História – há 19 anos…

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O que foi o Plano Collor

Em 15/03/90, Fernando Collor de Melo assume a Presidência da República e no dia seguinte, por meio da Medida provisória 168/90 (depois convertida na Lei 8.024/90), institui o Plano Brasil Novo, ou Plano Collor I, como ficou conhecido.

 

 

 

O pacote econômico bloqueou todos os ativos financeiros que ultrapassassem a quantia de NCZ$ 50 mil (cruzados novos) os transferiu ao Banco Central na data do aniversário seguinte. Conforme as contas foram “aniversariando”, foi sendo aplicada a correção monetária pelo IPC, e sendo colocados à disposição do BC os valores superiores a NCZ$ 50 mil.

 

Mesmo com essa “transferência” dos recursos para o BC, as instituições financeiras informavam aos poupadores sobre os rendimentos dos valores bloqueados. A forma como a informação era prestada pelos bancos variava de instituição para instituição: algumas emitiam extrato próprio, outras misturavam tudo (as informações do valor remanescente com as do valor excedente).

 

O plano trouxe efeitos terríveis para os poupadores, já que milhares de pessoas foram levadas à ruína. Mas os maiores prejudicados foram aqueles que possuíam contas com aniversário na segunda quinzena: suas economias também ficaram bloqueadas, mas deixaram de receber a correção monetária de março com base no IPC (84,32%).

 

Assista a Zélia Cardoso anunciando o confisco da poupança. Ouça aqui

 

 

 

A razão seria porque, em abril, quando deveria ser paga a correção de março (IPC + remuneração contratual da poupança), esses valores já estariam à disposição do Banco do Central. Portanto, estariam sujeitos a outro tipo de correção: o BTNF (41,73%). Mais uma surpresa para os poupadores.

 

Fonte: IDEC/JB

 

 

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