março 31, 2009
Comentário (II)
O estouro da bolha otimista
A perspectiva de uma desaceleração econômica maior do que foi antecipada pelo governo desarmou de vez sua estratégia de comunicação política, que de ofensiva passa a defensiva. De um só golpe as cifras desautorizam os “diagnósticos” e a qualidade técnica dos discursos que compunham o quadro otimista – as reações espertas do tipo “o problema é do Bush”, a metáfora da “marolinha” e a imprudência de reiterar uma taxa de crescimento implausível para 2009.
Estourada a bolha otimista, as incertezas do cenário econômico impõem sobriedade e coerência ao governo e a seus críticos.
Lourdes Sola, professora da USP
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