Arquivo do mês: maio 2011
O compositor se vai, pouco depois de sua musa
Morreu no último sábado, de complicações de um linfoma, um nome importante da música norte-americana: Peter Lieberson, aos 64 anos. Compositor, com forte influências do jazz e da música da Broadway,teve suas peças executadas desde os anos 80 por grandes orquestras e solistas como o violoncelista Yo-Yo Ma e os pianistas Peter Serkin e Emmanuel Ax. Foi Serkin quem tocou, com a Sinfônica de Boston e James Levine, a estreia de seu Concerto para Piano e Orquestra n. 1.
Era novaiorquino, filho de um grande executivo da industria de discos, e conviveu com artistas como Stravinsky e Schoenberg. Quando conheceu a mezzo-soprano Lorraine Hunt, em 1997, sua vida tomou uma nova direção – pessoal e artística. A partir daí, escreveu numerosas peças dedicadas a Lorraine. “Sua voz me provocava arrepios de prazer, antes mesmo de a conhecer”, declarou o compositor, na época do casamento. “E eu descobri que não era a maravilhosa emissão ou o timbre que produziam esse efeito – era a alma por trás de tudo isso”.
Ela foi, de fato, uma das grandes artistas líricas de sua geração – tinha uma voz “suntuosa”, na definição do Sunday Times. Deixou elogiadíssimas interpretações, do repertório barroco ao contemporâneo.
Para Lorraine, ele compôs ciclos de canções sobre a obra de grandes poetas, como Rilke e Neruda. No inicio dos anos 2000, Lorraine recebeu o diagnóstico de câncer de mama – e morreu em 2006, aos 52 anos. Já muito doente, ela cancelou quase todos os compromissos profissionais – mantendo, no entanto, a performance das “Neruda Songs”, de Peter, com a orquestra de Boston, sob a batuta de Levine.
Peter Lieberson descobriu o linfoma logo após a morte de Lorraine. Na época, a Rádio NPR dos EUA fez um especial dedicado ao casal, chamado “Desenhando o arco do amor”. Aqui, um trecho das “Rilke Songs” – “O ihr Zartlichen” (“‘Oh, carinhosa”), que ele escreveu em 2001 para sua amada.
Fonte: Ricardo Prado/Clube do Maestro
- Comentários desativados em O compositor se vai, pouco depois de sua musa
- Tweet This !
O rombo que o ano eleitoral de 2010 deixou nas contas de PT e PSDB será coberto por recursos públicos em 2011, graças à manobra do Congresso que, em janeiro, elevou em R$ 100 milhões os repasses da União para o Fundo Partidário, relata Daniel Bramatti. Depois de bancar parte da campanha de Dilma Rousseff, além de candidatos a governos estaduais e ao Congresso, o PT chegou ao fim de 2010 com déficit de quase R$ 16 milhões. Mas receberá R$ 16,8 milhões extras neste ano graças ao incremento do Fundo Partidário, aprovado sem ser debatido em plenário. No caso dos tucanos, a receita extra será exatamente igual ao déficit nas contas de 2010: R$ 11,4 milhões. Como o PSDB tem uma dívida pequena de eleições anteriores, de cerca de R$ 500 mil, poderá até encerrar o ano com superávit, com a ajuda dos cofres públicos.
- Comentários desativados em Manobra legislativa vai zerar déficit de PT e PSDB após eleição
- Tweet This !
Primeiras páginas_9.mai.11
O GLOBO – Ana de Hollanda recebeu diárias sem trabalhar
FOLHA DE SÃO PAULO – Governo paga R$ 141 milhões a empresas vetadas
O ESTADO DE SÃO PAULO – Rombo de partidos será coberto com verba pública
CORREIO BRAZILIENSE – Sem dinheiro, Polícia Federal desacelera
VALOR ECONÔMICO – Veículo brasileiro é dos mais caros do mundo
ESTADO DE MINAS – Cofre vazio põe a PF em marcha lenta
JORNAL DO COMMERCIO (PE) – Ministro da Defesa condecora Genoino
ZERO HORA – Estádios para a Copa já estão 15% mais caros
- Comentários desativados em Primeiras páginas_9.mai.11
- Tweet This !
Ouça o Carnaval Romano de Berlioz
B e r l i o z
Ouça aqui «Le Carnaval Romain»
Louis Hector Berlioz nasceu em La Côte-Saint-André, perto de Grenoble (França) a 11 de dezembro de 1803. Embora muito cedo revelasse talento musical, aos dezoito anos a família enviou-o para Paris, a fim de fazer um curso de medicina. Atraído pelo Teatro da Ópera e pelo movimento artístico da metrópole, não tardou em trocar a universidade pelo conservatório: a desaprovação dos pais lhe custaria quase dez anos de aborrecimentos.
