Aliados de Renan manobram para manter votação secreta
Aliados do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) prometem ingressar amanhã com consulta no STF (Supremo Tribunal Federal) para que os ministros se manifestem sobre o sigilo da votação no Conselho de Ética do Senado em casos de perda de mandato. Em meio à polêmica sobre a votação secreta no processo contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no conselho, o senador Gilvam Borges (PMDB-AP) espera que o STF estabeleça a norma a ser seguida pelos senadores.
“O pedido de informações e consulta é porque o Supremo é o guardião da Constituição. Por isso, pedi para ele se pronunciar. Aí, acabam todas as dúvidas”, afirmou.
Na opinião de Borges, o STF vai encerrar a polêmica que divide a oposição e o PMDB no processo contra Renan sobre o voto secreto.
Borges disse que vai manter o seu pedido de vista ao relatório contra Renan com o objetivo de adiar a votação do texto. O objetivo do senador é que, com o atraso da votação, o Supremo possa determinar ao conselho que conduta seguir na votação do relatório.
O impasse sobre o sistema de votação no conselho teve início depois que a consultoria jurídica do Senado enviou parecer no qual recomenda votação secreta no processo contra Renan. O servidor Marcos Santi, ex-secretário adjunto da Mesa Diretora do Senado, pediu exoneração do cargo com a acusação de que Renan teria influenciado os técnicos na elaboração do parecer pelo voto secreto.
Aliado de Renan, o senador Almeida Lima (PMDB-SE) quase chegou às vias de fato esta manhã com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) na reunião do Conselho de Ética em meio à discussão sobre a sistemática da votação do caso Renan.
Fonte: Folha Online
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