Arquivo do mês: julho 2008

ELEIÇÕES

Rio terá força especial contra currais do crime

Foi acertada ontem no Tribunal Regional Eleitoral a criação de um grupo especial reunindo as polícias Civil, Militar e Federal para combater a imposição de candidatos do tráfico e das milícias em favelas do Rio. As conclusões da reunião em que se decidiu pela criação dessa força especial serão apresentadas hoje ao presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, e ao ministro da Justiça, Tarso Genro.

MANCHETES de hoje_30.jul.08

TRIBUNA DA IMPRENSA – Cabral quer tropa federal já
e permanente

FOLHA DE SÃO PAULO – Receita acaba com declaração anual
de isento

VALOR ECONÔMICO – Fracasso de Doha abre nova fase de
conflito comercial

ESTADO DE MINAS – Chacina em Betim deixa seis mortos

ZERO HORA – Taxa média de juro é a maior em 14 meses

O GLOBO – TRE e polícias criam força especial para as eleições

A TARDE – Lula quer reforma no setor pesqueiro

JORNAL DO COMMERCIO (PE) – TRE investiga drible à
legislação eleitoral

DIÁRIO DE NATAL – Partidos evitam falar em punição
para vereadores

CORREIO BRAZILIENSE – Brasileiro se endivida ainda mais

JORNAL DO BRASIL – Brigalhada em Genebra causa prejuízo
ao Brasil

ESTADO DE SÃO PAULO – Bancos sobem juros no crédito
ao consumidor

TRIBUNA DO NORTE – Receita Federal vai acabar com a
declaração de isentos

GAZETA MERCANTIL – Fracassa reunião para fechar
a Rodada Doha

Poesia

Resíduo

Tanta cal, tanta cinza, tanto incenso
e o vôo impraticável e o pesado
projeto de cruzar o rio a nado
e o caminhar feito um esforço imenso.

Raro sujeito mostra-se propenso
a alar as rédeas do seu próprio fado:
objeto, o mais geral aceita alheado
toda a cal, toda a cinza, todo o incenso.

Contra a revolta, a palha da rotina;
há aquele gesto ou grito que termina
trocando uma bandeira por um lenço,

e então seguir é ir carregando a estrada
nos ombros – e com ela carregada
vai a cal, vai a cinza, vai o incenso.

Geir Campos

O Poeta

Geir Nuffer Campos nasceu em São José do Calçado (ES) no dia 28/02/1924. Foi piloto da marinha mercante e ex-combatente civil na Segunda Guerra Mundial. Formou-se em Direção Teatral (FEFIERJ-MEC, Rio), mestre e doutor em Comunicação Social pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da qual foi professor.

Sempre engajado nas lutas de seu tempo, foi um dos fundadores do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro e da Associação Brasileira de Tradutores, hoje Sindicato Nacional dos Tradutores, de que foi presidente, lutando pela conscientização dos que traduzem profissionalmente no Brasil e pela regulamentação desta profissão.

Traduziu várias obras de Rilke, Brecht, Goethe, Shakespeare, Sófocles, Whitman e outros, sendo merecedor de um ensaio da professora Maria Thereza Coelho Ceotto da Universidade Federal do Espírito Santo.

Destacou-se como ativista cultural de grande influência e presença na literatura brasileira, tornando-se o grande representante capixaba da “Geração de 45”. Foi um dos poucos poetas brasileiros a comporem uma coroa de sonetos.

Dele falou Aníbal Bragança, professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense e doutor em Ciências da Comunicação pela ECA/USP, “Geir Campos não foi apenas um artesão da palavra e um operário do canto. Esteve em todas as frentes de ação pelo fortalecimento do livro, como editor, como bibliotecário, como tradutor, como líder da categoria, como professor e como autor. Autor, diga-se, de uma obra sólida e múltipla, rica e diversificada, que marcou a literatura brasileira da segunda metade deste século”.

Geir Campos faleceu no dia 08 de maio de 1999, aos 75 anos, em Niterói (RJ).

Rita Lee canta “Lança Perfume” em um programa italiano da TV RAI no começo dos anos 80.

