Ida de Tarso Genro a Mônaco
Artifício
O ministro Tarso Genro foi a Mônaco sem o pedido de extradição de Salvatore Cacciola e sem o principal documento de sustentação do pedido, a sentença de condenação do ex-dono do Banco Marka. Os dois ainda estão sendo traduzidos e ficam prontos na semana que vem. As autoridades de Mônaco dizem que, sem esses documentos, a presença do ministro não tem efeito objetivo. Diante disso, o governo brasileiro pediu à embaixada na França que enviasse à representação do principado em Paris uma petição para formalizar o pedido de extradição.É de se perguntar: então o que foi fazer o ministro em Mônaco, já que não havia documentação a levar e o papel disponível foi encaminhado por via diplomática? É de se responder: nada. Só aproveitar o impacto da prisão de Cacciola para dar a impressão de dinamismo. A manobra é tão pueril que não se pode nem acusar o ministro de usar fogos de artifício em sua jornada monegasca. Na ausência de fogo, sobra só o artifício.
Dora Kramer , jornalista
OPINIÃO: É de fogos de vista que vive a República dos Pelegos. Podem pesquisar para comprovar: morrem programas como moscas e ninguém se dá conta dos sucessivos fracassos da improvisação do lulismo-petismo. O Guia da pelegagem anuncia de mês em mês uma nova medida e no entremeio faz novas promessas. Tal como os PACs… Tarso Genro, que bem poderia honrar a tradição gaúcha da seriedade no trato da coisa pública, cuidando das coisas da Justiça, tão carente de atividades patrióticas no interesse da cidadania. Poderia, por exemplo, afastar o criminoso Antonio Palocci da cena política e pô-lo na cadeia pelo que fez – abusando o poder – com o pobre caseiro que não se curvou diante da sua arrogância. Em vez disso, Tarso se mostrou exibicionista e vazio, portanto pior do que as ações anticorrupção da Polícia Federal que ele criticou publicamente… MIRANDA SÁ
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