Arquivo do mês: junho 2007

Notas

1 … Justiça no Senado Federal só tem um lado: Depois de indicar um pau mandado de José Sarney, senador Epitácio Cafeteira, para relator do Conselho de Ética, o suplente de Marina Silva, Sibá Machado considera dispensável a convocação da jornalista Mônica Veloso, mãe de uma filha de Renan Calheiros para depor. Para os metalúrgicos da blindagem bastam os documentos apresentados pela defensoria de Renan…

2 … O advogado de Vavá – o ingênuo e desmemoriado irmão de Lula da Silva – quer convencer o Brasil que seu cliente é inocente, esquecendo-se que a Justiça julga o ato não a condição mental do réu. Acho que acreditar na tese de que até memória falta a Vavá por não reconhecer a voz do outro irmão, Frei Chico, só os bolsistas do PT-governo. Mas os Irmãos Inácio ganharão mais essa, podem crer!…

3 … Frei Chico usa um codinome, “Roberto”. Luiz Inácio da Silva fez do seu, “Lula”, um agnome, acrescentando-o ao nome oficial. Genival Inácio da Silva pego com a mão na massa, não tem codinome nem agnome, tem alcunha: “Vavá”. A mãe dos três ensinou a cada um uma lição diferente?

4 … Começou a maracutaia: ninguém na PF nem do Superior Tribunal de Justiça considerou relevantes as conversas telefônicas entre o ministro Márcio Fortes e um porta-voz de Zuleido Veras, dono e manobrista da Construtora Gautama. O registro está nas gravações efetuadas na Operação Navalha que investigou fraudes em licitações públicas e liberação de verbas do Orçamento. Os anavalhados, esta altura, estão se sentindo mais seguros…

5 … O 5º Congresso Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) que começou nesta terça-feira, dia 12, está caracterizado pelas contundentes críticas feitas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vivas às “revoluções” cubana e venezuelana. Os debatedores, quase à unanimidade, têm considerado Lula da Silva como traidor da causa da Reforma Agrária. A reunião que conta com 18 mil dirigentes do Movimento, ocorre em Brasília, que foi transformada num grande assentamento…

6 … Hélio Fernandes deu uma de Millôr, ao comentar a Parada Gay de São Paulo, que reuniu três milhões de gays, lésbicas, bichas, travestis e simpatizantes. Escreveu Hélio: “Diante daquela confraternização monumental, Bento XVI constataria que só o amor constrói para a eternidade. E não era o amor simultâneo e compreensivo, um pelo outro, e sim o amor pela própria humanidade, pelo direito de escolher, de decidir, de protestar, de defender a humanidade”. Assino embaixo.

7 … A Justiça Federal de Mato Grosso decretou a quebra do sigilo fiscal e bancário de todos os 85 envolvidos nas fraudes investigadas na Operação Xeque-mate que tiveram prisão temporária decretada. A quebra, que atendeu a um pedido da Polícia Federal, inclui as contas bancárias e dados fiscais como as declarações ao Fisco feitas pelo compadre do Presidente da República, Dario Morelli Filho e do ex-deputado estadual do Paraná, Nilton Cezar Servo. Vavá, irmão de Lula da Silva, ficou de fora, como anteriormente, quando a PF requereu a sua prisão e o Judiciário negou…

