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A máfia do óleo

O duto entre a Petrobras e o governo popular nunca esteve tão movimentado. Cifras bilionárias passeiam de um lado a outro para alimentar a bocarra do projeto Lula. A nova facada é um duplo acinte ao contribuinte e ao consumidor, que como sempre ficarão calados.

Como se sabe, apesar de brasileira, a Petrobras é um negócio da China. Quando o preço internacional do barril despencou para menos da metade, ela fingiu que não viu. Como um monopólio mascarado, ela pode fingir.

E se quando a gasolina estava aumentando – seguindo a especulação internacional – o motorista fingisse que não visse o aumento? O que aconteceria se ele pagasse o preço antigo na bomba e fosse embora? Ia preso.

A Petrobras tem o monopólio do fingimento. É uma caixa preta fiscal, com inúmeros terminais de atendimento político-pecuniário ao governo popular. É a lavagem do óleo, que conta também com truques tributários.

A notícia é que o preço da gasolina finalmente baixou. Já estava pegando mal, e a Petrobras, com sua vidraça na mira da CPI, teve que tomar essa providência incômoda. Mas não vai faltar dinheiro no duto.

De uma canetada, o governo popular aumentou a Cide – o subsídio tributário à máfia estatal do óleo – em quase 30%. Só no Brasil é possível um aumento de imposto dessa monta sem qualquer explicação. Aumentou porque quis.

O resultado é que o preço da gasolina para o consumidor vai ficar exatamente igual (entenderam como a conta de chegar do governo popular é redonda?), para financiar a facada no contribuinte do setor petrolífero.

Com uma orquestra afinada assim, e a platéia babando índices estratosféricos de aprovação, daqui a pouco vai dar para distribuir bolsa caviar para toda a República Sindical.

O país pode não ser rico, mas o governo popular é. Não deixa de ser um começo.

Escrito por: Guilherme Fiúza, jornalista e escritor

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