Guilherme Fiúza comenta

Comentários desativados em Guilherme Fiúza comenta
Compartilhar

Tola inquisição

 

Fica combinado assim: os políticos não prestam. Assim a opinião pública e seus críticos implacáveis se sentem limpinhos – assim como os americanos adúlteros gritavam aliviados contra Clinton e suas escapadas.

 

O estereótipo fedorento dos políticos serve para isso. Para o cidadão comum se sentir cheiroso. Mesmo que de vez em quando pague umas consultas sem recibo.

 

Fora do estereótipo, a coisa é mais complicada. O político pode ser mau e ter atitudes certas, e pode ser bom e ter atitudes erradas. No mensalão, o Brasil ficou morrendo de vergonha de parar para ouvir Roberto Jefferson, político fisiológico e conservador.

 

Mas Jefferson escreveu um capítulo da moralidade brasileira. E o Brasil pudico finge que não viu.

 

No caso das passagens aéreas, como o uso foi generalizado, a opinião pública já saca da manga sua solução terminal, do tipo “é tudo pilantra”. É a situação mais confortável para os verdadeiros pilantras. Ficam a salvo, bem protegidos pela generalização burra.

 

Por isso os escândalos se sucedem e somem após meia-dúzia de gritinhos de basta.

 

E é por isso que três anos depois de autoridades do governo sangrarem o Banco do Brasil em favor do PT, por meio do valerioduto, a cúpula do Banco do Brasil (seis vice-presidências) é entregue ao PT. Sem valerioduto.

 

Esculachem os deputados à vontade. Detonem Fernando Gabeira. Amanhã os vampiros do Congresso estarão morrendo de rir de vocês.

 

Guilherme Fiúza é jornalista

Os comentários estão fechados.