Tragédia do Rio
Mais chuva causa novos deslizamentos e morte
Enquanto ainda há áreas ilhadas na Região Serrana, novas chuvas provocaram ontem mais deslizamentos em Petrópolis e Friburgo e deixaram pelo menos três mortos em Brejal, um subdistrito de Itaipava, cinco dias após a tragédia que já soma 637 mortes e 133 desaparecidos. A previsão é de mais chuvas ate quinta-feira. O governador Sérgio Cabral decretou estado de calamidade pública em sete cidades. A reconstrução das três maiores, Petrópolis, Teresópolis e Friburgo, custará cerca de R$ 2 bilhões.
Falta de coordenação afeta ajuda a desabrigados no Rio
A desorganização fez com que doações a vítimas da tragédia no Rio permanecessem, até a manhã de ontem, a céu aberto, informa o enviado especial Marcelo Auler. Enquanto isso, várias aeronaves, incluindo cinco do Exército e outras da Força Nacional, estavam paradas no campo da Granja Comary, transformado em base aérea das operações. Autoridades do Exército culparam o mau tempo, mas helicópteros da Polícia Civil e dos Bombeiros conseguiram voar. Para acelerar os resgates, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito, anunciou a criação do Centro de Coordenação Operacional em Teresópolis.
Helicóptero encontra grupo ilhado na serra do Rio desde terça
Um grupo de 40 pessoas isolado havia seis dias fez ontem seu primeiro contato com qualquer tipo de ajuda desde a tragédia no Rio, informam Vinícius Queiroz Galvão e Jorge Araújo. Com abrigos lotados, o grupo teve de ficar onde estava. O governo federal fechou o espaço aéreo da região para facilitar o resgate nas áreas isoladas. Até a noite de ontem, eram contabilizados 633 mortos.
Os dramas dos isolados
Em locais isolados aos quais só helicópteros conseguem chegar, são encontrados dois tipos de pessoas: as que estão desesperadas para sair e as que teimam em ficar.
PM quer conter abuso de preços
O comandante-geral da PM do Rio afirmou que as comerciantes que forem flagrados cobrando preços abusivos por alimentos, água e velas na região serrana do Rio poderão ser presos. Em Nova Friburgo, galões de água chegaram a ser vendidos por até R$ 40. A polícia quer barrar ainda o “turismo de tragédia”.
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