Sibá Machado ao optar pela decência é acusado de “traidor”.
O suplente da ministra Marina Silva, Sibá Machado, indicado pela base do PT-governo para assumir a presidência do Conselho de Ética do Senado imaginando que se submeteria à condição de pau mandado de Renan Calheiros, é acusado de “traidor”. Os protetores governistas do Senador alagoano quiseram instrumentalizar o senador petista, mas encontraram nele a decência que lhes falta. Revoltados com a atitude digna de Sibá,
pediram à líder do PT-partido para enquadrá-lo.
A tropa de choque de Renan viu na atitude de Sibá respondendo a uma questão de ordem levantada pelo senador Demóstenes Torres, na última reunião do Conselho de Ética, a deflagração de um processo de cassação, já que vinha tratando a investigação contra o seu protegido como mero procedimento preliminar. Com a intervenção de Demóstenes e a anuência de Sibá, Renan tornou-se réu.
O próprio Renan se convenceu de que o comportamento do “traidor” vem de instruções baixadas pelo Palácio do Planalto. O Presidente do Senado e seus aliados acham também que Sibá não tinha nada que envolver a Polícia Federal na perícia dos papéis da defesa e que ao encaminhar pelo adiamento da reunião, Sibá não o fez de improviso lendo a proposição redigida previamente.
Esse Sibá é um bobo da côrte e, também, muito do sortudo. Com a ída de Marina Silva para o ministério, ele teve o mandato caído no colo.