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Luta permanente e ininterrupta contra a corrupção

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

O movimento popular, nacional e espontâneo contra a roubalheira generalizada que inunda a administração pública, conquistou um grande aliado, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, um dos tripés da democracia e da nacionalidade.

A CNBB divulgou uma nota de apoio e solidariedade aos protestos contra “a corrupção e a impunidade, que corroem as instituições do Estado”, que tem levado milhares de pessoas às ruas desde o feriado do 7 de setembro.

Ao anunciar o manifesto, o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, enaltece a vigilância sócio-política da sociedade e lamenta que “talvez em nenhum momento tenhamos tido uma dificuldade tão grande com a questão da corrupção”.

A beleza democrática da forma como a CNBB se incorpora à insurreição indignada das frações mais esclarecidas do povo brasileiro coincidiu com a vergonhosa defesa da bancada do PT na Câmara de uma nova CPMF. Os lulo-petistas foram mais realistas do que a rainha Dilma, que recuou no ensaio de apoio ao tributo, diante da revolta geral.

A presidente estava certa como se viu no resultado da votação na Câmara, onde o PT se isolou derrotado na proposta da criação da CSS que teria um efeito pífio no levantamento de verbas para a Saúde.

O Partido dos Trabalhadores, renegando a sua origem e traindo os seus princípios, prefere extorquir o contribuinte, que paga os mais altos impostos do mundo, do que investigar os desvios de verbas orçamentárias seja pelo uso indevido dos governantes, seja pela incompetência dos administradores, seja por escorrer nos ralos da corrupção.

É o que se vê num relatório governamental, levantamento feito pelo Ministério da Saúde mostrando que em 2009, vários estados não investiram o mínimo de 12% de suas receitas na Saúde.

São dez as unidades da Federação que não aplicaram cerca de R$ 2 bilhões no setor, tão deficiente no atendimento da população, e o que mais prejudicou os necessitados foi o Rio Grande do Sul, que destinou para a área apenas 5% de sua receita. E o Rio Grande do Sul é governado pelo PT.

Digamos que houve uma má aplicação dos recursos e não o roubo que se viu nos ministérios dos Transportes, no Turismo e na Agricultura. Mas não é difícil tirar uma ilação sobre o fato, baseado em exemplos pontuais que se multiplicam Brasil afora.

E a roubalheira virou uma instituição, uma política de Estado batizada com o nome ridículo de “governabilidade”. Esta insensatez assegura a impunidade dos ladrões do dinheiro público, que, segundo o padrinho Lula, precisam ter “casco duro” para enfrentar as denúncias que veem do jornalismo investigativo.

Lula, “capo de tutti capi” da máfia de pelegos, “consultores” e lobistas, que assumiu e mantém o poder através de verdadeiros estelionatos já tem um Plano “B” para renovar as promessas e enganar mais uma vez o eleitorado brasileiro.

Diante das perspectivas abertas pelas eleições municipais do próximo ano, o quartel- general dos “cascos duros” traça planos para dominar as capitais dos principais estados do País, e é São Paulo a jóia mais cobiçada por eles. Para Sampa, Lula já lançou o seu candidato, Fernando Haddad, cuja maior credencial é ser um “cara nova”.

“Cara nova” para o eleitorado desinformado, porque Haddad já percorreu muitos quilômetros na estrada da pelegagem. É um teóricos (junto com Marilena Chauí) do obreirismo e o consequente culto da personalidade de Lula. Junto aos cofres públicos, exerceu cargos no governo de Marta Suplicy e por ela indicado para ministro de Lula que, por sua vez, impôs-lhe a Dilma.

A única novidade é que o ex-economista e filósofo, ex-secretário e ex-ministro Fernando Haddad nunca disputou votos. É um poste que nem Dilma, que Lula elegeu a pesados custos para o País.

A criatura (Haddad) vira-se contra a criadora (Marta) instigado por Lula e facilitado pela colega sem-votos Dilma, que quer facilitar a sua vida fazendo do peemedebista Gabriel Chalita, ministro.

O PT paulista é, sem dúvida, politizado pelo exercício da democracia interna; mas o PT paulistano é dividido entre “senhores da guerra” e vai precisar de muito “apelo” para queimar a senadora Marta e os deputados Gilmar Tanto e Carlos Zarattini, pré-candidatos.

O que vai sobrar para os eleitores paulistanos é a vigilância, na luta permanente e ininterrupta contra a corrupção.

5 respostas para artigo

  1. Nem vou gastar teclado o PT esta a perigo no seu plano de se manter no PODER absoluto por alguns mandatos e sabe que para isso vai empurrar alguém a disputa de São Paulo, porque aqui já se provou, vai ter um vaiaço na GAVIÕES DA FIEL ano que vem com o enredo em homenagem ao APEDEUTA, quero só ver uma parte de corinthianos junto com a Dragões gritando FORA LULA FORA LULA !!!! que vergonha Gaviões da Fiel

  2. O PT já percebeu que sem São Paulo fica difícil ganhar as eleições, agora eu quero ver o NETINHO no PCdoB puxa do LULA em debate para a Prefeitura de São Paulo contrariando o candidato do PT que ele defendia, puta merda vai ser um esculacho. Nusssssssa que vergonha de ser representado por essas pessoas.

  3. Werner disse:

    O PT está se fragmentando mas ainda continua no poder. Por pouco tempo

  4. prsempre disse:

    O PT ao trair seus próprios princípios básicos assinou sua senteça e aos poucos irá se esfacelar, tanto com suas divergências internas e pela escalada de seus atos corruptivos.

  5. […] Sá (E-mail: mirandasa@uol.com.br) Fonte: Blog do Miranda Sá Share this:ShareTwitterFacebookLinkedInEmailPrintLike this:LikeBe the first to like this […]