Arquivo do mês: julho 2008

VERDADE?

Restaurantes declaram guerra contra a inflação

Os restaurantes do Rio têm um cardápio variado para escapar da alta dos preços dos alimentos. Com os custos em média 20% mais elevados, os empresários lançam mão de estratégias para não repassar os gastos e manter os clientes. Enquanto alguns substituem alimentos mais caros por produtos alternativos, outros sobem o preço das bebidas. As churrascarias se vêem numa encruzilhada diante das constantes elevações de custo da carne. Na guerra contra a inflação há apenas um ponto pacífico: a situação não está fácil para o setor.

INFORMAÇÃO

Colômbia passou dados sobre ação das Farc no Brasil

Na visita que fez dias 19 e 20 à Colômbia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu informações sobre as conexões das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Brasil, para que o governo brasileiro “possa reagir como considerar mais apropriado”. A revelação foi feita pelo ministro colombiano da Defesa, Juan Manuel Santos, que não tem informações sobre eventual repasse de armas para as Farc a partir do território brasileiro, mas sim da presença de representantes da guerrilha no Brasil. “Temos essa informação e a fizemos chegar ao governo brasileiro, para ver se ele pode ter algum tipo de vigilância”.

BOLETIM DE OCORRÊNCIA

Polícia mata e morre muito, mas prende pouco

Para cada bandido morto em confronto com a polícia no Rio, só sete foram presos em 2007, um número 87% menor do que em 2000, quando cada morte correspondeu a 56 prisões. A constatação é de pesquisa do núcleo de segurança do Instituto Pereira Passos. O número de policiais mortos manteve-se alto no período: 40 em 2003, 30 em 2007.

ELEIÇÕES/RJ

Milícia usa capangas para pedir votos

De dentro da cadeia, o deputado Natalino Guimarães (DEM) e seu irmão, o vereador Jerominho (PMDB), acusados de comandar uma milícia na Zona Oeste do Rio, mandaram homens armados distribuírem carta a moradores de Campo Grande, Cosmos e Paciência pedindo votos para a candidata a vereadora Carminha. Jerominho (PTdo B). “É ordem dos patrões”, dizem os milicianos, de porta em porta, ao entregar aos moradores o texto escrito por Jerominho. Ex-policial civil, preso em dezembro, Jerominho dá como certa a eleição de sua filha.

UTILIDADE PÚBLICA

Sai a Mega-Sena dividida por dois

Dois bilhetes –um de Minas e outro de Rondônia– irão dividir o prêmio de aproximadamente R$ 53 milhões do concurso 990 da Mega-Sena, sorteado neste sábado. Cada um ficará com R$ 26.586.140,51. O prêmio –que superou a expectativa inicial, de R$ 52 milhões– foi o maior sorteado neste ano. Confira os números sorteados:

02 – 10 – 15 – 18 – 29 – 39

Outros 290 apostas acertaram a quina e receberão R$ 18.062,91 cada uma; e 20.863 acertaram a quadra e ganharão R$ 251,08 cada uma.

TRIBUNA DA IMPRENSA – Ministério Público quer ouvir Protógenes

FOLHA DE SÃO PAULO – Mangabeira foi acusado por fundos de
beneficiar Dantas

O GLOBO – Caos aéreo acaba sem obras e com preço alto

CORREIO BRAZILIENSE – Polícia mata três pessoas a cada
48 horas

O POTI (RN) – Relatório de pastoral inclui RN na guerra pela
água no Brasil

JORNAL DO BRASIL – Restaurantes declaram guerra contra
a inflação

ZERO HORA – As decepções de quem investiga os crimes de
colarinho-branco

ESTADO DE SÃO PAULO – Colômbia passou dados sobre
ação das Farc no Brasil

TRIBUNA DO NORTE – MP lista ‘provas consistentes’ contra
acusados de corrupção

PESQUISA

Jovem sonha em obter emprego e casa própria

Pesquisa feita pelo Datafolha em 186 cidades do país com 1.541 pessoas entre 16 e 25 anos mostra que os maiores sonhos do jovem brasileiro são ter um bom emprego e comprar casa própria. O levantamento, o mais completo já feito neste século, abrange todas as classes sociais e inclui temas que vão da política à sexualidade, passando por medos, valores e hábitos de consumo.
Os dados desfazem o mito do “jovem rebelde”. A maioria vê a família como o principal valor e, assim como a maior parte da população, é contra liberar o aborto e descriminar a maconha.A pesquisa revela ainda que morte e violência são os maiores medos dos jovens, que sua insatisfação com a aparência aumentou e que eles confiam mais nas mães do que nos pais.

