Guerra ao narcotráfico

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Tráfico usou serviços públicos para sair com armas do Alemão

Os serviços públicos, como coleta de lixo e obras de saneamento, foram usados por traficantes que conseguiram fugir por galerias pluviais do Complexo do Alemão e também por bandidos que ainda se escondem na favela, de onde tentam retirar armas, munição e drogas. Policiais e militares acharam no lixo, ontem, um fuzil, carregadores e munições para fuzis 762 e 556, a1ém de duas granadas, um sinalizador e um caderno da contabilidade do tráfico. A polícia também descobriu o trecho da galeria pluvial que traficantes usaram, segundo testemunhas, para fugir do Complexo do Alemão. Por essa tubulação, teriam escapado ainda na noite de sábado os chefes do tráfico Fabiano Atanázio da Silva, o FB, e Paulo Roberto de Souza Paz, o Mica. Eles teriam deixado o esconderijo com mais 50 bandidos, todos armados de fuzis, em direção ao Morro do Adeus, que fica bem em frente. De lá, teriam partido para outras comunidades. Como o GLOBO mostrou anteontem, bandidos destruíram a tampa que cobria a rede pluvial na Rua Joaquim de Queiroz, escapando por baixo da Estrada do Itararé, onde forças de segurança se preparavam para o que se temia ser um banho de sangue. E assim, tal como a Batalha do Itararé paulista, na Revolução de 30, a do Alemão também não houve.

Polícia investiga desvios de drogas e dinheiro

A cúpula de Segurança do Rio investiga o envolvimento de policiais no desvio de dinheiro, drogas e armas apreendidas, além de facilitação de fuga de traficantes. As polícias Militar e Civil, cujos contingentes somam 1.600 homens, não relataram nenhuma apreensão de dinheiro. A Polícia Federal, que atua com 300 homens, anunciou ter recolhido R$ 39.850, segundo informou. O Exército, que tem 800 soldados, relatou R$ 106 mil. Suspeita-se que dinheiro tenha saído das favelas em mochilas, enquanto carros foram usados para levar outros pertences.

Tudo isso é Complexo

Complexo não é só a palavra que define a região que concentra dezenas de favelas no Rio. O termo também reflete o emaranhado de acusações e problemas.

Moradores citam policiais ligados a milícias e constrangendo mulheres, porcos comendo corpos e traficantes pagando para fugir, relata Plínio Fraga (Folha de São Paulo).

Exército pode ficar no Rio até a Copa e atuar em outras capitais

As Forças Armadas serão usadas na segurança pública do Rio até pelo menos a Copa de 2014, informa a repórter Bruno Paes Manso. Foi o que ficou definido em reunião da presidente eleita Dilma Rousseff com o governador do Rio, Sergio Cabral, o vice, Luiz Fernando Pezão, e o futuro ministro Antonio Palocci (Casa Civil). Além disso, há a possibilidade de replicar a ação militar que liberou a Complexo do Alemão em outras capitais do Brasil com problemas semelhantes.

Tropas querem nova missão bem definida

O governo do Rio de Janeiro se reúne hoje para discutir o prosseguimento da operação de ocupação de favelas. As Forças Armadas querem saber exatamente por quanto tempo terão de atuar, para definir o tipo e a quantidade de soldados empregados. O ministro Nelson Jobim (Defesa) está orientando as providências. Para vencer resistências jurídicas e atender ao apelo da sociedade, ele avisou que é preciso “romper paradigmas”.

Tranquilidade no Alemão e medo na Baixada

Moradores de Duque de Caxias viram pelo menos três vans lotadas de bandidos fugidos do Alemão e temem que outros marginais migrem para o município, onde o governo estadual já promete ocupar comunidades com as Unidades de Polícia Pacificadora.

O pó que vai virar pó

A quantidade de drogas apreendidas até ontem no A1emão impressiona. São 33 toneladas de maconha, 225 quilos de cocaína, 37 quilos de crack e muito lança-perfume. Só o que já foi periciado pela polícia. Vão virar cinzas na CSN.

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