Nem apagão nem Roriz abafam o caso Renan Calheiros
Amainada a crise do tráfego aéreo e situadas em plano secundário as denúncias contra o senador Joaquim Roriz, a situação do presidente do Senado, Renan Calheiros, volta à cena envolvendo-o numa teia criminosa de emissão de notas frias, o que representa uma operação ilícita de sonegação fiscal, o que para a terceira pessoa da hierarquia republicana é um fato extremamente grave.
O interessante é que tudo isto se deve exclusivamente a ele, que expôs como origem dos seus ganhos, além dos subsídios parlamentares, a criação e comércio de gado nas Alagoas. Querendo livrar-se das denúncias de que um lobista da empreiteira Mendes Júnior pagava contas a terceiros em seu nome, se enterrou noutra situação mais comprometedora sem livrar-se das acusações que deram início ao processo que responde no Conselho de Ética.
Perpassando por este quadro indigno de um político, Renan precisa também explicar como se tornou milionário de 30 anos para cá, quando deixou de ser militante do PC do B para tornar-se um grande latifundiário e pecuarista apenas com os subsídios parlamentares. Somente esta constatação invalida a defesa que alguns colegas fazem, como a líder do PT-partido, Ideli Salvatti, que cheia de emoção desqualificou o processo contra Renan dizendo “que o Senado não poderia estar sempre correndo atrás de dar explicações para todas as denúncias que surgem”.
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