O tiro pode sair pela culatra

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Mais outro adiamento da votação no Conselho de Ética do Senado que decidirá a sorte do Presidente do Senado é o sintoma de que as coisas não estão de acordo com o programado pelos sócios de Renan. As oitivas de ontem, conforme informamos trouxeram novas apreensões em virtude do comportamento do advogado de Mônica Veloso, Pedro Calmon Filho. Assim, o tiro pode sair pela culatra.

No afã de salvar Renan, o senador Almeida Lima (PMDB) mandou para as cucúias a postura de seriedade que exibe nas intervenções de plenário; agiu facciosamente usando documentos fraudados para desqualificar Calmon Filho; este não se deixou abater e encostou na parede Sibá Machado (PT), Walter Pereira (PMDB) e Almeida Lima (PMDB), além de apontar o dedo para Eduardo Ferrão, advogado do Senador alagoano, acusando-o de falsário.

Também a estreiteza do senador Gilvan Borges, querendo fazer Renan de vítima, levou-o a defender a tese de que as mulheres são sedutoras, desviando à maneira da ministra Marta Suplicy o problema político para casos sexuais. Assim, a ampla hegemonia pró arquivamento se esvai pela eqüidistância dos senadores Eduardo Suplicy (PT) e Renato Casagrande (PSB) que desejosos de justiça no julgamento de Renan juntam suas vozes ao senador Demóstenes Torres (DEM), intransigente defensor da lisura processual.

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