Arquivo do mês: março 2008

“Não há produção de óleo de peroba no Brasil capaz de lustrar tanta cara de pau.”

Heloísa Helena, ex-senadora

ECONOMIA

1 – O Banco Central prevê maior inflação este ano e sinaliza elevar os juros. O vilão da vez é o aumento da renda – que cresceu em média 2,5% em fevereiro, mês em que o desemprego subiu, segundo o IBGE.
2 – A proposta de reforma tributária apresentada pelo senador Francisco Dornelles (PPRJ) inclui as contribuições – algo em torno de 29,4% da receita federal em 2007, já descontada a CPMF – no bolo dividido pela União com estados e municípios.
3 – Dos dez índices que fazem parte da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), apenas dois – INDX e Itel – acumulam alta neste ano. Os demais têm desvalorização superior a 4% em 2008.
4 – O programa que o PT mais combateu no governo FH, o Proer, de socorro aos bancos, virou motivo de orgulho para Lula. Ontem, ele disse que ligou para o presidente Bush oferecendo ajuda na crise.
5 – O Banco do Brasil foi autorizado a dar financiamentos habitacionais disputando mercado com Caixa Econômica e bancos privados. Só este ano, deve empresar R$ 2 bilhões.

“Os principais culpados pela epidemia de dengue que assola o Rio e está matando sua população são: o presidente Luiz Inácio “palanque” da Silva, o governador Sérgio “bala perdida” Cabral, o prefeito César “da dengue” Maia e o ministro José Gomes “febre amarela” Temporão”.

Marcelo Drumond Filho (marcelodf77@terra.com.br)

28/03/1968 – O estudante Édson Luís de Lima Souto é morto em conflito com a polícia militar no Restaurante Estudantil do Calabouço, no Rio de Janeiro. Uma multidão de pessoas acompanhou o enterro.

Sua morte marcou o início de um ano turbulento de intensas mobilizações contra o regime militar que endureceu até decretar o chamado AI-5.

No período que se estendeu do velório até a missa da Candelária, realizada em 2 de abril foram mobilizados protestos em todo o país, principalmente no Rio, em Goiânia e em Brasília.

A frase de uma mãe que presenciou o enterro do estudante entrou para a história: “podia ser meu filho”. O assassinato do jovem causou indignação geral, os presentes no sepultamento ouviram o juramento dos estudantes:

“Neste luto, a luta começou.”

Fonte: JB/Fatos Históricos

COMIDA

Governo venezuelano quer comprar alimentos

Sem alarde, representantes do governo de Hugo Chávez vieram ao Brasil esta semana para oferecer maior facilidade na entrada de alimentos do País na Venezuela. Nos dois encontros com representantes da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), segunda e terça-feira, os fabricantes locais informaram as dificuldades para vender ao vizinho e suas solicitações foram atendidas, disse Edmundo Klotz, presidente da Abia, à Gazeta Mercantil. “Fiquei impressionado como abriram o canal de comunicação com as pessoas-chave do ministério (da Alimentação). Deram nome, endereço, telefone, tudo que fosse necessário para facilitar o processo”, afirmou Hélio Morgado, diretor-geral da Schreiber Foods, fabricante de queijos fundidos. As exportações da empresa devem crescer de 18% para até 30% do faturamento este ano por conta da Venezuela.

IMPORTAÇÃO

Estranho: dólar cai e preços sobem

Os preços dos produtos importados pelo Brasil subiram 18% no primeiro bimestre deste ano em relação a igual período do ano passado e podem, em conseqüência, deixar de agir como um amortecedor para a inflação. Os reajustes de produtos importados são generalizados e decorrem da alta das commodities e do aumento dos custos de produção na China. O presidente Lula, com 58% de ótimo/bom, obteve sua melhor avaliação desde março de 2003. O número de pessoas que considera o governo Lula ruim ou péssimo caiu de 17% para 11%.

DENGUE EM MINAS

Risco de epidemia em Belo Horizonte

Há focos do mosquito Aedes aegypti em 15,2 mil imóveis de Belo Horizonte, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, o que avidencia o risco de epidemia de dengue na capital. Para combatê-los, a prefeitura tem 1,2 mil agentes de zoonoses. O desafio deles é grande. A recomendação do Ministério da Saúde é de que sejam vistoriadas 800 mil moradias, cinco vezes por ano, e inspecionados a cada 15 dias 1 mil pontos considerados estratégicos, como borracharias, oficinas e ferros-velhos. Mas a colaboração da população é considerada fundamental. Além disso, está sendo feito um trabalho em parceria com sete municípios vizinhos na Grande BH. Esta semana todos estão concluindo o levantamento de índice predial (Lira), que deve orientar o trabalho de combate aos criadouros do mosquito.

MARACUTAIA

ONG do MST desviou verbas públicas

A Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca), entidade controlada pelo MST, foi condenada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a devolver R$ 4,4 milhões ao governo federal. O dinheiro fora repassado pelo Ministério da Educação para a alfabetização de 30 mil jovens e adultos e a formação de dois mil alfabetizadores em assentamentos. Após auditoria e processo, o TCU concluiu que a entidade repassou dinheiro para secretarias regionais do MST, o que é ilegal, e também não conseguiu comprovar que deu os cursos de alfabetização. Foi considerado ilegal ainda o gasto de R$ 159 mil em diárias para participantes de um seminário. A Anca nega irregularidades.

ESCÂNDALO

Auxiliar de Dilma quebrou sigilos de FHC

Erenice Guerra, secretária-executiva da Casa Civil, ordenou levantamento de despesas – Partiu da secretária-executiva da Casa Civil, braço direito da ministra Dilma Rousseff, a ordem para a organização de um dossiê com todas as despesas realizadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sua mulher Ruth e ministros da gestão tucana a partir de 1998. O banco de dados montado a pedido de Erenice Alves Guerra é paralelo ao Suprim, o sistema oficial de controle de despesas com suprimentos de fundos do governo. O governo nega tratar-se de um dossiê.

A interlocutores Erenice se responsabiliza pela decisão de organizar processos de despesas de FHC, isentando a chefe de ter tomado a decisão. Ela é conhecida como “faz-tudo” de Dilma, sendo a funcionária mais próxima da ministra que Luiz Inácio Lula da Silva vê como presidenciável para 2010. Quando o trabalho começou a ser feito, corriam as negociações no Congresso para investigar gastos com cartões corporativos do presidente Lula. Por pressão de governistas, as investigações recuariam ao período de governo tucano. O banco de dados avançara sobre parte do material guardado no arquivo morto, num dos prédios anexos do Planalto.