Tragédia das chuvas

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País desconhece áreas vulneráveis a chuvas fortes

O governo federal não dispõe de um mapeamento de locais vulneráveis a chuvas. A Defesa Civil de 14 dos 18 Estados consultados pela Folha não têm a localização completa das áreas de risco. A maioria dos órgãos estaduais afirma que a responsabilidade por esse monitoramento cabe aos municípios, mas 75% deles nem têm Defesa Civil.

Mais de 30% dos mortos eram menores

Um levantamento preliminar feito pelo Globo revela que cerca de 32% dos mais de 780 mortos de uma das maiores tragédias naturais do país, que devastou a Região Serrana, eram menores de idade. O mais novo deles tinha apenas cinco dias de vida e morreu soterrado em Friburgo. Nas três cidades mais atingidas, Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, as crianças com até 12 anos representam 21% do total das 601 vítimas que tiveram a idade documentada. Nesse universo, 8% eram de meninos e meninas com no máximo 5 anos. Mas a faixa etária mais atingida foi a de 18 a 64 anos (59%), justamente aqueles que integram a População Economicamente Ativa da serra.

Chuva mata em Santa Catarina

Com o temporal, estradas estão bloqueadas e há risco de desmoronamento de morros e encostas. Na foto ao lado, uma das comunidades mais atingidas em Joinville

Recife: Vidas sob risco

Nos morros de Camaragibe, Olinda e Jaboatão, quase 150 mil pessoas vivem à beira do perigo. São 3 mil pontos mapeados que atormentam moradores quando chove. País investe pouco em prevenção a tragédias.

Descaso mata 8 em cada 10 vítimas

Investimentos em prevenção poderiam ter evitado 106 das 126 mortes em Minas de 2005 ao início de 2010, revela estudo de especialista da Defesa Civil. Das 17 pessoas que perderam a vida no estado nesta temporada, apenas uma não teria sido salva.

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