Novo escândalo escancara as vísceras do Senado Federal

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Chegou a vez de outro senador-boiadeiro, que justifica o dinheiro ganho com a compra e venda de gado. Joaquim Roriz que começou a vida política como deputado estadual em Goiás, eleito pelo MDB em 1976. Junto com Lula da Silva e José Dirceu fundou o PT-partido, saindo depois para o PMDB. Foi governador de Brasília em 1990 e ministro da Agricultura de Fernando Collor. Candidato a governador na primeira eleição direta de Brasília ganhou as eleições e depois, em 1999, disputou com Cristóvam Buarque e novamente triunfou, sendo reeleito.

Ocupando uma cadeira senatorial emparceirou-se com aquela turma sempre disposta a defender por corporativismo ou interesses outros, os malfeitos dos colegas. Agora já formou um grupo para blindá-lo, destacando-se nele o suplente de senador mineiro Wellington Salgado. Este adota a tese de que as investigações já se encontram na Procuradoria-Geral da República e que cabe ao Senado deixar Roriz se explicar. Mas isto não será fácil diante de gravações telefônicas altamente comprometedoras do envolvimento de Roriz numa obscura partilha de dinheiro de “origem ignorada”.

O caso já chegou às mãos do senador Romeu Tuma, corregedor-geral do Senado, que pediu cópia do relatório da investigação e as fitas gravadas ao Ministério Público e à Polícia Civil do Distrito Federal. De posse dos documentos, Tuma poderá arquivar o caso ou remetê-lo ao Conselho de Ética, que abrirá processo contra Roriz. Muitos senadores já pressionam para que Tuma assuma as investigações. Demóstenes Torres e Jefferson Péres, já se pronunciaram publicamente considerando as denúncias um fato digno de apuração.

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