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E agora, Lula?

Se a Anistia Internacional estivesse preocupada com os direitos humanos, e não em tomar posições ideológicas, não passaria (vergonhosamente) a mão na cabeça das Farc – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, guerrilha que utiliza os métodos humanitários por todos conhecidos.

Outro que, meio dissimuladamente, mima as Farc é Luiz Inácio Lula da Silva. Agora com a revelação das cartas do líder Raúl Reyes ao presidente brasileiro, em reportagem de “Época”, espera-se que ele venha a público dizer, afinal, de quem é amigo.

As cartas não têm um tom qualquer. O tom é de companheirismo, quase de bajulação, denotando uma relação de alta cumplicidade. De 2003 (data das cartas) até hoje, não se ouviu uma só palavra de reprovação de Lula às Farc. Se não quisesse essa cumplicidade, o presidente brasileiro deveria ter rechaçado publicamente o flerte político.

Jamais o fez. Está sempre escondido nesse discurso de suposta neutralidade, álibi evidente para se furtar a condenar o terror dos guerrilheiros colombianos, enquanto nos bastidores o assessor top (top top) Marco Aurélio Garcia faz tricô com os seqüestradores.

Ou Lula esclarece agora, de uma vez por todas, qual sua relação com as Farc, ou o Procurador Geral da República precisa abrir imediatamente um inquérito sobre as relações do Estado brasileiro com essa organização clandestina.

Fonte: Guilherme Fiúza

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