Blossom Dearie canta ‘I’m Hip’

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Blossom não chegava a recusar o rótulo de “cantora de jazz”, mas preferia ser vista como saloon singer, sua voz pequena, infantil, meio no estilo de Rose Murphy, esta negra, soando perfeita em boates e clubes noturnos.

Blossom Dearie

Embora compusesse boas canções, Blossom foi, acima de tudo, uma apaixonada pelo grande songbook americano, ajudando a perpetuar canções dos Gershwins, de Cole Porter, de Johnny Mercer, de Frank Loesser.  

 Blossom Dearie jamais figuraria em alguma enquete musical entre as dez mais importantes cantoras de jazz de todos os tempos. Nem poderia. Piadista e descompromissada, Dearie, também pianista, nunca se preocupou em transmitir o perfil dramático geralmente aliado a cantoras mais reverenciadas, como Billie Holiday ou Sarah Vaughan. Não pegou pesado no álcool ou nas drogas como Anita O’Day ou foi politicamente engajada como Shirley Horn.

Blossom Dearie foi a cantora sensível, quase infantil, equipada com um timbre de voz adocicado, pouco potente, mas afinadíssimo. Traduziu com nitidez o quadro mais clichê da alienada cantora dos clubes esfumaçados, ansiosa para ser descoberta por caça-talentos de alguma grande gravadora.

Na última década, descobriu e gravou os brasileiros Antonio Carlos Jobim e Ivan Lins. O último disco de Blossom Dearie, um single, é um tributo às vítimas do 11 de setembro: “It’s all right to be afraid”. Blossom Dearie morreu no sábado 7 de fevereiro de 2009, aos 82 anos, durante o sono, em seu apartamento em Greenwich Village, em Nova York.

 

Fonte: Last.fm

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