulo de Aristóteles. Ptolomeu assumiu a direção do Egito como o faraó Ptolomeu I.

Para não estendermos muito, aprendemos com Wells que em Alexandria, no século IV AC, foi fundada a primeira universidade do mundo; um colégio que reuniu sábios de vários países, e um Museu ainda invejável. No conjunto arquitetônico nasceu também a célebre Biblioteca que mantinha uma livraria.

Imaginem: Sem papel nem gráficas, os escritos eram copiados à mão em pergaminho, às centenas; adotaram o grego desprezando os hieróglifos. Através dos judeus da diáspora que a transmitiam oralmente, a Bíblia foi escrita e divulgada na Europa.

Acorriam centenas de jovens para aquele centro cultural em busca de conhecimentos, encontrando um lugar, inexistente na época, onde além da ciência e da cultura, encontravam um sistema universitário sem discriminações de qualquer espécie. Ali se misturavam nacionalidades e raças, com liberdade de religião e culto.

Daria para acrescentar outros magníficos exemplos de cultura, mas, mesmo parando por aqui, vemos que em 13 anos Alexandre deixou uma herança cultural respeitável e invejável, o que não se viu nos 14 anos do PT-governo. Os pelegos fascistóides discriminaram e beneficiaram somente uma minoria de apaniguados.

Usufrutuária de verbas públicas, a pelegagem defende ruidosamente os benefícios como grandes agitadores, e, em vez de revolucionar a cultura levando-a as massas, se empenham somente em conquistar subsídios do Estado

Infelizmente influenciaram o novo governo para revogar o fim de um ministério dito “da Cultura” que não existe em nenhum dos países avançados do mundo.

 

CAMELÔ

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“Quem quer dinheiro?” (Silvio Santos)

Se existe o impossível para o homem, encontrei um tema que chega bem perto, por que em minha opinião é impossível falar-se de “camelô” sem homenagear, ou pelo menos falar, ou até criticar um dos mais notáveis comunicadores do Brasil, Sílvio Santos.

O que é o camelô? Os estudiosos da origem, mutação e evolução das palavras discutem como esta expressão chegou ao Brasil; uns dizem que veio do árabe, ‘khamlat’, nome de tecidos artezanais vendidos nos bazares, e outros de que tem procedência francesa, ‘camelot’, vendedor de quinquilharias…

Antes do termo ser usado aqui, chegados já no período colonial, o interior do Brasil conheceu os mascates, comerciantes ambulantes que vendiam artigos de armarinho, bijuterias, perfumes e toda espécie de bugigangas. Mais tarde negociaram com jóias e emprestaram dinheiro.

Nos centros urbanos surgiram os ambulantes que armavam picadeiros nas praças vendendo ilusões, com truques e arte circense, ao lado dos artigos oferecidos. São conhecidas até hoje as performances do periquitinho verde, que sorteava previsões do futuro e do “Homem da Cobra”, que punha banca com uma cobra no pescoço para chamar atenção.

Este último se popularizou tanto que até hoje persiste o ditado “Fala Mais que o Homem da Cobra”…  Assim o nosso epigrafado, Silvio Santos, matraqueando desde os 14 anos, já era um camelô; vendendo canetas e capas de plástico. Pela esplêndida voz e dedicação ao trabalho tornou-se apresentador de televisão e dono de um dos maiores conglomerados de mídia do País.

O programa semanal de Silvio Santos é diversão obrigatória de milhões de famílias brasileiras. Sua alegria é contagiante e por dizer o que pensa, com ironia e deboche, continua a ser um camelô do lazer dominical.

Nem todos os camelôs são como Sílvio. Há camelô do bem e camelô do mal. Encontramos no nosso dia-a-dia exemplo de trabalhadores cameloteando para o sustento de suas famílias; outros, do mal, se juntam a contrabandistas, vendem produtos falsificados ou pirateados e até produtos roubados.

O exemplo mais que perfeito do camelô do mal é o pelego Lula da Silva, que se elegeu presidente graças a dois artifícios, uma organização criminosa registrada como partido político (PT) e um estelionato eleitoral.

Como camelô político, Lula contrabandeia ideologia, pirateia medidas provisórias, falsifica acordos políticos, engana os desinformados e negocia promessas. Vendeu à prestação a idéia de uma “gerentona” que ia consolidar o “modo petista de governar”, o que é na realidade um governo alegórico, incompetente e corrupto.

Na sua camelotagem recente, falando mais do que o “homem da cobra”, o Pelegão tenta burlar os brasileiros com as mentiras que se tornaram uma marca registrada do lulo-petismo.

Fazendo-se de vítima, achou uma violência o mandado de condução coercitiva que foi necessário, pois bradou aos quatro ventos que não iria depor de jeito algum. E não parou aí, enrouqueceu sem explicar nem justificar as denúncias que lhes são feitas.

Foi hilário falar da inveja “das elites” que não perdoam um ‘operário’ possuir um sítio nem um triplex, o que na verdade o que não se perdoa é que esses bens sejam frutos de propinas; e com grosseira ironia referiu-se aos pedalinhos dos seus netos no sítio que não é seu, denunciados embora de ínfimos preços: omitiu malandramente que foram comprados com cartão corporativo da presidência da República…

Diante dos banqueiros, empreiteiras, doleiros e lobistas Lula, camelô do mal, ouve deles o bordão de Sílvio Santos, camelô do bem: “Quem quer dinheiro?”. Aceitando imediatamente a proposta…