“Preferia morrer a ficar na prisão”, diz ministro da Justiça

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José Eduardo Cardozo afirma em SP que o sistema carcerário é ‘medieval’ e não ‘ressocializa ninguém’

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, classificou o sistema prisional como “medieval” num evento em São Paulo e disse que “preferia morrer” a cumprir muitos anos em uma prisão.

A declaração foi dada um dia após José Dirceu, seu colega de PT, ser condenado a quase 11 anos de prisão, mas não teve relação com o julgamento do mensalão.

Ao responder uma pergunta sobre pena de morte, Cardozo disse que o sistema penitenciário não consegue ressocializar os detentos. “Quem entra no presídio como um pequeno delinquente muitas vezes sai como membro de uma organização criminosa.” Dados do ministério mostram que, em 2011, havia 471 mil presos no Brasil para 295 mil vagas.

Para especialistas, uma das razões da superlotação nas prisões e da violação aos direitos humanos, criticada pelo ministro, é o elevado número de presos provisórios —encarcerados, mas ainda não julgados.

Ontem, 45 dos 46 adolescentes infratores internados na Fundação Casa do Itaim Paulista (zona leste de São Paulo) fugiram. (Folha de SP)

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