HERANÇA
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
“Ninguém tachou de má a caixa de Pandora por lhe ter ficado a esperança no fundo. Em algum lugar há de ela ficar” (Machado de Assis)
Desde que instalei o meu Blog libertei-me do jornalismo informativo e investigativo a que me consagrei de corpo e alma profissionalmente, e nessa atividade obtive o generoso reconhecimento dos colegas das redações em que trabalhei e prêmios que me orgulharam.
A nova atividade veio de duas experiências anteriores: o colunismo diário e um programa de debates na televisão. Com eles, adquiri a prática da síntese e o raciocínio instantâneo que contribui para os artigos políticos que escrevo e caíram no gosto da rede social.
Esta introdução explica o meu uso de certos chavões. Um deles foi o batismo de “herança maldita” para referir-me aos males deixados no Brasil pela corrupção e a incompetência dos governos lulopetistas.
O Partido dos Trabalhadores nunca me enganou. Conheci muitos dos seus fundadores e logo soube que entre eles havia a busca utópica, idealista, mas também lhes sobrava a avidez pelo poder, uma visível corrida pela fortuna. Pior, um total despreparo para a condução da coisa pública.
A “militância” buscava a justiça social não encontrada na realidade brasileira, mas seus “dirigentes” iam ao encalço do poder pelo poder; e, como sua maioria era de pelegos sindicais, preocupavam-se somente em armar trampolins para a carreira política ou o enriquecimento fácil.
Sempre comparei a hierarquia lulopetista com a figura mitológica de Pandora – a primeira mulher – que, enviada por Zeus transportando uma caixa para a humanidade, esta garantiria a paz e o amor entre os homens, contanto se conservasse fechada. Embora orientada pelo Criador para que não abrisse o presente, a curiosidade não conteve a mensageira que, abrindo-a, libertou todos os males do mundo, em vez da felicidade prometida.
Assim, Pandora deixou imperar o ódio e a violência. Igual ao PT, que em vez do futuro auguroso prometido, deixou-nos como herança a cultura da fraude, da corrupção, do ódio racial e de gênero, da desunião, e, pela incompetência, a consequente crise econômica.
É esta a “herança maldita”. Como se sabe, a herança é a parcela de bens, direitos e obrigações transferidos por um morto a seus sucessores. Em termos jurídicos é a disciplina dessa transmissão. Trocando em miúdos, a herança – é o patrimônio que se transmite.
Uma ideia comum leva-nos a pensar que se trata da transferência de um patrimônio de uma pessoa para outra pessoa ou um conjunto de pessoas. Mas há um tipo de herança cultural civilizatória que é passada social, política, e economicamente de geração em geração.
Podemos elencar esta herança cultural nas sete maravilhas do mundo antigo, na literatura religiosa, com o Livro dos Mortos, o Kama Sutra e a Bíblia; no Direito, o
Código de Hamurabi, o Direito Romano e o Código Napoleônico. Na ciência, a Astronomia e a Matemática dos egípcios e astecas e a tecnologia dos chineses.
Uma das heranças socioculturais, restauradas e guardadas nos conventos da Idade Média, foi a filosofia helênica, com o neoplatonismo adaptado pelos doutores da Igreja ao pensamento cristão.
O inverso desses patrimônios dos povos legados pelos antecessores, é a herança carregada de obrigações, com a imposição do “politicamente correto” totalitário, a negativa do mérito em favor de carreiristas e a política de sujeição coletiva a uma ideologia malograda.
Quando batizei os males trazidos pelo lulopetismo de “herança maldita” cumpri uma tarefa histórica, que deve ser completada: Soltos os males do lulopetismo, resta no fundo, como na caixa de Pandora e nos nossos corações, a Esperança.
Abriram a caixinha, meu caro mestre. Phodel…
A única forma de recompor um saco de gatos aberto é usando um saco maior. E isso vem se verificando desde o governo de Ribamar….
Parece-nos interessante que a herança maldita veio desde o descobrimento do Brasil, por meio dos portugueses, aqui lançados, para exploração da terra, que em se plantando tudo dá.
Acredito muito que depois da desagradável experiência que o povo brasileiro viveu nestes 13 anos de um governo de absurdas corrupções, a conscientização deve está envolvendo o coração Civil de todo brasileiro, penso que esta experiência vacinou o povo contra futuros golpes movidos por atitudes de desvirtuaçao. Com isso creio que ninguém herdará está nociva ideologia que destruiu a economia brasileira. Condordi sim, que há ESPERANÇA PARA UM FUTURO DE JUSTIÇA SOCIAL NO BRASIL.
Rogério Marcelino – Twitter ➡ @Rogermar32
A herança maldita, a meu ver, pode até ter vindo com os portugueses, mas o PT, se encubiu de abrir uma segunda caixa de pandora, trazendo todos o tipos de males para o Brasil. Se a situação já não era boa, tornou-se critíca.
MARAVILHOSO!!!
Frases e pensamentos facilmente guardados no coração tem como característica mais marcante o fato de condensarem verdades fora do alcance das inteligência mais comuns;….. Por aversão ao que eu entendo como “blá;….. Blá.. Blá.
Sou tão admirador do poder de síntese do meu amigo Miranda Sá, que até hoje nenhum Cicatricur conseguiu eliminar o fato dele ainda não ter concluído em ÚLTIMA ANÁLISE que qualquer comentário, feito pela Globo ou qual impressa poderosa, peca contra a verdade, quando suas críticas e comentários sobre o fato do STE votou contra o “blá;….. Blá.. Blá e com o que existe de mais implícito em cada instrumento legal: “Se o hermeneuta não direcionar a sua interpretação para a reconquista da paz e da concórdia da sociedade ele é um mensageiro de Satanás
“A nova atividade veio de duas experiências anteriores: o colunismo diário e um programa de debates na televisão. Com eles, adquiri a prática da síntese e o raciocínio instantâneo que contribui para os artigos políticos que escrevo e caíram no gosto da rede social”. Miranda Sá