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Por que há tanto interesse político nos fundos de pensão?

Por que os partidos políticos tem tanto interesse em controlar os fundos de pensão? Por que o PMDB quer indicar pessoas para a Fundação Real Grandeza, que controla os R$ 6,3 bilhões do fundo de pensão dos funcionário de Furnas?

Hoje o ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, está dizendo que há uma “bandidagem” na diretoria da Fundação Real Grandeza (leiam aqui no site do Globo). Mas então Lobão precisa fazer uma acusação objetiva.

A diretoria que assumiu o fundo de pensão de Furnas pegou uma administração com déficit e entregou dando lucro. Então ela tem a confiança dos funcionários.

Mas por que o PMDB quer ter tanto o controle sobre o fundo?

Essas indicações políticas são um convite a confusão, tanto nas estatais quanto nos fundos de pensão. Num governo de coalizão, os partidos podem querer os ministérios para influenciar as políticas públicas, de educação, saúde, infra-estrutura. Assim eles poderão mostrar o que são capazes de fazer ao governarem. Tudo bem quanto a isso.

O que não dá para entender é por que razão se dá aos partidos políticos o poder de indicar diretores e presidentes de empresas estatais e também de fundos de pensão. Por quantos escândalos o Brasil precisará passar para que se mude o processo de ocupação dessas empresas?

Isso não significa que os funcionários é que devem tomar conta porque é preciso também que alguém proteja o dinheiro do contribuinte. A Previ e a Petros, por exemplo, os fundos de pensão do Banco do Brasil e da Petrobras, receberam muito dinheiro do contribuinte, então não dá para entregar tudo isso nas mãos dos funcionários.

Mas o fato é que esse assunto é sério demais para ficar na barganha política, à mercê de interesses sobre os quais há enormes suspeitas.

Ouçam aqui o comentário completo na CBN.

 

Fonte:: Míriam Leitão

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