FRASE DA 3/29

“Nos EUA, Democratas e Republicanos são diferentes apenas no nome. No resto, são rigorosamente iguais”.

Hélio Fernandes, jornalista

AMAZÔNIA

Com atuam as ONGs estrangeiras

Sob o pretexto de solidariedade às etnias desta região ou da defesa do meio ambiente, muitas ONGs estrangeiras corrompem os silvícolas para apropriarem-se dos seus conhecimentos e obter informações sobre a riqueza do subsolo, como também, a avaliação dos princípios ativos dos remédios naturais utilizados pelos índios.

Gilberto Alves da Silva, professor aposentado da Coppe/UFRJ

OPINIÃO

Pista da impunidade

A aprovação de lei blindando os advogados e as manifestações contrárias dessa classe a um possível veto lúcido do presidente da República dão uma pista forte e segura de onde se aloja a impunidade para o crime no Brasil.

Adilson Roberto Gonçalves (priadi@uol.com.br)

Comentário (II)

A raposa e o galinheiro

Meio milhão de brasileiros continuam a ser caloteados pelos mais variados escalões governamentais. Cidadãos e cidadãs que, após anos de lutas no universo judiciário, conseguiram ver reconhecido o seu direito de receber indenizações do poder público. Poucas pessoas fazem idéia da soma dessas dívidas. Federais, estaduais, municipais e de outros órgãos públicos, somadas, já atingem a fantástica soma de mais de R$ 100 bilhões!

Estudos recentes feitos por especialistas informam que a maioria dessas dívidas corresponde ao não-pagamento de valores de natureza alimentar. São as dívidas relativas a vencimentos, salários, aposentadorias, pensões, promoções, férias, enfim, tudo o que diz respeito à remuneração de pessoas por serviços prestados às autoridades públicas.

Injustiçados, preteridos nos seus direitos, reduzidos em seus vencimentos, diminuídos em suas aposentadorias, calculadas de forma errada as suas pensões, os cidadãos esgotam as reclamações na área administrativa e partem para os tribunais. Normalmente, a luta é dura. Os poderes públicos usam e abusam de mil formas de recursos, diligências, pesquisas de dados, contestações, embargos, enfim, uma parafernália que só com muita paciência e bons advogados consegue ser derrubada. Os prazos médios dessas ações são escandalosos. Nunca menos de dez anos!

Sandra Cavalcanti, professora e jornalista

SATIAGRAHA

Greenhalgh seria o elo entre Daniel Dantas e PT-governo

No relatório final do inquérito sobre o Opportunity Fund, a Polícia Federal dedica capítulo inteiro a Luiz Eduardo Greenhalgh, “vulgo Gomes ou LEG, ex-deputado federal pelo PT e pessoa muito próxima ao secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff”. A PF pede inquérito exclusivamente sobre os movimentos de Greenhalgh e o acusa de fazer lobby no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) “para satisfação dos interesses mútuos e pessoais”.Segundo o relatório, o ex-deputado integra “instância especial” da organização sob comando do banqueiro Daniel Dantas. “Também é advogado e possui escritório, mas os serviços prestados passam longe da assessoria jurídica.”A PF assinala que Greenhalgh “em verdade, no contexto geral, seria o homem de ligação entre pessoas do Poder Executivo Federal, empresas estatais (BNDES) e o Daniel Dantas”.

Fausto Macedo e Marcelo Godoy, Agência Estado

JUSTIÇA

Criminoso solto por ordem judicial

A Justiça mandou soltar nesta terça-feira dois suspeitos de integrar a quadrilha que vendia ilegalmente remédios pela internet. Norma e César Paes foram presos em Porto Alegre na semana passada pela Polícia Federal. Eles são pais do jovem acusado de liderar o grupo, que vendia medicamentos de forma ilegal para os para os Estados Unidos.

Diego Podolsky Paes, 27 anos, liderava um grupo que recebia pedidos de compradores via internet, providenciava receitas médicas frias e encomendava os pedidos. Logo depois do pagamento, o jovem enviava as verbas para paraísos fiscais, onde iniciava o processo de lavagem de dinheiro. Com o lucro, o traficante adquiria bens luxuosos como mansões em Miami (EUA) e carros importados.

Zero Hora. com