Auta de Souza

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O BEIJA-FLOR 

Acostumei-me a vê-lo todo o dia 
De manhãzinha, alegre e prazenteiro, 
Beijando as brancas flores de um canteiro 
No meu jardim – a pátria da ambrosia. 

Pequeno e lindo, só me parecia 
Que era da noite o sonho derradeiro… 
Vinha trazer às rosas o primeiro 
Beijo do Sol, n’essa manhã tão fria! 

Um dia, foi-se e não voltou… Mas, quando 
A suspirar, me ponho contemplando, 
Sombria e triste, o meu jardim risonho… 

Digo, a pensar no tempo já passado; 
Talvez, ó coração amargurado, 
Aquele beija-flor fosse o teu sonho! 

 

Biografia de Auta de Souza aqui

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