Verdade científica sobre as etnias brasileiras

Rolam nos escaninhos do Congresso Nacional dois projetos de lei definindo cotas para negros nas universidades públicas federais e outras instituições do serviço público. Num País com 93% de habitantes misturados geneticamente num coquetel onde o sangue africano está presente, vai ser difícil distribuir as frações que absorvem afro-descendentes e a prova científica disto está na distinção que a Universidade de Brasília faz levando em conta apenas a cor da pele.
Lá naquele centro de ensino que já foi respeitadíssimo pela qualidade intelectual do seu corpo docente com dirigentes acatados pelos círculos culturais brasileiros, surgiu o exemplo de como a distribuição de cotas raciais é uma estupidez. O ilogismo do PT-governo, que leva o Brasil por desvios arriscados, apartou dois irmãos, gêmeos vitelinos, reconhecendo um como negro e outro como branco.
Mês passado, acorrendo às inscrições do exame vestibular, os irmãos Alex e Alan Teixeira da Cunha, de 18 anos, resolveram solicitar o aproveitamento pelo regime de cotas raciais, que a UnB adota desde 2004, com 20% das vagas destinadas a afro-descendentes. Filhos de pai negro e mãe branca, os jovens se julgaram aceitáveis pelo sistema; eis que os avaliadores raciais concluíram – sei lá por qual metodologia – que Alex é branco e Alan é negro.
A avaliação é digna de um poder que tem como ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Silva, que defende abertamente o choque entre “negros” e “brancos” sob a justificativa de que “Não é racismo quando um negro se insurge contra um branco”, sob o silêncio cúmplice de Lula da Silva e da bancada do PT-partido no Congresso Nacional.
Tem um velho ditado popular que reza: “Há males que vêm para bem”. O disparate dos ineptos avaliadores da UnB veio demonstrar o perigo que representa a legalização da absurdez das cotas, política fascista tipo Alemanha nazista e África do Sul do apartheid, que descambaram nos campos de concentração e no holocausto. A classificação de cidadãos por critério racial é antidemocrático e inconstitucional.
Outro argumento que deverá ser levado em conta pelos congressistas está na Pesquisa Tendências Demográficas, do IBGE, divulgada semana passada, um trabalho minucioso que coteja os sensos demográficos de 1960 e 2000 – num período equivalente a uma geração. O levantamento histórico vem ao encontro da tese do alto nível de miscigenação e a queda no número de imigrantes europeus que em 1940 eram 3,1 e foi reduzido a 0,3 da população. Por outro lado, a pesquisa aponta que as raízes das desigualdades no Brasil nada têm a ver com a etnia, mas entre ricos e pobres.
Além das disparidades sociais tempos visíveis desigualdades regionais comparando o Sul-Sudeste com o Norte-Nordeste. A participação de negros e pardos nos contingentes mais pobres é indiscutível, mas o número de mestiços considerados brancos é notável. Como a linha da pobreza atinge negros, brancos e mestiços em geral, não podemos confundir a desigualdade social com a desigualdade racial, até porque a santa pesquisa do IBGE registra, também a aceleração da miscigenação projetando a construção de um brasileiro de novo tipo.
Dessa maneira, não devemos aceitar que grupos de pressão minoritários estabeleçam seus próprios privilégios. O que o Congresso Nacional está obrigado a fazer é obrigar ao Governo Federal (seja lá de que partido for) a cumprir o princípio constitucional da educação pública de qualidade, assistência médica universal e direito à previdência social para todos os brasileiros.
Será intolerável estabelecer um Brasil bicolor. O objetivo do PT-governo de dividir “este País” em raças é um delírio baseado em conceitos ultrapassados de teóricos fascistas atropelados pela Declaração Universal dos Direitos do Homem.
  • Comentários desativados em Verdade científica sobre as etnias brasileiras

Universitários não são os mesmos

Sem-terras ocupam a Usina de Tucurui, universitários invadem a Reitoria da USP, a União Nacional dos Estudantes promove o Dia das Ocupações e o presidente da entidade diz cara-a-cara ao Presidente da República que comandará ocupações de reitorias pelo Brasil afora. Lula da Silva dá um sorriso néscio, cala-se e não toma providências contra a ameaça de desordem.
Não é só Lula e a indiferença desesperançada da esquerda petista que fomentam a negação do princípio de autoridade. O tucano que ocupa o cargo eletivo mais importante do País, o governador José Serra, do Estado de São Paulo, está dando o maior exemplo de inoperância, fraqueza e desamparo ao não fazer cumprir a decisão judicial de desocupação da Reitoria da USP.
A falta de coragem – para não dizer pusilanimidade – de Lula da Silva e Zé Serra, estimula a orgia tumultuosa dos desesperados e dos terroristas de direita. Foi assim que um pequeno grupo de punks paralisou praticamente o centro da maior cidade da América Latina, São Paulo, na quinta-feira última. Pouco mais de cem agentes provocadores saíram do calçadão do Museu de Arte Moderna e marcharam pela Avenida Paulista a pretexto de protestar contra a reunião do G8 – clube dos países desenvolvidos.
Por falta de formação e conseqüente habilidade da Polícia Militar para disciplinar uma manifestação, a passeata degenerou em quebra-quebra, com muitos feridos e presos. Bancos e lojas foram depredados e a população pacífica ficou à mercê de bombas de gás lacrimogêneo e cassetetadas dos PMs.
O que merece reflexão é que todas as desordens observadas representam a extensão do exemplo dado pelos sem-terras, universitários da USP e corruptos e corruptores que flanam na impunidade por causa de um sistema que se degenera lenta e gradualmente na falta de governos que se imponham para garantir a ordem pública. E para isso contribuem também o alheamento político da intelectualidade e a falta de patriotismo dos militares.
É inadmissível que não se cumpra a reintegração de posse determinada pela Justiça, e muito pior do que isso é a falta de energia da reitora, professora Suely Vilela que, aliás, fracassou por debilidade para enfrentar argumentos pífios levantados pelos estudantes, que sofrem a influência de frações extremistas e professores e funcionários orientados pelo PT-partido para enfraquecer o Governador Tucano.
A ilegalidade, no caso da USP, é flagrante, enquanto nas demais situações são camufladas. Isto, porque a invasão da Reitoria é um falso protesto baseado na denúncia vazia de quebra da autonomia universitária quando o governo paulista quer apenas saber onde e como são gastos os R$200 milhões repassados à USP; enquanto que a impunidade dos invasores de propriedades, depredadores de instituições públicas e assaltos ao Erário são igualmente contrários ao Direito.
Os políticos corruptos roubam o dinheiro público e falsos intérpretes dos movimentos sociais desmoralizam os fundamentos republicanos, compondo um sistema coordenado para abastardar a Democracia. São elementos deletérios minoritários, como se vê no caso da USP, onde 300 decidem por 5.200; e outras entidades corporativas são dirigidas por frações ínfimas pagas pelo dinheiro público.
Contra fantasmas que só assustam medrosos, faz-se necessário restaurar a ordem pública de qualquer maneira; com os governantes, se decidirem cumprir os deveres constitucionais ou sem eles, pela sociedade organizada e fortalecida com a unidade de propósitos.