REVISTAS SEMANAIS

VEJA
Capa – CADÊ OS BEBÊS? * Mandei ele sair porque ele quis… * As novas fronteiras dos bilhões * A proteína do campo * O novo ciclo da cana * O país das montadoras * A (re)abertura dos portos * Os forrós de Cid * A era de ouro do ferro * Combustível de 1 000 cidades


ÉPOCA
Capa – A VITÓRIA DO VALE TUDO * No frágil mundo dos prematuros * Entrevista: Marina Silva * Por que Lula entrou na crise * O guardião de Dantas * Um tira fora de controle * Um petista encrencado * A incrível fortuna do afilhado do prefeito


ISTOÉ
Capa – OS TRAPALHÕES * Campanha eleitoral atrás das grades * Dantas posto à prova * Do que Cacciola está rindo? * Como Eike saiu do alvo * A ameaça das greves * O cardeal do baixo clero * Campeões de audiência * Duas mil mulheres no banco dos réus

ISTOÉ DINHEIRO
Capa – Reportagem: Como a Brahma tomou uma Budweiser * AmBev: humor zero * O que Krugman vem dizer * Elles estão voltando * Dá para encarar? * Uma pedra no caminho de Eike * A maior batalha da Avibras * Artigo de Luciano Suassuna: Dantas contra Lemann

EXAME
Capa – FIAT: A EMPRESA DO ANO * Reportagem: Muito perto de fazer o primeiro trilhão * “Não vamos deixar a inflação voltar” * Um xerife na berlinda * Do bagaço ao megawatt * A mamona não foi sustentável * O clone de Eike Batista * Como ganhar com as commodities


CARTA CAPITAL
Capa – O TROPEÇO DE EIKE * A lista da discórdia * Onde fica a famosa verdade? * Os professores agora têm piso * Primeira baixa no Pacto Nacional * Que tamanho tem o bolso do cidadão? * Jornalismo à brasileira * O terror dos figurões * Salário não basta * A volta do homem-sorriso

Poesia

À Ponte de Brooklyn

Em quantas madrugadas, arrefecidas pelo repouso ondulante,
As asas da gaivota hão-de emergi-la e voar em seu redor,
Espalhando anéis brancos de tumulto, erigindo bem no alto
Sobre as águas agrilhoadas da baía a liberdade –
Então, numa curva inviolada, deixarão os nossos olhos
Tão espectrais como veleiros que cruzam
Uma página cheia de parcelas a arquivar;-
Até que os elevadores nos libertem do nosso dia…

Sonho com cinemas, truques panorâmicos
Com multidões debruçadas sobre uma cena fulgurante
Jamais revelada, mas passada de novo à pressa,
A outros olhos prometida sobre o mesmo écran;

E TU, por cima do porto, ao ritmo da prata
Como se o sol te imitasse, embora deixasse
Um gesto nunca acabado no teu rasto, –
Implicitamente ficas com a tua liberdade!

De uma abertura no metro, de uma cela ou mansarda
Um louco precipita-se para os teus parapeitos,
Oscilando aí por momentos, a garrida camisa enfunada,
E um gracejo solta-se da multidão surpreendida.

Por Wall Street, escorre o meio-dia desde a viga mestra até à rua,
Um rasgão no acetilene do céu;
Toda a tarde os guindastes envoltos pelas nuvens giram…
Os teus cabos respiram ainda o Atlântico Norte.

E é obscura, como aquele céu dos judeus,
A tua recompensa… tu conferes o louvor
De um anonimato que o tempo não pode evocar:
Testemunhas uma indulgência e um perdão vibrantes.

