Governo e floresta II

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A notícia do avanço do na Amazônia parece ter colhido o governo um pouco desorientado. Em primeiro lugar, não há uma visão das causas. Divergem Marina e o Ministro da Agricultura. Pode ser que ambos tenham um pouco de razão. Marina afirma que é o crescimento da e da pecuária que tem produzido a destruição das florestas. O Ministro diz que não houve aumento das áreas de na Amazônia.

O numa época incomum, que seria época de chuvas, vai preceder ao avanço da e da pecuária. Muitas vezes é assim que acontece. As madeireiras têm um grande peso nisto e Marina não avaliou. O processo de corte na floresta e por caminhões continua.O chamado plano Amazônia Sustentável, de 2005, deveria ser avaliado agora, ponto por ponto.
Era necessário uma correção de rumos, uma intensificação do esforço do governo e, finalmente, a busca da ajuda internacional para a Amazônia.

Fala-se em soberania na Amazônia. Mas o que tem demonstrado soberania na Amazônia é o mercado internacional, que compra carne, e madeira, entre outras coisas. Foi o governo ou foi a economia? Era a pergunta que fazíamos sobre a redução do em 2006.
A resposta agora ficou clara.

Isto não significa que o governo tenha de perder para a economia. Mesmo porque preservar significa uma visão econômica mais racional, a médio e longo prazo. A matéria do The Guardian afirma que o governo mentiu sobre a Amazônia. Talvez o governo já soubesse do avanço da destruição antes das declarações triunfantes em fóruns internacionais. As duas crises que vivemos, tanto a da Amazônia, como a crise econômica internacional podem acabar num salto.

Aqui no Brasil um acordo para se levar um plano nacional de na Amazônia, inclusive com recursos externos. No mundo, uma compreensão, que parece dominar o cenário em Davos, de que é hora de repensar os subsídios à dos paises ricos. Se as crises produzirem estas alternativas podem pelo menos ter ajudado em algumas coisas.

Fonte: Fernando Gabeira

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