Fronteiras
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
Nunca será bastante referirmo-nos às ameaças a nossas fronteiras escancaradas pela política frouxa executada pelo PT-governo, por leniência ou de propósito, favorecendo o contrabando de armas e de drogas trazidas dos países vizinhos contra os quais se levantam suspeitas de atividades ilegais.
Falar de fronteiras nos leva à Antiguidade Clássica, quando os romanos chamavam de bárbaros todos os povos fronteiriços, que não falavam o latim, não mantinham seus costumes, nem respeitavam a sua legislação.
O Direito Romano tão invocado pelo mundo jurídico, ratifica o princípio de cidadania e territorialidade. Seus princípios nortearam o direito positivo brasileiro e a diplomacia do nosso País, fixada pelo Barão do Rio Branco nas questões de fronteira.
Rio Branco foi diplomata, advogado, geógrafo e historiador brasileiro. Atuou com brilho defendendo os interesses nacionais contra a Argentina ao Sul, no litígio sobre o Amapá com a França, e conduziu brilhantemente as negociações entre o Acre e a Bolívia.
A defesa da nossa soberania, do espaço político e econômico indesviável da geopolítica a ser seguida pelo Estado e o Governo. Preocupou Getulio Vargas com a sua “Marcha para o Oeste” e ao regime militar (1964-1985) com a política de integração nacional, criando municípios fronteiriços para a ocupação e a preservação de limites ao Oeste.
A Constituição de 1988 preocupa-se em preservar nossas fronteiras incluindo no seu artigo 144 e parágrafos, a prevenção e repressão dos tráficos ilícitos. É com revolta que vemos o descaso do Partido dos Trabalhadores com a Constituição, ferindo a soberania e a segurança nacional.
Com o PT-governo, nossas fronteiras são complacentes, como certas ocorrências de elasticidade observadas na morfologia anatômica… Isto está patenteado no lúcido e contundente artigo sobre a Estratégia Militar da Defesa publicado no UOL por Luiz Eduardo Rocha Paiva.
Para o articulista “A defesa do país é tratada como algo irrelevante e gerida na base do faz de conta”; e vai além, considerando que “as informações sobre a situação da defesa do País não podem se restringir às transmitidas pelas fontes oficiais e autoridades governamentais, que jamais questionam as próprias estratégias e omitem deficiências e vulnerabilidades.”
Concordo com Luiz Eduardo Rocha Paiva em gênero, número e grau, principalmente com relação à necessidade do Brasil de possuir um poder militar capaz de enfrentar quaisquer países que venham a ameaçar ou acometer contra os interesses brasileiros.
A análise não se refere apenas aos limítrofes do Oeste, mas lembra que a França e a Inglaterra, com influência nas Guianas, sempre mantiveram o olho grande sobre a Amazônia, principalmente a calha norte do Rio-Mar.
Luiz Eduardo Rocha Paiva tem autoridade de sobra para abordar o tema da soberania; além de respeitado conhecedor da geopolítica, é general da reserva. Como tal, democraticamente, mapeou a real fragilidade das Forças Armadas diante de um perigo efetivo e iminente.
O PT-governo, que distribui milhões de reais em espécie a ditadores africanos e narco-populistas sul-americanos e caribenhos, nega verbas para as FFAA disporem de sistemas operacionais estratégicos, como recursos para as essenciais e indispensáveis pesquisas tecnológicas e científicas.
O pior de tudo é que em vez de resguardar o País dos bárbaros além fronteiras, que é a sua missão constitucional, as FFAA estão fazendo papel de polícia… Agora mesmo, o Exército – quem diria! – cria um órgão específico para monitorar manifestações populares…
Desconfia-se ser proposital fronteiras abertas para beneficiar vizinhos narco-populistas, como o ‘cocalero’ Evo Morales, com quem Lula da Silva, chefe do PT, se exibiu cortejado com colar de folhas de coca.
Contribui para tal descalabro a diplomacia anã do Itamaraty, cortejando “ideologicamente” governos comprometidos com o tráfico de drogas e de armas. E isso é revoltante. Para concluir, retornamos ao patriótico texto do general Rocha Paiva:
“Todos os projetos estratégicos de defesa não recebem recursos suficientes para cumprir o cronograma ou eles são contingenciados. Se algum dia forem concluídos, já serão antiguidades. Descaso com a defesa!”.
Muito Bom Mestre!!
Não acredito que seja um descaso fortuíto com a defesa e sim um descaso premeditado.Sim as fronteiras estão abertas para favorecer os narcotraficantes, e as nossas Forças Armadas estão sucateadas e descolocadas. O Brasil está na mão de bandidos .
o que dizer damorasidade na demarcação de terras dos indíginas e da reforma agrária que não caminha principalmente neste governo atual da presidenta Dilma.
A FANTASIA DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS DA AMÉRICA LATINA, PARAÍSO UTÓPICO, QUE AINDA NÃO FAZ PARTE DO DISCURSO PSEUDOSOCIALISTA DO PT. COMPÕE ENTRETANTO, SUAS METAS ENTREGUISTAS NA BUSCA TALVEZ DE MAIOR PODER PESSOAL PARA LULA.
O Brasil está sendo desfigurado para servir aos lesa pátria e bando de ladrões.
Miranda, há um livro que reúne 3 artigos escritos por Marco Aurélio Garcia, Juarez Guimarães e Walter Pomar, publicado se não me engano em 2001, com o título “Socialismo no Século XXI”. No artigo do Marco Aurélio Garcia há o seguinte trecho:
“O socialismo do século XXI não pode renunciar à construção de uma comunidade universal de povos, articulados em forma democrática, pacífica e igualitária. Essa comunidade, longe de abortar a construção nacional, deve dela partir. Um Estado-nação pode abrir mão de cotas de soberania em favor de instâncias multinacionais, quando essa decisão contribuir decisivamente para alcançar objetivos superiores e democraticamente
definidos.”
Considerando a existência do FORO DE SÃO PAULO, instância em que pelo menos dois autores do livro têm participação de destaque, deparamo-nos com uma revelação absolutamente estarrecedora, qual seja, a DIPLOMACIA BRASILEIRA está subordinada a um interesse ideológico além das fronteiras e interesses concretos do ESTADO BRASILEIRO, já que o “Foro” é uma espécie de “internacional comunista” no âmbito da América Latina com vínculos em outros continentes, concentrados na crítica à Cultura Ocidental, que abrange da política à religião.
Caro Daniel. Estou agradecido pela contribuição do material enviado para mais estudos e desenvolvimento dos textos em defesa da soberania nacional, obrigação de todos os patriotas brasileiros. Receba meu abraço fraternal
Um escândalo de delícia. Que leitura…