Diante de Renan, Dirceu é um gângster “desse tamanhinho”

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Não há argumento melhor para os defensores de uma reforma política sepultarem o Senado do que o perfil da maioria naquela casa. Com exceções dignas e honrosas para a nacionalidade, encontram-se ali verdadeiros gângsteres eleitos sob diversas legendas. Escondidos sob uma retórica inconseqüente e discursos vazios, afloram uma cumplicidade bandida – tão abominável como a que existe no PCC ou no Comando Vermelho.

O que se passou da renúncia de Sibá Machado até o vergonhoso discurso de Lula da Silva defendendo Renan Calheiros, seria um filme policial passado em Chicago, não fora o assassinato explícito da ética e da moralidade públicas. Em qualquer país sério o presidente do Senado, processado, deveria afastar-se do cargo, mas aqui foi o contrário: no seu primeiro pronunciamento sentou-se na cadeira presidencial; os conselheiros da base governista foram indicados por ele, menos os do PT, que ficaram sob a responsabilidade da líder Ideli Salvatti que bobeou indicando o honesto Eduardo Suplicy e foi por isso repreendida por Lula.

Os demais figurantes dessa tragicomédia deveriam cobrir o busto de Ruy Barbosa com uma flanela para desfilar. Romeu Tuma e Epitácio Cafeteira que se afastaram por conveniente doença; Sibá, que saiu sob pressão irresistível; e a miuçalha, Almeida Lima, Gilvan Borges, João Pedro, Joaquim Roriz, Valdir Raupp e Welington Salgado, presos pelo nariz como búfalos, indo para onde Renan os leva. Como vivemos as festividades juninas, esse pessoal dança uma quadrilha, literalmente, fazendo uma alegoria que tem como mestre Renan Calheiros e cantador Lula. Aí a gente descobre que diante de Calheiros, Zé Dirceu é um gângster “desse tamanhinho”…

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