A cidadania exige uma reforma política

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília em abril passado recolheu a opinião dos brasilienses sobre as estruturas sócio-políticas e, em particular, sobre a chamada classe política. Os pesquisados registraram números curiosos como, por exemplo, que lá os bicheiros merecem mais confiança do que os parlamentares; 22,7% acham os bicheiros fidedignos enquanto somente oito por cento confiam nos políticos. No resultado geral, 88,4% não crêem nem mesmo nos políticos que elegeram.
Este desprezo da cidadania pelo Poder Legislativo credita-lhe apenas 19,9% e, não é um negativismo que alcance os outros poderes, pois o Judiciário recebeu a aprovação de 43,4% e o Executivo obteve a confiança de 33%. Outras instituições tiveram bom desempenho e excepcionais quando comparadas com órgãos da política convencional. Os partidos obtiveram apenas 16,5% enquanto as forças armadas ficaram com 58,5%.
Escrevi um artigo na semana passada expressando minha opinião de que se tivéssemos um oficial general bonapartista com liderança nas forças armadas, ou um juiz carreirista respeitado nos meios forenses, bastaria uma expressão da vontade de um deles que o processo democrático seria ameaçado por uma aventura golpista que, sem dúvida, receberia o apoio popular.
Felizmente não há entre os militares um candidato a usurpador; e, permeando a Justiça os pouquíssimos juízes políticos não merecem sequer a confiança dos seus pares. Dessa maneira o carreirismo entre nós ficou circunscrito à pelegagem sindical, o que salva a Democracia, pois o povo repudia o arrivismo dos representantes classistas, carreiristas de uma traição de classe jamais vista.
Enquanto isso, a chamada classe política não se toca. Depois da revelação policial dos mensaleiros, das sanguessugas e agora dos anavalhados, os políticos tinham a obrigação de fazer autocrítica, expurgando do Congresso os corruptos e corruptores, e legislando para evitar mais manifestações criminosas no seu meio.
Em vez de tomar medidas sadias para recuperar a confiança nacional, suas excelências preparam novas armadilhas para enganar o povo, com uma pseudo-reforma política que transforma os partidos em empresas cartoriais financiadas com o dinheiro público para eleger os favoritos dos seus donos.
Depois de assistirmos a compra de apoio parlamentar para o PT-governo nas casas legislativas, seja pelo vil metal ou pelo loteamento dos cargos administrativos, é inadmissível que aceitemos uma “reforma” patrocinada pelos próprios usufrutuários da safadeza que montou a base de apoio a Lula da Silva. Sendo a pior de todos os tempos, a atual legislatura não tem força moral para patrocinar a reforma político-administrativa que o Brasil precisa.
Como pensar numa reforma para valer sem favorecer a renovação de quadros, sem fortalecer a definição ideológica dos partidos e não qualificando o funcionalismo estatal, estimulando-lhe a aptidão, respeitando a competência e premiando sua idoneidade? E sem essas medidas não teremos reforma alguma, pelo contrário, as propostas dos responsáveis dos erros do sistema só irão piorar a conjuntura atual. Uma “reforma” apoiada pelos atuais deputados e senadores não seria reforma, mas a receita de uma pizza com sobremesa de marmelada, como diria Boris Casoy.
Ninguém quer votar na legenda dos partidos sem conhecer, avaliar e escolher os nomes de sua preferência nas listas eleitorais; queremos eleger pessoas dispostas a prestar contas das atividades na vida pública, como representantes eleitos. Não concordamos que parlamentares e executivos troquem de partidos após a eleição, nem dotar-lhes de imunidades e privilégios.
Se um parlamentar for convidado e aceitar um cargo executivo, deve renunciar ao mandato, e gostaríamos que desaparecesse para sempre a figura execrável do suplente de senador. Além do mais, rejeitamos que as campanhas eleitorais sejam pagas com o dinheiro do contribuinte, entre outras restrições.
Será que os atuais detentores de mandatos aceitam isto? 

Voto contra a anistia do Zé Dirceu

Voto contra a anistia do Zé Dirceu

FAÇA A SUA PARTE; VOTE E RE-TRANSMITA PARA OUTRAS PESSOAS. É RÁPIDO.
Pessoal, basta clicar no endereço abaixo, votar e clicar em VOTAR – é rápido. Não demora nada.

Assim, cada um de nós pode contribuir para um Brasil melhor.
Já fiz minha parte – votei contra a anistia de José Dirceu. Vote e repasse para os amigos.
Zé Dirceu está mobilizando o Partido e o Governo Federal para conseguir anistia política.
O Jornal ‘Estado de São Paulo’ está fazendo uma pesquisa de opinião. Manifeste-se.
Para votar na pesquisa do Estadão, clique aqui:

http://www5.estadao.com.br/enquete/politica/index.htm