Depois de várias tentativas infrutíferas, Berlioz conquistou em 1830 o prêmio de Roma. Escreveu a cantata A última noite de Sardanapalo (1830), trabalho inacabado e não publicado. Mas ficaria apenas um ano e meio na Itália. Foi na mesma época que compôs a Sinfonia Fantástica – Episódio da vida de um artista (1830), expressão retumbante de seu amor pela atriz inglesa Harriet Smithson. Três anos depois estariam casados, mas profundamente infelizes.
Berlioz não conseguia fazer aceitar sua arte: a miséria material o perseguiria até os últimos dias. O ambiente de Paris lhe era em tudo adverso: a música sinfônica e instrumental era inteiramente desprezada, em benefício de uma voga de óperas medíocres, de Auber, Halévy e outros.
Escritor espirituoso, Berlioz colaborou no Jornal dos debates como crítico de música para sobreviver, trabalho que odiava. Em 1839 foi nomeado conservador da biblioteca do conservatório, único posto oficial que ocupou em vida.
De 1840 em diante, viajou como regente de orquestra. Recebeu, contudo, o estímulo de um reconhecimento entusiástico por parte de Paganini. Foi dessa época a sua paixão por Marie Recio, cantora sem sucesso e que não lhe traria menos infelicidades do que a primeira mulher. Em 1852, Liszt organizou em Weimar uma ‘Semana Berlioz’, cujo êxito não chegou a equilibrar a situação material do compositor. Foi eleito membro do Instituto (1856), mas sua obra não continuava não sendo muito apreciada na França.
Os últimos anos foram os mais amargos do sofrido Berlioz, salvando-o do naufrágio total apenas a viagem à Rússia, em 1867: deu uma série de concertos em Moscou, conheceu a música do grupo dos ‘Cinco’, descobriu o gênio de Mussorgsky. Berlioz acabou por morrer na solidão, em Paris, no dia 8 de março de 1869.
Berlioz foi um romântico autêntico, com todas as qualidades e defeitos do movimento de que, na França de seu tempo, foram Victor Hugo e Delacroix os protagonistas. O fascínio pelo monumental, pelo desmedido, embora prejudicando sensivelmente os resultados estéticos de seu trabalho, acabou por levá-lo a uma das suas principais realizações: a revolução da técnica orquestral. A riqueza, o colorido das combinações instrumentais já se fazem sentir na Sinfonia Fantástica.
A grandeza de Berlioz como compositor não é, até hoje, unanimemente reconhecida. Sua contribuição historicamente mais importante para a música do século XIX foi a da invenção da música de programa, fruto de sua sensibilidade principalmente literária. Substituiu o desenvolvimento de idéias musicais, conforme a lógica interna à maneira de Haydn e Beethoven, pela submissão da música a um programa literário, chegando até a imitação de ruídos característicos.
Esses programas são, em Berlioz, os do Romantismo francês a que se misturam elementos fantásticos e grotescos. Para tanto, usa orquestra muito maiores e mais diversificadas que as do Classicismo vienense. Seu Grande tratado de instrumentação e de orquestração modernas (1844) é obra básica, de forte influência sobre Liszt, Wagner, Richard Strauss e Smetana.
A riqueza e o colorido das combinações instrumentais se fazem sentir na Sinfonia Fantástica (1830), obra vigorosa, cativante pela magia do movimento lento e pelo naturalismo macabro da Marcha do tormento.
Mas a admirável orquestração de Berlioz, que faz de seu requiem Missa dos mortos (1837) a mais aparatosa música fúnebre já composta, chega ao ponto mais alto em Romeu e Julieta (1839), sinfonia dramática dedicada a Paganini, que lhe encomendara alguns anos antes a sinfonia Haroldo na Itália (1834), pitoresca viagem musical pela paisagem italiana e até hoje uma das obras mais executadas do compositor.
No talento inquieto e generoso de seu criador, a prática salvou a teoria, sendo a melodramaticidade dos programas por uma indiscutível inventividade melódica. Essa qualidade faz de A danação de Fausto (1846), cantata cênica baseada – muito livremente – na obra de Goethe, uma de suas melhores criações, e daria ao oratório A infância de Cristo (1850-1854) uma beleza serena e surpreendentemente sóbria.
Em suas últimas composições, Berlioz superou os transbordamentos românticos peculiares às outras fases, conseguindo dar à ópera Os troianos (1856-1859) um sabor virgilianamente clássico e momentos de verdadeira grandiosidade, sobretudo em sua segunda parte, Os troianos em Cartago.
Além das mencionadas, Berlioz deixou as aberturas O rei Lear (1831) e O carnaval romano (1844), a Sinfonia fúnebre e triunfal (1840), a ópera Benvenuto Cellini (1834-1838). De sua produção literária, são importantes: Grande tratado de instrumentação e de orquestração modernas (1844), As noites de orquestra (1852), Os grotescos da música (1859).
