Arquivo do mês: julho 2008
Míriam Leitão e sua coluna deste domingo
Novo mundo
O mundo está diante de uma chance. As crises e os bons ventos se somam para criar a oportunidade. O discurso emocionante de Barack Obama em Berlim mostra que os Estados Unidos podem voltar a ter liderança, aquela que é merecida, e não imposta. A crise americana e o fortalecimento de países emergentes vão reequilibrar o poder econômico. Há quedas que vêm para o bem; como Berlim já ensinou.
A queda do PIB relativo dos Estados Unidos é mais importante diante do crescimento da força dos emergentes. O gráfico abaixo, feito com dados do FMI, é a tradução, em linhas, da idéia defendida pelo jornalista e escritor Fareed Zakaria no seu livro “The Post-American World”. Ele sustenta que o mundo está em transformação; não pela decadência dos EUA, mas, sim, pela “ascensão de todos os outros”.
Não é a queda do império, mas a superação dele e a evolução para um mundo pós-americano. O fim de um poder incontrastável, o começo de uma era de poder mais dividido e harmônico. Os Estados Unidos, segundo o FMI, tinham 32% do PIB mundial em 2001; em 2010, terão 22%. Enquanto isso, os países emergentes e em desenvolvimento terão saído de 20% para 32%.
Neste aspecto, a crise econômica americana, por mais dolorosa que seja para quem a vive, fortalece o movimento de redução da parcela do PIB engolida pela primeira potência. Pode-se esperar disso um Estados Unidos menos unilateralista? O auge do unilateralismo foi a posição cega do governo de George Bush de passar por cima da resolução da ONU, atropelar velhos aliados, como a França, novos parceiros, como a Alemanha, para invadir um país atrás de armas de destruição em massa que não existiam a não ser em relatórios manipulados por assessores presidenciais.
O “improvável” Barack Obama, como ele se definiu diante dos berlinenses, ao falar da sua origem multiétnica, bicontinental e plurissocial — “eu sei que não me pareço com outros americanos que previamente falaram nesta grande cidade” —, mostrou o quanto ele se parece com outro líder americano que falou naquela mesma cidade, há 45 anos.
John Kennedy, ao dizer “eu sou berlinense”, sintetizou o espírito de um sonho de conciliação. Obama, de novo, sintetiza uma época quando pede ao mundo que “olhe para Berlim” e ressalta o que ver: o lugar onde os muros caem. Lá americanos e alemães voltaram a confiar uns nos outros, três anos depois de se enfrentarem num campo de batalha; lá o povo derrubou um muro que dividia um país e o mundo.
Clique aqui para ler na íntegra.
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Fatos da história – há 32 anos…
Em 27 de julho de 1976, o recordista João Carlos de Oliveira, o “João do Pulo”, ganha o bronze no salto triplo, na Olimpíada de Montreal. No ano anterior, nos Jogos Pan-americanos do México, teve sua maior glória.
Com um salto de 17,89 metros, entrou para a história com um recorde mundial que levaria 10 anos para ser superado.
Fonte: CPDOC/JB
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Frase da vez_2/27
“E Josué, autor das sete pragas do Egito, ainda disse pro Faraó (à parte, pra não se comprometer): “E a oitava praga, presidente, será uma gigantesca nuvem de economistas.”
Millôr Fernandes, o Millôr
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400 brasileiros estão retidos no aeroporto de Buenos Aires
Dos sete vôos previstos, somente o 2254 pousou no Tom Jobim
Abatidos e muito nervosos os passageiros do vôo 2254 da Aerolíneas Argentinas desembarcaram no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, no Rio, reclamando da falta de atenção das autoridades argentinas e das péssimas condições em que foram mantidos na sala de embarque do aeroporto de Buenos Aires.
O vôo 2254, que tinha saída prevista para 9h30 de sábado (26), só decolou 24 horas depois. A aeronave pousou no Rio por volta meio-dia.
Leia mais aqui
Fonte: Portal G1
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Ministro-réu recebe do STJ R$ 348 mil sem trabalhar
Ele é o suspeito mais ilustre de duas mega-operações policiais: Hurricane (Furacão, em inglês) e Têmis (nome da deusa da Justiça na mitologia).
