Crise financeira

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“MAROLINHAS”

 

Crise chega ao país

A crise chegou à economia real do Brasil, especialmente às empresas exportadoras. Resultado: com a cotação da moeda americana em disparada (fechou em R$ 2,20), a Bovespa chegou a cair 15% e parou duas vezes, até encerrar o pregão em queda de 5,43%. O ministro Guido Mantega e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, anunciaram o uso de reservas para emprestar dólares aos bancos e garantir crédito aos exportadores.

 

Medo de recessão se espalha, e bolsas caem

De Nova York a Paris, Londres e Frankfurt, o pessimismo dominou os operadores de mercado, e as bolsas de valores tiveram mais um dia de perdas. As ações européias caíram, em média, 7,8%. Em Wall Street, 3,58%. O temor generalizado é que o pacote americano anticrise seja insuficiente para evitar que a turbulência financeira afete a economia real. Analistas prevêem recessão global.

 

Na União Européia, falta estratégia comum

Sem uma estratégia comum, a União Européia vive uma proliferação de medidas unilaterais para salvar bancos e depósitos, relata o correspondente em Genebra, Jamil Chade. O máximo que a UE emitiu foi um comunicado em que os países prometem “trabalhar em coordenação”.

Freio nas commodities

Com a possibilidade cada vez mais concreta de uma desaceleração significativa na economia mundial, analistas acreditam que já não é mais tão improvável cogitar o retorno das cotações das principais commodities agrícolas às médias históricas anteriores a 2006.

 

Câmbio afeta turismo externo

A valorização do dólar, que já chega a 15,4% apenas neste mês, começa a afetar os negócios das agências de viagens. A procura por pacotes internacionais caiu e os prazos de financiamento também foram reduzidos.

 

Contaminação mexicana

A economia do México, bastante dependente dos EUA – 80% das exportações vão para o mercado americano -, deverá ser a maior vítima da crise na América Latina. As quedas do petróleo e das remessas dos imigrantes agravam a situação.

 

Empresas cancelam negócios

Em meio à crise mundial, grandes empresas mudaram suas rotas. A Sadia, que teve prejuízo de R$ 760 milhões com câmbio, chamou o ex-ministro Luiz Furlan de volta. A Votorantim (VCP) suspendeu a compra de R$ 2,71 bilhões em ações da concorrente Aracruz. No ramo da construção, a Cyrela desistiu da Agra.

 

“Podemos ter uma bolha agrícola”

Para o Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, a fuga dos investidores derrubará preços das commodities agrícolas, tornando as dívidas contraídas no campo um problema para o Brasil.

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