Aos 81 anos e no centro dos debates internacionais, Samuel Huntington enfatizava dicotomia entre Ocidente e islã

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Polêmicas como a defesa de uma abertura democrática “lenta” nos anos 70 marcam a trajetória intelectual do veterano de Harvard

 

 

Samuel Phillips Huntington, autor do célebre artigo “O Choque de Civilizações?” e um dos mais proeminentes teóricos políticos dos últimos 50 anos, morreu na quarta-feira, véspera do Natal, aos 81 anos, anunciou ontem a Universidade Harvard. Nascido em Nova York, Huntington formou-se na Universidade Yale e aos 23 já lecionava em Harvard.

 

Professor por 58 anos e mentor de gerações de intelectuais, Huntington foi um dos fundadores da revista “Foreign Affairs” e aposentou-se de Harvard no ano passado. Suas opiniões polêmicas em temas como a imigração hispânica nos EUA, que via com pessimismo, e a influência de sua tese sobre os conflitos internacionais contemporâneos o mantinham no centro dos debates.

 

“Ele foi certamente um dos mais influentes cientistas políticos dos últimos 50 anos”, disse o economista Henry Rosovsky, colega e amigo de Huntington por seis décadas.

Huntington morreu em casa, na ilha de Martha’s Vineyard, Massachusetts. Deixa mulher, dois filhos, quatro netos e inúmeros discípulos acadêmicos.

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