Artigo
Brasil tem os impostos mais altos do mundo
MIRANDA SÁ, e-mail: mirandasa@uol.com.br
Milhares, talvez mais de um milhão de verdadeiros patriotas protestam contra a nova CPMF, tentativa abjeta do PT-governo e asseclas – entre os quais se encontram governadores do Nordeste – querem um novo imposto, quando tempos os mais altos do mundo.
Não sou burro para desconhecer que também há milhões de brasileiros conformados e ignorantes que não atentam para esse grave problema. Uma massa enorme de pessoas não sabe que os impostos estão embutidos em todos os produtos; nos combustíveis, representam quase 50%.
Este assalto à bolsa do povo cria uma disparidade dos preços entre o seu valor real e acrescido pela abusiva cobrança de tributos não se restringe aos combustíveis, vai da caixinha de fósforos ao imóvel, como mostra a listagem das transferências de dinheiro do contribuinte para o governo.
A casa própria paga 49,02%, o automóvel 43,63%, a geladeira 47,06%, a conta de telefone 46,65%, o açúcar 40,50% e os remédios, como o xarope contra a tosse, 36%.
Em qualquer país civilizado o povo se revoltaria contra este absurdo. O brasileiro, porém – é bom repetir – é conformado e ignorante. As raras denúncias saem da Associação Comercial de São Paulo, com o “Impostômetro”, tela enorme de computador que registra minuto a minuto o total da prestação compulsória paga aos municípios, estados e à União.
A idéia de montar o “Impostômetro” nasceu nos EUA – o U.S. National Debt Clock – cujas indicações alertaram para o endividamento que gerou a crise financeira do ano passado no vizinho do Norte.
Nós pensamos que este relógio marcador, como ferramenta da web, poderia informar também aonde vai o dinheiro arrecadado e o nível de endividamento interno. Assim, quem quisesse, saberia como é gasto o dinheiro do seu salário ou da sua renda compulsoriamente arrancados nos cinco primeiros meses do ano.
Dessa maneira, possivelmente, alguns compatriotas ajudariam a disciplinar federal, estadual e municipalmente a gastança dos governos. Protestos em massa, fariam, certamente, a elite “que escreve colunas neste país” não fica calada.
É preciso dizer e falar alto que pagamos tributos como os europeus e recebemos da administração pública uma prestação de serviços inferior a vários países africanos.
O Brasil será a Euráfrica, onde a mendicância e vadiagem foram estabelecidas pela pelegagem, que trabalham para manter o povo na ignorância e passividade. Levantemo-nos, pois, internautas, lembrando-se que possuímos armas na Web que derrubam ditadores, quanto mais barrar impostos!
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