Ganharam as manchetes nos últimos dias de abril de 2007. Produziram a maior devassa já sofrida pela Justiça brasileira.
Acusado de vender sentença para a máfia do jogo carioca, Paulo Medina, ministro do STJ, freqüentou as primeiras páginas durante semanas.
Começa, porém, a escorregar para a zona sombreada da memória da platéia.
Deve-se o esquecimento a um fenômeno bem brasileiro: a lentidão do Judiciário.
Beneficiado pelo privilégio de foro, Paulo Medina foi denunciado pelo procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza perante o STF.
Arrastou consigo outros réus, entre eles três desembargadores. E viu-se constrangido a deixar, aos 64 anos, uma cadeira que ocupava no STJ desde 2001.
Deixou a poltrona, não o contracheque. Continuou recebendo os vencimentos: R$ 23,2 mil por mês.
Clique aqui para ler na íntegra.
Fonte: Josias de Souza
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Obama fala de pontes para platéia que almeja muros
Favorito na corrida à Casa Branca, Barack Obama produziu, na última quinta-feira, uma bela página da oratória política.
Falou em Berlim, para uma platéia notável –100 mil pessoas, informaram algumas publicações; 200 mil, noticiaram outras.
A certa altura, pôs-se a construir analogias em torno dos escombros do Muro de Berlim. Mencionou o fantasma dos muros da pós-modernidade.
Muros “entre raças e tribos, nativos e imigrantes, cristãos e muçulmanos e judeus.” São paredes que “não podem continuar de pé.”
A hora, disse Obama, é de “construir pontes” ao redor do planeta. Nada mais sensato. Nada mais improvável, contudo.
Alvo das finas palavras de Obama, a Europa traz nas mãos a colher de pedreiro. Mas não a utiliza nas pontes. Constrói novos muros.
Clique aqui para ler na íntegra.
Fonte: Josias de Souza
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FRASE DA VEZ_1/27
“A televisão está tão cheia de anúncios de cerveja, que mesmo sentado na poltrona o telespectador não passa no exame do bafômetro”.
Hélio Fernandes, jornalista
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NOTICIÁRIO
Caos aéreo acaba sem obras e com preço alto
Obras prometidas para acabar como caos aéreo não foram feitas, mas as filas minguaram porque as passagens aumentaram até 100% num ano. O ministro Nelson Jobim acaba de suspender a expansão de cinco aeroportos.
Setor privado já investe mais que Estado na infra-estrutura
A iniciativa privada respondeu por 54,4% dos investimentos em infra-estrutura no Brasil, entre 2001 e 2007. O poder público – Governo Federal, estados e municípios – teve participação de apenas 11,6% e as empresas estatais, de 33,9%.Os investimentos ficaram em apenas 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB).O ideal apontado por analistas seria de 4%.
Crescimento volta a agitar mercado para engenheiros
O crescimento econômico revalorizou a carreira de engenheiros, a ponto de já haver falta desse profissional nas obras de infra-estrutura, na mineração, na indústria do petróleo e no boom da construção civil.
Ameaça à Amazônia Azul
A descoberta de petróleo na camada pré-sal e a reativação da Quarta Frota americana têm preocupado governo e Marinha. Os limites dos próximos poços explorados na fronteira da chamada Amazônia Azul e a atuação dos EUA, são motivos de inquietação.
Polícia mata três pessoas a cada 48 horas
Em todo o país, 560 civis morreram em confrontos com policiais militares e civis, segundo levantamento feito pelo Ministério da Saúde a pedido do Correio. O Sudeste é a região com o maior índice de mortes – e as policia do Rio de Janeiro é a campeã: assassinou 290. Esse número pode ser maior, pois nem todos os casos são notificados ou registrados.
Acordo não é uma traição, diz Lula
Presidente nega que acordo com nações ricas, aceito pelo Brasil, vá rachar harmonia de países em desenvolvimento. E diz que negociações expõem “disparidades” com Índia e Argentina.
Mangabeira Unger, segundo Protógenes
Delegado da Operação Satiagraha não apresentou provas contra o ministro de Assuntos Estratégicos, mas detalha como ele teria agido em favor dos interesses de Daniel Dantas na Amazônia.
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