Coluna no Globo – Míriam Leitão comenta

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Carne forte

Em toda fusão que forma uma empresa com grande poder de mercado aparecem dois argumentos: o de que o Brasil precisa de grandes empresas nacionais e o de que as sinergias impedirão as demissões. Depois todas demitem, e a Ambev virou belga. Nildemar Secches, da Perdigão, e Luiz Furlan, da Sadia, garantem que no caso da Brasil Foods será diferente.

Furlan pede que não se compare esse caso com o da Brahma-Antarctica, que criou a Ambev.

— Não vale a comparação. Nós temos 50 mil acionistas brasileiros, pessoas físicas e jurídicas, bem implantados no Brasil. Quantas latinhas elas vendiam no exterior antes de se juntar? Nenhuma. Quanto nós vendemos? Cerca de US$ 5 bilhões em 110 países, 45% do faturamento.

Tanto Nildemar quanto Furlan, com os quais eu falei ontem, usam o argumento da necessidade de formação de grandes grupos nacionais.

— País sem marca não tem futuro. Todos os países emergentes nos últimos anos investiram na formação de grandes empresas nacionais. Veja só o que a Espanha fez com a Telefónica e o Santander — diz Furlan.

O fato é que, por mais que o país queira e precise de grandes empresas, o argumento nacionalista não pode justificar negócios, nem flexibilizar regras. Nildemar garante que não é isso que o novo grupo quer.

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