DO TEMPO

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MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br)

A humanidade nos seus primórdios buscou medir o tempo observando os ciclos naturais: o nascer e o pôr do sol, as fases da Lua e o movimento das estrelas. O antigos impérios, assírio, babilônio e egípcio ergueram obeliscos como relógios solares.

Os calendários mais antigos surgiram na Mesopotâmia com os sumérios e caldeus por volta de 2700 a.C.; e registra-se um calendário solar mais preciso, com 365 dias, no antigo Egito, e na América Central pré-colombiana os maias aperfeiçoaram calendários astronômicos com a mesma conclusão.

O termo “calendário” deriva do latim “calendarium“, relacionado às “calendas“, o primeiro dia do mês, que marcava as celebrações religiosas romanas. A evolução do calendário reflete o desenvolvimento do conhecimento humano sobre astronomia, matemática e organização social.

Passou outro dia na tevê o filme A Máquina do Tempo, de 1960, dirigido por George Pal e o enredo baseado no romance homônimo de H. G. Wells; é a história de um engenhoso inglês que constrói um equipamento que viaja no tempo.

De Júlio Verne, o cinema aproveitou “A Volta ao Mundo em 80 dias” e muitas outras películas com o tema futurológico, que lembro algumas: De Volta para o Futuro, Exterminador do Futuro, Interestelar, Os Doze Macacos e as românticas “Todo tempo que temos” e Feitiço do Tempo.

O Feitiço do Tempo foi um sucesso desde o lançamento, tornando-se um dos filmes de maior bilheteria de 1993. Foi dirigido por Harold Ramis e estrelado por Bill Murray , Andie MacDowell e Chris Elliott. É uma comédia romântica com o roteiro do próprio Harold Ramis e Danny Rubin.

Descrevo-o: Phil, um arrogante meteorologista de televisão vai com a sua nova produtora, Rita Hanson, e do cinegrafista Larry a Punxsutawney, Pensilvânia, para cobrir as festividades do Dia da Marmota; como nevou interditando a estrada, ficou impedido de retornar e fica preso numa espécie de túnel do tempo, condenado a viver repetidamente o dia 2 de fevereiro que desdenhava.

Acordava toda manhã ao som de “I Got You Babe“, repetindo intermináveis vezes no mesmo dia convivendo com as pessoas que criticava. Tal situação lhe faz autoanalisar-se e mudar seu comportamento se intrometendo na vida da cidade e dos seus habitantes, terminando por ajudar pessoas salvando-as de acidentes e resolvendo seus problemas; aprende a tocar piano, esculpir estátuas de gelo e falar francês.

Graças à troca de confidências com Rita sobre a ocorrência termina por se apaixonar por ela e convencendo-a a passar uma noite juntos para testar o fenômeno da repetição do tempo que sofre. Na manhã seguinte quando ele desperta com Rita deitada ao seu lado na cama vai à janela vê que as coisas mudaram pulando para o 3 de fevereiro, e libertando-o como escravo do tempo. Assistam o filme para ver o romance que envolve o casal…

A ficção cinematográfica revela o uso de algemas que nos prendem ao tempo, cuja celeridade só notamos pelas modificações corporais que nos ocorrem e quando assistimos as mudanças no cenário exterior à nossa pessoa.

Avaliando a extensão da vida no espaço em que vivemos há uma formulação do filósofo francês Paul Janet sobre a proporção entre idades da “passagem do tempo”. Esta definição leva-me a comparar a minha idade (92 anos) com a da minha netinha Luísa, que fez um ano este mês. Resultado: para quem tem 1 ano, um ano é 100% da vida; para quem tem 90, um ano é cerca de 1,1% da vida.

Assim, duração subjetiva do tempo é proporcional à fração que o tempo representa da vida já vivida. Por isto, sinto a sensação do “ano curto” que muitos filósofos negam refletindo sobre se o tempo é real na relação espaço-tempo.

Só sei que no meu presente, os dias passam céleres; deixando-me convencido de que 2025  não está sendo curto só para mim. O tempo corre como uma lebre sem parar passados já três meses sem a Justiça ver a roubalheira dos pelegos sindicais lulopetistas no INSS. Eque até agora os togados do STF não tenham tomado conhecimento dela….

Será curto o espaço de tempo para que a Justiça não veja que o presidente Lula da Silva se acumpliciou com esse roubo? Será curto o espaço de tempo para Sistema Corrupto conseguir abafar, camuflar e omitir a delinquência para a Nação esqueça o que ocorreu?

Será que chegamos ao dia em que a Terra parou, e os juízes não se reuniram para julgar porque as entidades fraudulentas não iam comparecer, camuflando os bens da fraude e deixando livres e ricos e os assaltantes criminosos do INSS?

EM TEMPO: Pior do que as interrogações, assistimos uma delinquência seriada dos três poderes republicanos, silentes promovendo a indenização aos que foram roubados com o dinheiro dos contribuintes. Que a CPMI, instalada, não recue um minuto na punição dos corruptos!

 

 

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