- Comentários desativados em Ouça o Carnaval Romano de Berlioz
- Tweet This !
Primeiras páginas_9.mai.11
O GLOBO – Galeão investiu apenas 17,5% do orçamento
FOLHA DE SÃO PAULO – Receita ruim dificulta concessão de aeroporto
O ESTADO DE SÃO PAULO – Ministra recebe auxílio por dia não trabalhado
CORREIO BRAZILIENSE – Serra sob pressão do PSDB
ESTADO DE MINAS – Empreiteiras lideram doações
JORNAL DO COMMERCIO (PE) – Criação de Estados na pauta
ZERO HORA – Os prós e contras do desarmamento
- Comentários desativados em Primeiras páginas_9.mai.11
- Tweet This !
Fernando Pessoa
Se estou só, quero não estar
Se estou só, quero não estar
Se estou só, quero não estar,
Se não estou, quero estar só,
Enfim, quero sempre estar
Da maneira que não estou.
Ser feliz é ser aquele
E aquele não é feliz,
Porque pensa dentro dele
E não dentro do que eu quis.
A gente faz o que quer
Daquilo que não é nada,
Mas falha se o não fizer,
Fica perdido na estrada.
- Comentários desativados em Fernando Pessoa
- Tweet This !
Primeiras páginas_7.mai.11
O GLOBO – Inflação estoura a meta pela 1ª vez desde 2005
FOLHA DE SÃO PAULO – Inflação estoura a meta pela 1ª vez em seis anos
O ESTADO DE SÃO PAULO – Preços do governo fazem inflação romper teto da meta
CORREIO BRAZILIENSE – Inflação supera meta, mas governo desdenha
ESTADO DE MINAS – A inflação passa dos limites
JORNAL DO COMMERCIO (PE) – Inflação supera meta proposta pelo governo
ZERO HORA – Gasolina e carne fazem inflação romper teto de 6,5% em 12 meses
- Comentários desativados em Primeiras páginas_7.mai.11
- Tweet This !
JG de Araújo Jorge
Liberdade
A liberdade é o meu clarim de guerra
e eu sou, no meu viver amplo e sem véus,
como os caminhos soltos pela terra,
como os pássaros livres pelos céus.
Ela é o sol dos caminhos ! Ela é o ar
que os enche os pulmões, é o movimento,
traz num corpo irrequieto como o mar
uma alma errante e boêmia como o vento.
Minha crença, meu Deus, minha bandeira,
razão mesma de ser do meu destino,
há de ser a palavra derradeira
que há de aflorar-me aos lábios como um hino.
Liberdade: Alavanca de montanhas!
Aureolada de louros ou de espinhos
há de cingir-me a fronte nas campanhas,
há de ferir-me os pés pelos caminhos.
Sinto-a viva em meu sangue palpitando
seja utopia ou seja ideal, – que importa?
Quero viver por esse ideal lutando,
quero morrer se essa utopia é morta !
JG de Araujo Jorge
(do livro O Canto da Terra – 1945)
- Comentários desativados em JG de Araújo Jorge
- Tweet This !
Supremo reconhece união estável entre homossexuais
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceram ontem a união estável entre homossexuais. A decisão pode abrir caminho para que o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo seja permitido. O STF tornou praticamente automáticos os direitos que hoje são obtidos pelos casais homossexuais na Justiça, tais como receber pensão alimentícia, ter acesso à herança do companheiro em caso de morte e serem incluídos como dependentes nos planos de saúde. Para o tribunal, impedir o acesso a direitos por parte dos casais gays com base na interpretação de que só os casais heterossexuais estariam protegidos seria violar princípios constitucionais, como o da igualdade. Alguns juristas consideram que o caso deveria ser definido por meio de lei no Congresso Nacional.
- Comentários desativados em Supremo reconhece união estável entre homossexuais
- Tweet This !
Primeiras páginas_6.mai.11
O GLOBO – Supremo garante a casais gays todos os direitos civis
FOLHA DE SÃO PAULO – Brasil aprova união estável gay
O ESTADO DE SÃO PAULO – Supremo reconhece união estável entre homossexuais
CORREIO BRAZILIENSE – STF legitima direitos dos casais gays
VALOR ECONÔMICO – Emendas pendentes ameaçam Código Florestal
ESTADO DE MINAS – STF reconhece os direitos de casais gays
JORNAL DO COMMERCIO (PE) – STF reconhece direitos de casal homossexual
ZERO HORA – Supremo reconhece união estável entre casais homossexuais
- Comentários desativados em Primeiras páginas_6.mai.11
- Tweet This !
Comentários Recentes