Harpa e altar pelo furor unidos,
(Como pôde o simples trabalho alinhar as tuas cordas cantantes!),
Medonho limiar da promessa do profeta,
Prece de um pária, e grito de um amante, –

E de novo as luzes do trânsito que deslizam pelo teu idioma
Veloz e total, imaculado suspiro de estrelas
Ornando o teu caminho, condensam a eternidade:
E vimos a noite erguida nos teus braços.

Sob a tua sombra, esperei junto dos pilares;
Apenas na escuridão é a tua sombra nítida.
Os bairros flamejantes da cidade todos inacabados,
A neve submerge já um ano de ferro…

Ó Insone como o rio lá em baixo,
Em abóboda sobre o mar, erva sonhadora das pradarias,
Desce, vem até nós, os mais humildes,
E da tua curvatura empresta a Deus um mito.

Hart Crane

(de A Ponte, tradução de Maria de Lourdes Guimarães)

O Poeta

Poeta norte-americano nascido em Garrettsville, Ohio, (1899) que celebrou a vida na era industrial, para exaltar a experiência americana. Filho de pais de comportamento emocionalmente instáveis, foi criado em Cleveland, onde teve uma infância infeliz e tornou-se alcoólatra ainda jovem.

Interessado em morar na grande cidade, radicou-se (1923) em Nova York, onde dedicou-se a escrever poesias. Publicou dois livros de poesia em vida: White Buildings (1926) e The Bridge (1930). Retraído pelos conflitos da grande cidade, buscou refúgio numa afirmação mística e recorreu a Walt Whitman, cuja influência em sua obra é evidente.

Em seguida escreveu sua obra mais célebre, The Bridge (1931), cujo tema foi ambientado na ponte de Brooklin. Pouco depois de publicá-lo, foi para o México. Perturbado, na viagem de volta para os Estados Unidos, pulou do navio e afogou-se no mar das Antilhas. Morreu em 1932.

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Esporte

Os favoritos perderam

Faltou futebol no sábado à noite, como já havia faltado à tarde. Mas o três favoritos, Inter, Flu e Náutico, perderam. O Inter foi a maior decepção, ao perder para o ex-lanterna Ipatinga
(o Santos assume o lugar), no Ipatingão.

Sim, o jogo foi fora de casa e o time mineiro roubou pontos também do São Paulo, e no Morumbi, ao empatar com o tricolor. Mas não importa. A ascensão colorada o obrigava a sair de Minas com a vitória e a derrota, gol de Beto, aos 32, em rebote de bola na trave, afeta a confiança que já se depositava no Inter que, além do mais, perdeu, por contusão, seu melhor jogador, o faz tudo Alex.

Foi nada menos que a quinta derrota do Inter fora de casa em oito jogos, sem nenhuma vitória.
Assim, não há tetra possível, menos difícil é imaginar o tri do rival Grêmio. No Maracanã, em compensação, o Cruzeiro não decepcionou, ao contrário.

Levou o 1 a 0 do Fluminense em pênalti sofrido e convertido por Washington, mas soube virar ainda no primeiro tempo, com gols de Guilherme e Fabrício, de falta, aos 36 e 39 minutos.
No fim, aos 40, Wagner ainda fez 3 a 1 e deixou o Flu lá embaixo, perigosamente lá embaixo.
O Flu foi uma piada e se sente a falta dos Thiagos, a falta que Ramires faz ao Cruzeiro não é menor, razão pela qual o tricolor não tem do que reclamar a não ser de si mesmo.

O Cruzeiro teve o reforço da ausência de Espinoza, uma avenida em sua defesa nos últimos jogos.
No Recife, nos Aflitos, Náutico e Coritiba empatavam 1 a 1 até o finzinho. Guaru aos 41 do primeiro tempo para os paranaenses e Piauí, aos 6 do segundo, para os pernambucanos, tinham marcado os gols em jogo que o blog não acompanhou. Mas, aos 42, Keirrisson fez o gol da excelente vitória coxa, motivo de preocupação para o Timbu.

Fonte: Blog do Juca Kfouri